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Friday, December 28, 2007

Feliz 2008 !

Mais um fim de ano vem chegando, mas um ano vem passando e é incrível que mesmo sendo um belo cliché nós nos sentimos com vontade de pensar no ano que passou. Fato inegável também é que sempre nos lembramos de algo que gostaríamos que tivesse sido diferente, mesmo que seu ano seja impecável. Faz parte da nossa natureza buscar sempre o melhor.

Aliás, também é um cliché desejar que todos os seus desejos se realizem. Ok, isso é bonito e até eu faço isso, mas no fundo, bem no fundo, não é bem assim. Muitas vezes o desejo de um não pode ser compartilhado com outro. Quer um exemplo: eu sou tricolor (Fluminense) - eu não vou dizer que é time de futebol do Rio, porque certamente o mundo inteiro sabe disso - ele disputará a libertadores do ano que vêm ... então para todos os meus desejos se realizarem, muita gente não poderá fazer o mesmo. Sacou o que eu disse, não é ? Pois é !

O exemplo é bobo, sim, futebol não me mata, mas situações como disputas por vagas para entrar na universidade, no trabalho, e outras coisas, muitas vezes corriqueiras... eu posso dizer: "que vença o melhor", mas apenas quando vivemos esse momento. No geral, essas disputas são sempre difíceis, mas infelizmente existe. Faz parte da vida. O que pouca gente se lembra (por motivos mais do que justificáveis para o momento), é que muitas vezes uma derrota vale mais do que uma vitória.

Como não vale mandar mensagens do tipo: "que todos os seus desejos se realizem, menos os que me atrapalharem" eu vou ficar com outra mensagem, politicamente correta, e acredite ou não, sincera:
Que 2008 seja mais um ano onde cada um possa superar e aprender com as dificuldades para que todos possamos nos tornar pessoas melhores, e dessa forma, melhorar o ambiente onde vivemos como um todo. Um abraço e um bom 2008 para todos !

Post Científico do ano de 2007

O Tecnoclasta está realizando uma promoção sobre posts científicos. Segue abaixo o texto na integra:

Como estamos no fim do ano, e vários sites lançam promoções de todos os tipos, resolvi criar uma promoção também.

Vou selecionar os três melhores artigos científicos do ano. Os vencedores irão ganhar um destaque de 1 mês inteiro neste site.

E o primeiro lugar receberá um brinde especialmente preparado por mim mesmo: uma réplica de uma nave espacial Mercury em escala 1:23. Eis uma foto do troféu:


Mercury foi o primeiro projeto da Nasa à enviar um homem para o espaço. É histórico que os Soviéticos chegaram primeiro, mas de qualquer forma, o modelo da nave russa Vostok é muito mais complexa. Não me atrevi construí-la.


Para participar da promoção basta ter escrito em seu site, blog ou o que for, um artigo interessante sobre ciências e deixar um trackback nos comentários deste post. Os melhores posts serão selecionados por mim mesmo. As inscrições vão valer durante todo o mês de janeiro, e o resultado será divulgado no dia 25 de janeiro.

Se ainda não fez nenhum artigo sobre ciências, ainda há tempo. Vale artigos publicados durante todo o ano de 2007. Não precisa ser nenhum artigo sério, didático, ou coisa assim. Basta o tema principal ser algum conhecimento científico que estimule a imaginação.

Vamos motivar nossos jovens a desenvolver raciocínio lógico e gosto pela ciência, pois o desenvolvimento do país passa exatamente pelo desenvolvimento de nossos jovens.

Cadastre seus posts e artigos aqui.


Acredito que todos tenhamos apenas a ganhar com isso e coloquei um tópico meu para concorrer (do Notas em CFD). Além disso, o primeiro prêmio é realmente legal (adoro miniaturas!).

O Tecnoclasta está aceitando múltiplos posts do mesmo blog, mas apenas um tópico de cada blog pode ganhar uma das três vagas (o que é muito lógico e justo, mesmo em blogs com múltiplos autores).

Os tópicos devem ser de 2007, mas parece que as inscrições poderão ser feitas até uma certa data de janeiro. Creio que exista uma certa contradição em dizer que o cadastro dos tópicos podem ser feitos em todo janeiro, mas com o resultado saindo no dia 25 (o que aconteceria nos 6 dias restantes ?). Então, se tiver alguém querendo concorrer sugiro que faça a inscrição até 20 de Janeiro. Assim não há riscos. Mas lembre-se que os textos devem ser publicados em 2007, se ainda não escreveu o seu, ainda tem tempo.

Monday, December 24, 2007

Feliz Natal !

O Natal representa um período de Paz e Confraternização entre o povos. Onde o melhor de nós ganha uma oportunidade de vir a tona com nascimento de Jesus.

Tudo que eu posso desejar é que esse sentimento puro seja mais do que palavras escritas ou faladas, que elas se transformem em circunstâncias e atos que proporcionem, nem que por pelo menos um dia, esperança para suportar tudo que ainda estar por vir.

Um Feliz Natal a Todos !

Saturday, December 22, 2007

Shell-script: trabalhando com extensões em scripts

Imprevistos realmente incríveis me impediram de ler tópicos atrasados e revisar os comentários como eu prometi. Me desculpem. Em todo caso isso já não é (ou melhor, "não pode ser") mais uma grande desculpa.

Bom. A questão que apresento aqui deve ter várias soluções, eu uso a mais prática delas de acordo com o meu conhecimento sobre shell-script (e também por ser única solução que eu conheço).

O problema se apresenta em diversos casos, vou exemplificar através de uma conversão entre formatos de imagem. Vamos colocar o problema sobre a ótica de quem quer converter vários arquivos png em imagem .eps. Quem escreve em LaTeX está vislumbrando um motivo, quem não escreve, ignore o motivo, pense como um problema qualquer que precisa de solução que será útil em outros casos do seu próprio interesse.

Utilizando o aplicativo "convert" pode-se converter um arquivo da seguinte forma.

convert arquivo.png arquivo.eps

O problema é se você tiver vários arquivos a serem convertidos. Como disse, para cada aplicativo/função existe algumas soluções. A minha consiste em criar um script com a seguinte função.

#!/bin/bash
num=$(echo $1 |wc -c)
fim=$(($num-5))
NAME="$(echo $1|cut -b -$fim)"

convert "$1" "$NAME.eps"


A parte em negrito é a chave da questão. Ela remove os três últimos caracteres do input "$1" permitindo utilizar o mesmo no comando com uma nova extensão. Mas essa solução resolve apenas um problema. Como converter o arquivo.png em arquivo.eps utilizando apenas o comando meuscript arquivo.png. A segunda parte consiste em colocar um comando com o find, tipo

find ./ -maxdepth 1 -type f -iname \*png -exec ~/bin/img2eps '{}' \;

Observe que meu exemplo é muito simples. Você pode modificar ele a vontade para converter entre diferentes formatos de imagem (png para jpg, por exemplo, utilizando o próprio convert), converter wavs para mp3 (com o lame), ou mp3 para ogg (com o ogg123), pdfs para imagens (com o pdfimage ou também com o convert) e milhares de outras funções que você queira que trabalhe em lote.

Bom, mas quem não conhece ou não usa muito o find deve estar pensando por eu fiz tudo isso. Porque eu não usei o comando diretamente no find, tipo:

find ./ -maxdepth 1 -type f -iname \*png -exec convert '{}' '{}.eps' \;

O motivo é que o resultado do comando acima gera arquivos com o nome arquivo.png.eps e não arquivo.eps. Ok, você pode fazer isso desse jeito mesmo e depois usar um renomeador de arquivos em lote e resolver o problema da "extensão dupla". Mas também pode usar a solução que eu apresento. A liberdade de escolha sempre foi e será a máxima dos usuários linux.

Outro detalhe, é que novamente a gente volta a questão do "exemplo". No exemplo, eu dei a entender que é preciso colocar um comando dentro de um script e chamar outro comando dentro de uma linha grande e chata ou dentro de um segundo script. Tudo bem, você pode fazer isso, mas também pode colocar o "núcleo de conversão" dentro de uma função e usar o find para chamar essa função e não um outro script. Na verdade, na verdade as opções apesar de discretas são quase infinitas. Não vale apena ficar vislumbrando possibilidades por si só.

O que vale apena o destaque aqui (também por ser o objetivo desse texto) são as três linhas mágicas abaixo.

num=$(echo $1 |wc -c)
fim=$(($num-5))
NAME="$(echo $1|cut -b -$fim)"


O como, o onde e o porque você utilizará esse pedaço de código eu deixo com cada um. Posso afirmar apenas que ele me é muito útil. E imagino que ele possa ser útil a várias outras pessoas também.

OBS.: a opção '-maxdepth 1' no find faz com que a busca se limite a diretório raíz mencionado, que nos exemplos acima foi o "diretório atual" './', a utilização de outros valores de "-maxdepth" ou mesmo ignorá-lo dependerá de como o script foi escrito ou o objetivo dele. Nos exemplos acima qualquer valor seria possível, mas perigoso, vai que alguém iniciante digite esses comando no diretório home sem saber o que ele faz ? Do jeito que eu apresentei o problema os riscos praticamente não existem, por isso eu usei '-maxdepth 1'.

OBS.2: sei que devem existir várias pessoas que imaginem ter outras soluções melhores para esse problema. Essa solução que eu apresentei fui eu mesmo que rascunhei, pode não ser nenhuma novidade para algumas pessoas e nem a melhor forma de resolver o problema, mas não imagina como eu demorei (8 anos !!!) para ter uma solução dessas comigo. Então se quiserem compartilhar soluções para essa questão, bem, sou todo ouvidos ("e olhos") ...

Friday, December 21, 2007

Ainda estou vivo...

Hoje, 21 de Dezembro termina o prazo auto-instituído de férias no blog. E na prática também começa o meu recesso de fim de ano.

Infelizmente isso não significa novidades hoje, significa que lerei tudo que não li nesse longo intervalo até domingo (pelo menos os tópicos mais interessantes), e também, que lerei e, eventualmente responderei, os comentários que aguardam liberação e que por algum motivo desconhecido não foram redirecionados ao meio e-mail nesse intervalo.

Do mais, é seguir em frente ... e até breve, agora um em breve de verdade.

Tuesday, October 30, 2007

Para escrever bem é preciso ....

Responda rápido: o que diferencia os escritores bons dos ruins ? Acertou que pensou a quantidade de leitura.

Sim. Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Para escrever bem é preciso ler muito. Agora se alguém me perguntasse quais foram as principais notícias do mundo linux dos últimos 30 dias, a única que eu saberia responder é que a nova versão do ubuntu foi lançada e isso porque meu colega de laboratório me avisou de que isso aconteceu ... sério, até isso eu tinha esquecido.

Sendo assim, esse blog está oficializando férias compulsórias até 21 de dezembro quando espero poder retornar a rotina normal de ler e escrever sobre tecnologia. Quem sabe com algumas ligeiras modificações, como trazer o meu mais parado ainda blog sobre cinema para cá. Bom, o blog não está encerrado.

Para os que tiverem paciência, até lá .

Nota: eu não estou desligado dos computadores, então se alguém entrar em contato comigo, seja através dos comentários, seja através de e-mails fiquem a vontade.

Wednesday, September 19, 2007

E lá vai tempo ...

E lá vai tempo desde que no último dia 7 de agosto eu escrevi um post. Pois é, não tem jeito, quando o tempo aperta não há nada que possa ser feito a não ser se conformar. Mas não apenas a falta de tempo que me manteve longe, a falta de criatividade também me pegou.

Primeio eu pensei em falar como eu declarei guerra a publicidade de alguns lugares (acredite, poucos blogs) utilizando de recursos da extensão Adblock (citada como favorita de muita gente) e foi justamente na época que sai a notícia de que tinha site bloqueando o firefox por causa da extensão acima mencionada.

Teve uma grande repercussão, para citar poucos, veja , se não viu:
Eu nem preciso dizer que eu não concordo com o bloqueio, né ? Pois, vi um momento errado para abordar esse assunto e eu respeitei isso, pego ele novamente daqui uns dias.

Depois teve as melhorias do Google Reader, mas olha só esse texto. Nada do que eu escreve-se estaria tão bom, então fiquei na minha.

Os meus outros assuntos "pautados" não renderam o suficiente para uma publicação.

Criei uma teoria para justificar a classificação como spam de algumas mensagens de grupos, a teoria parece boa, até criei umas 4 contas diferentes para testar se seria ou não verdadeira, mas preciso de mais tempo, ou os erros associados a amostragem são grandes em relação aos valores. Por hora, a única coisa que sei é que mensagens oriundas de grupos marcadas como spam é marcada como tal para todos os usuários daquele grupo e que esse comportamento é indiferente ao serviço que o suporta (ou seja, até o Google Grupos tem mensagens válidas marcadas como spam).

Também pensei em fazer um pequeno, mas completo review sobre o eclipse e sua utilização como interface de programação em C/C++ e Fortran. Mas um pequeno probleminha de última hora com o debug da intel (a idéia é mostrar como configurar os compiladores do Intel Fortran e seu debug no eclipse) que eu ainda não resolvi adiou o resultado dessa publicação.

Pensei em indicar alguns gadgets para gnome, mas eles começaram a travar depois de um atualização ou a consumir mais recursos do que eu imaginei que iria.

Pensei em escrever sobre os recursos 3D do VMWare Workstation, mas eu não sei se é porque é o windows 2000, ou se porque é windows, ou se porque é um computador "modesto" (Athlon(tm) XP 2400+, RAM 1.5 GB), ou se porque foi a primeira versão a incorporar de forma efetiva e nativa essa novidade, o fato é que não ficou tão bom como eu imaginava. Acho que é a "novidade". De qualquer forma com 1.5 GB RAM (o total, reservei 1 GB para o windows e deixei meio para o linux) eu não consegui dizer que o problema era do VMWare.

Também pensei em falar sobre os riscos do excesso de informação para o linux, mas não tive tempo de pesquisar sobre o assunto da forma que um tópico desse merece. O mesmo sobre as técnicas de encriptação, minha idéia era reunir todos os links e colocar os meus comentários sobre como eu uso e quais técnicas eu uso e porque isso é importante (e isso é importante).

No fim, a única coisa que consegui foi publicar um tópico colocando que eu não consegui fazer... frustrante, não?

Espero retornar em breve a freqüência de publicação que esse blog e eu merecemos com o desenvolvimento de algumas das idéias colocadas aqui.

Tuesday, August 07, 2007

A Liberdade e a Responsabilidade de Imprensa

A primeira regra da imprensa diz que toda liberdade deve ser preservada. Subentende-se, entretanto, que tal liberdade só está assegurada quando ponderada pela responsabilidade. Há, portanto, um desequilíbrio, pois toda liberdade está assegurada, ponderada pela responsabilidade definida por cada um, ou seja, a liberdade é universal, mas a responsabilidade é pessoal. Se todas as pessoas fossem perfeitas essa relação também seria, mas a vida não é assim...

O parágrafo acima só serve mesmo para ilustrar uma realidade no mundo da fantasia. Por que nem de perto os jornalistas são tão livres, como também a responsabilidade não está nas mãos de um só. Mas o problema é justamente essas duas questões. Os jornalistas são obrigados a cumprir pautas. Devem obedecer a alguém. Devem produzir matérias que vendam jornais ou tempos de propaganda. Há muito dinheiro envolvido e tudo fica muito mais turvo, porque é preciso ter qualidade e manter o funcionamento do jornal ao mesmo tempo.

A boa imprensa mostra a verdade como ela é, e em todos os lados da questão. Não julga enquanto faz isso. Depois, e ela pode*, sim, apresentar a sua opinião própria deixando claro que se trata de opinião, seja ela qual for (*o "pode" é o que define a imprensa de esquerda, direita ou chapa branca, em alguns países isso é crítico, no Brasil nem tanto).

Eu não preciso dizer que a imprensa deixa um pouco (às vezes muito, às vezes não) a desejar, mas pela forma do que pelo conteúdo (no Brasil eu acredito que ela diga verdades do jeito errado, mas isso é minha opinião). Mas isso faz parte. Não vale gritar e dizer que é isso ou aquilo, que é justo ou não, etc. Quem lê/vê imprensa de verdade e entende, absorve o conteúdo e não a forma. Quantas vezes você não comentou com um amigo que achava que "ontem" tinha sido exagerado ou esquecido coisa A ou B ?

Sim, você! Porque quem lê blogs de informação, normalmente têm uma preocupação com a qualidade daquilo que lê/vê. Ele quer opiniões diversas, de diversas fontes, de diversas formas, contrárias e iguais as suas. Ele quer ver os diversos lados que ele sozinho é incapaz de visualizar, porque simplesmente, é uma pessoa apenas. Isso enriquece e fortalece culturalmente o indivíduo, no caso, você leitor, permitindo ter uma visão acurada da forma que as coisas são, e assim, lutar para melhorar o seu ambiente de vida pessoal e social.

Pois bem. Agora imagine se tudo que eu disser aqui for mentira. Cruel, não ? Então imagine que não é mentira, mas apenas cópia de outro lugar. Mais cruel ainda! Te fez perder um bom tempo, atrás da mesma informação que as vezes nem é a opinião de quem escreveu, é apenas aquilo que te faz ficar bem no google, o que faz ter bons visitantes e gerar um boa renda.

Ok! Claro que generalizar é um absurdo tão grande quanto ignorar o problema. Mas é preciso entender de frente uma questão: cresce o número de blogs, mas e a qualidade ? São os autores capazes de diferenciar o conteúdo da forma ? São eles capazes de fazer uma pequena pesquisa para determinar a veracidade ou a mentira de um fato antes de publicar ? São eles aptos a perceber que não entendem de centenas de assuntos com a mesma profundidade, e portanto não podem comentar tudo como se fosse os maiores especialistas no assunto ? Bom, resumindo a história, não imagina a minha tristeza que foi ler os blogs depois do recente acidente de avião.

Não vou dizer tudo que vi, mas apenas para me justificar, tinha gente publicando uma falsa foto de uma pessoa cremada supostamente uma das vítima que tinha sido publicada pelo portal UOL e que foi retirada do ar algum tempo depois porque era falsa. É claro, se o UOL cometeu esse erro, porque fulano também não podia cometer ? Seria uma detalhe se não fosse duas coisas, post em questão foi publicado dois dias depois, muito tempo depois do UOL ter retirado a foto do ar e dado destaque a engano. E segundo: Porque publicar isso ? Tá, o UOL fez. E daí ? Todos tem a liberdade de fazer isso - a liberdade de imprensa assegura - mas e a responsabilidade ? E o bom senso ? Alguém pode achar certo divulgar uma foto verdadeira que ilustre esse fato, outros errado. Eu acho errado. Esse é um caso, de um blog, de uma foto, mas teve outros. Não sei se piores, mas casos que me fizeram virar o rosto da mesma forma. Que fique claro que escrever sobre o assunto não é o problema, mas é forma que é feito que é a questão. Isso tudo me fez lembrar do apresentador Ratinho, que em entrevista, certa vez, ele disse que não gostava que os filhos vissem o programa dele. Mas um exemplo de "forma". A forma que ele apresentava era boa para os filhos dos outros, mas para os dele não.

Eu passei um bom tempo pensando o que fazer, e o que estou fazendo é repensar o que leio e como leio. Simples assim. Dos meus quase 600 feeds (entre blogs nacionais, internacionais e agências de notícias de tecnologia), agora eu tenho pouco menos de 200. É uma pena, porque minha vontade era ver 450 opiniões diferentes sobre um determinado tema, o que eu vi foram 400 blogs replicando ou resumindo o conteúdo de portais de notícias. Então eu volto a perguntar: o número de blogs cresce todos os dias, mas e a qualidade ? Como está ?

Saturday, July 14, 2007

Modificações na Língua Portuguesa

Muita gente já deve ter ouvido falar que vem por aí algumas modificações na escrita em língua portuguesa. Eu tinha recebido um e-mail na universidade que informava sobre o assunto. Depois eu vi o mesmo sendo divulgado na TV.

Bom, quer saber o que vai mudar ? Veja esse link.

Dizem que aqui no Brasil apenas 0,45% das palavras vão sofrer modificações e em Portugal serão 1,6% das palavras. Sinceramente, depois de ler a lista de modificações eu tenho dúvidas se eu vou poder dizer que sei escrever. A única modificação que eu absorvi plenamente é a eliminação da trema.

A idéia pode até ser boa, ou melhor, a ideia pode até ser boa. Resta saber como a população vai absorver essas modificações. Mas sabe de quem eu realmente tenho pena ? Dos alunos que vão prestar vestibular no ano da modificação.

O que eu realmente não entendi é como ratificação das modificações por 3 países influência em 8 países. Bom, deixa pra lá.

Vale lembrar que não é a primeira vez que a língua portuguesa escrita sofre com modificações formais (no Brasil pelo menos). No tempo dos nossos avós (dos meus, pelo menos), farmácia era pharmácia, as modificações aconteceram e ninguém morreu por não conseguir encontrar o local que vendia o remédio.

Friday, July 13, 2007

Redirecionando o feed para o feedburner

A partir de ontem eu aderi ao Feedburner de forma mais efetiva. O feed agora é : http://feeds.feedburner.com/jfmitre. Bom, eu já tinha esse feed no feedburner configurado, eu só não o divulgava, deixava como uma opção oculta no blog. Você não precisa fazer "nada", mesmo quem ainda assina o velho atom.xml do velho blogger deve(ria) receber os tópicos da mesma forma de sempre. Trata-se do novo recurso de redirecionamento de feed inserido no Blogger recentemente.

Para fazer a mesma coisa que eu, no painel de configuração, temos (na versão em inglês): Settings > Site Feed, em Post Feed Redirect URL preencha o campo com o nome do feed no feedburner (ou outro serviço, trata-se apenas de um redirecionador). Quando alguém abrir o endereço antigo ele será redirecionado ao já existente feed no feedburner.

Do início do redirecionamento pra cá o meu número de assinantes "tem crescido", na verdade, e os tenho descoberto. A atualização "numérica" é lenta e eu acho que a transição ainda não foi completada, mas os números são extremamente interessantes.

Agora, eu estou um pouco preocupado com o efeito desse redirecionamento. E já que esse é o primeiro post feito sob essa nova estrutura, eu ficaria muito feliz se me informassem eventuais problemas.

De ante mão eu sei que pode haver um problema de posts duplicados no bloglines, esse problema era muito comum e foi um dos motivos que me fizeram sair do bloglines. Ele pode já ter sido corrigido, de qualquer forma, se tiver esse problema, existe uma forma de contornar isso, que pelo menos nesse blog, não trará problemas. Nas configurações do feed, na opção, "Updated Items", selecione "Ignore". Isso impedirá que você veja posts atualizados como se fossem novos (aqueles que eu publiquei de depois de um tempo eu editei), mas também impedirá o tal problema de acontecer.

Eu usava muito essa questão de atualizar um texto já escrito. Devo evitar isso ao máximo a partir de agora, me limitando a correções necessárias. Assim os meus leitores via Bloglines (e sim, eles existem) não perderão nada e poderão contornar com eficiência o problema caso ele ainda exista.

Monday, July 09, 2007

Uma temporada no Gnome: algumas dicas depois...

Algum tempo depois de eu ter relatado aqui minha experiência inicial com o Gnome, eu volto a escrever o que aconteceu depois disso, especialmente devido a algumas dicas que obtive dos pessoal nos comentários.

Vou inverter um pouco a ordem cronológica, e começar com os plugins para o Gedit. Eu havia instalado o pacote "gedit-plugins", mas não tinha percebido que esse pacote não habilitava automaticamente os plugins que eu tinha instalado. Ao fazer isso, eu sou obrigado a reconhecer que o Gedit supera o Kate em muitos aspectos. Mas o principal diferencial do Gedit sobre o kate não está nos plugins, mas sim, na capacidade de reconhecer a codificação do texto que acabamos de abrir.

Mas voltando aos plugins, eu confesso que menosprezei os plugins do Gedit. Tanto que quando o Leonardo indicou um plugin para LaTeX em um comentário do texto anterior, eu cheguei a comentar que achava muito difícil que um plugin conseguisse fazer o que uma suite tão completa quanto o Kile era capaz de fazer. De fato esse plugin não faz tudo que o Kile faz, mas quase chega lá. Ele adiciona quase tudo que eu gostaria de ver em um editor LaTex. Ajuda com os comandos (a lista é até mais completa que a do Kile), com estrutura de documentos, inserção de figuras e letras e uma região de "macros" que na prática permite inserir pedaços de código personalizado no documento. É realmente um plugin extraordinário, chega a ser covardia chamar o plugin de plugin. Nunca vi um plugin tão sofisticado.

Por umas e outras, eu recomendo instalar a versão em desenvolvimento. É fato de que ela tem bugs (é a de desenvolvimento), mas a estável também tem e a de desenvolvimento não fica muito atrás na estabilidade e muito a frente da usuabilidade. Um problema por outro não faz tanta diferença, mas o lucro na troca é grande.

Dos recursos, o que falta nesse plugin (pelo menos em relação a versão desenvolvimento) é o gerenciamento de projetos. Para quem escreve projetos com dezenas de arquivos tex e outras centenas de imagens, a falta desse recurso pode ser um problema.

Se eu não troquei o Kile pelo Gedit, é por três motivos: mero hábito, já que alguns recursos se apresentam de forma diferente. Por causa da produtividade, mudar não é tão rápido, mas para quem ainda não escolheu um editor esse plugin consegue suprir as necessidades de edição e é uma boa escolha. E, por incrível que possa parecer, devido a um plugin que integra LaTeX no Eclipse (escrevo sobre essa história outro dia). Não se esqueça de ler as "dependências" e os "problemas conhecidos" para permitir que você use todo o poder que esse plugin permite.

De qualquer forma, para textos simples, curtos (20 páginas) e baseados em um único arquivo .tex, eu já estou escrevendo usando o "Gedit"+"LaTeX Plugin", inclusive em casa, onde uso KDE. Para pequenos projetos ele é muito mais eficiente.

Eu sugiro uma boa olhada na página de plugins para o Gedit. Existe muita coisa interessante.

Já o Gabriel deu a dica que resolveu todos os meus problemas iniciais. Colocar atalho de teclado além do trivial "Sistema > Preferências > Atalhos de teclado". Particularmente eu achei a solução pouco intuitiva. Quero dizer, primeiro você edita o keybinding-commands para dizer quem você quer chamar, depois você edita as chaves em global-keybinding vinculando a cada edição feita em keybinding-commands. Tudo bem que não é nenhum absurdo, mas o o Gnome não têm a simplicidade como marca fundamental ? Onde ela foi parar com isso ? De qualquer forma essa dica foi ouro e me permitiu configurar tudo que eu queria.

Um dos problemas que ainda persistem é sobre a questão do Nautilus. Eu olhei todos os gerenciadores de arquivo do "Freshmeat.net" e outros repositórios de softwares, como o "Gnome-Files". De todos que eu vi, apenas um chamou a minha atenção de forma positiva: PCMan File Manager (apt-get install pcmanfm). Se você olhar rápido vai confundir com o Nautilus. Bem, não é o Nautilus, o que significa que os scripts para Nautilus (e os Nautilus-actions) não vão funcionar. E se é possível, ao menos eu ainda não descobri como fazer isso.

O PCMan File Manager não possuí o recurso de dividir a janela em duas (por isso não é a solução exata que eu procurava), mas ele permite navegar com abas. Isso é quase (literalmente) a solução. Se não é ideal, é pelo menos melhor do que o Nautilus, desde que você não queira usar os scripts para Nautilus. Particularmente, eu posso viver sem esses scripts, e prefiro perdê-los a perder navegabilidade (do meu ponto de vista, claro !). Aliás, visto que eu buscava uma solução alternativa para o Nautilus desde que comecei a usar o Gnome, abandonar esses scripts não é tão doloroso assim.

Por outro lado, o Gnome nasceu para usar o Nautilus, portanto não sei se é inteligente "se livrar" do Nautilus completamente (nem sei se é possível), portanto, não pude deixar de ler a também dica do Gabriel, sobre o Nautilus-Actions. Aliás, é até curioso, porque eu tinha instalado o Nautilus-Actions tão logo instalei o Gnome, mas não tinha percebido que era preciso instalar algum script para ter alguma coisa. Eu sei que parece idiota - e até é - mas para mim não parecia trivial baixar apenas um "gerenciador de scripts", para mim vinha algum script junto (nem que fosse um "Olá, Mundo!").

Oras, eu não devo escrever novamente sobre minha saga com o Gnome do ponto de vista de um novo desafio. E isso porque de todos contratempos pessoais (olhando agora, "problema" fica muito forte nessa frase) que descrevi, o único que não foi resolvido completamente a meu gosto foi sobre o gerenciador de arquivos. E isso não é um problema. Especialmente depois de ter descoberto o PCMan File Manager.

Aproveito para agradecimento especial ao Gabriel e ao Leonardo pelas suas valiosas dicas. Vocês não tem idéia de como elas foram úteis.

Minha relação com o Gnome está melhor do que eu suponha que seria quando comecei a usá-lo. E isso vai inserir uma séria pergunta para a próxima instalação de linux em casa: Gnome ou KDE ? O que outrora era uma resposta pronta na ponta da língua, agora já não vai mais ser uma escolha fácil. Felizmente eu tenho até outubro para decidir.

Friday, July 06, 2007

Contornando o problema de mensagens marcadas incorretamente como spam no Gmail

Recentemente o Gmail tem marcado como spam muitas mensagens válidas. Isso, normalmente gera problemas, apesar de que esse erro tem se concentrado em e-mails de listas de discussão.

Aí você vai até o tal e-mail perdido, marca como "não é spam" e isso não resolve muito, porque outro e-mail (as vezes do mesmo autor) acabam retornando a caixa de spam. O problema todo está no fato de que o Gmail deveria adicionar o remetente a sua lista de contatos quando você marcasse um e-mail como "não é spam". Bem, comigo ele não tem feito isso, mas eu posso dar uma ajuda, não ?

Se um e-mail que está na sua lista de contatos nunca é marcado como spam, então adicione todos os e-mail que assim estão sendo marcados a sua lista de contatos manualmente. Claro que isso gera um transtorno de ter muitos e-mails de desconhecidos na sua lista de contatos (especialmente se a raiz do problema for uma lista de discussão), por isso, edite a lista de contatos e faça uma divisão em duas, exemplo: conhecidos e desconhecidos

Agora a parte mais interessante: se o primeiro e-mail de uma "conversa" não for marcado como spam, então, os outros também não serão. O inverso também é verdadeiro. Por motivo que eu desconheço, apenas e-mails originário de alguns usuários da lista de discussão são marcados como spam, oras, isso significa que sua lista de contatos não será do tamanho do número de assinantes.

A maior prova que tenho disso, é que eu resolvi o problema relativo a marcação indevida como spam de e-mails da lista ubuntu-br adicionando apenas 15 contatos dos que tinham sido identificados equivocadamente como spam (eu tomei o cuidado de selecionar o primeiro e-mail de uma determinada conversação). O Gmail aparentemente aprende com essas pequenas regras e não é preciso muito mais do que isso.

Isso também resolve o problema de quem tem instalado o OSSEC HIDS e não entende o porque de um e-mail tipo: ossecm@localhost, seja identificado como spam o tempo todo. Basta adicionar o ossecm@localhost a sua lista de contatos e tudo ficará resolvido. Aliás, nesse caso (e em semelhantes) isso sequer gera aquele problema de excesso de contatos desconhecidos.

Se isso não é a solução, pelo menos é um jeito de contornar o problema.

Nota: nem todo mundo tem que estar com esse tipo de problema. Eu tenho uma média de 1000 spams por mês, isso deve "dizer" ao Gmail que eu sou do tipo que recebe muito spam, talvez ele seja mais rigoroso com os e-mails que eu recebo do que seria com e-mails de outros.

Links adicionais: O que devo fazer se uma mensagem for incorretamente marcada como spam?

Wednesday, July 04, 2007

Google Desktop

A essa altura, todo mundo já sabe que o Google Desktop agora possuí uma versão para Linux. Meu objetivo não é dar essa notícia, mas falar sobre o software em si com a visão de alguém que nunca usou a versão Windows do mesmo programa.

A primeira versão para Linux é apenas o básico, ou seja, pesquisa no nome e no conteúdo de alguns tipos de arquivo (a versão windows dá suporte a mais tipos). O beagle [1], o mais bem sucedido software opensource equivalente ao Google Desktop, não só possuí todas as características de busca dessa primeira versão do Google Desktop, como tem uma abrangência tipos de arquivos indexáveis muito maior.

Mas não só de buscas vive o Google Desktop. Na sua base, ele já inclui alguma integração com outros serviços do Google, como o GMail e, principalmente, a integração com o sistema de buscas do google na web.

E por esse motivo resolvi experimentar o Google Desktop. Do download à inicialização do programa, não houve qualquer tipo de problema [2]. Tudo muito simples e ... bem, simples ... Todo o gerenciamento de opções ocorre via interface web, ou seja, via navegador padrão do sistema.

Eu indexei apenas os meus principais diretórios de arquivo. Em sua grande maioria, PDFs. O total chega perto de 90GB. Depois de instalado, algumas particularidades sobre o programa:
  1. não consome muitos recursos da máquina, mesmo enquanto constrói o primeiro índice, por isso mesmo a construção é muito lenta, no meu caso, com o Athlon XP 2000, pouco mais de 24 horas;
  2. ele não indexa arquivos ou diretórios ocultos;
  3. ele não segue links de diretórios que estejam dentro do diretório principal de busca;
  4. o índice (criado em ~/.google/) é extremamente pequeno frente o seu conteúdo e quantidade de arquivos que eu possuo, no meu caso foram aproximadamente 1 GB, menos de 1 %, a tempos a trás, o Beagle gerou 4 GB de índice para menos material (em parte essa diferença reside na capacidade do Beagle de indexar outros tipos de arquivo, mas só isso não justifica no meu caso);
  5. as buscas dentro de arquivos são extraordinariamente mais eficientes, ou melhor, tão eficientes quanto na versão web, e muito mais rápidas do que uma busca usando o find com outro comando (o motivo é simples e óbvio, no Google Desktop existe um índice pré-construído, com o find, não);
  6. ele realiza buscas no cache no firefox (por hora o único navegador para linux suportado) encontrando resultados em páginas que você navegou recentemente.
  7. ao fazer buscas no Google, antes dos resultados você é informado de quantos e quais são os arquivos você possuí combinam com a expressão de buscada.
Você leu o último item ? A integração com o Google mostra resultados da "Pesquisa no Computador" em páginas de resultados da Pesquisa na Web do Google. Você não tem idéia de como eu fiquei feliz com isso. Não faz idéia de como eu vou diminuir a quantidade e material duplicado baixado para minha máquina. Toda vez que eu fizer uma busca no google, antes de qualquer coisa, eu verei o que já tenho... Essa integração com o Google, sozinha, já justifica baixar e instalar esse novo software (e perder 1 GB de espaço). Não. Não é exagero. Se você usa muito o Google (como todo mortal com um computador e internet) então terá grandes benefícios com essa integração. Desde que fiz a instalação do Google Desktop, em 10 buscas eu encontrei o que queria 8 vezes dentro da minha própria máquina. Está certo que alguém pode dizer: por que não abrir o beagle primeiro fazer a busca e só depois fazer a busca na web. Certo. Concordo, mas e a disciplina para isso ? Se os resultados estiverem integrados em um única interface, então, essa interface leva muita vantagem.

Há algumas coisas que são importantes de serem observadas na configuração do Google Desktop.

Abrindo a página de configurações, os quatro itens da primeira página exigem um certo carinho. Primeiro temos os tipos de arquivo que você quer indexar o conteúdo. Recomendo que marque todos os itens, exceto o que fala sobre "páginas seguras no histórico da web". Ao marcar todos os itens você vai demorar mais tempo para construir o seu índice inicial, e este será maior, mas você terá maior poder de busca, e eu não vejo porque limitar o poder do software aqui. Se for necessário você poderá fazer isso no terceiro item dessa mesma página.

O segundo item da página referência aos diretórios que você quer pesquisar. Muita atenção nesse item. Personalize-o da forma que julgar necessária. Lembrando que ele não pesquisa em arquivos/diretórios ocultos e não segue links.

Os dois últimos itens são os mais importantes dessa página. O terceiro, "Não pesquisar esses itens" permite excluir determinados diretórios ou arquivos onde você não quer fazer buscas/indexar. Também permite que você exclua determinadas urls da suas buscas na web (mais um ponto para a integração com o Google).

Já o último item diz: "Remover arquivos excluídos dos resultados de pesquisa. Arquivos excluídos não poderão mais ser pesquisados". Bem, vamos supor que você crie um arquivo novo, esse arquivo será "Arquivo1.txt", você sai toma uma água e quando volta você renomeia pra "ArqJ.txt". Se esse item estiver desmarcado, o Google Desktop será capaz de encontrar os dois arquivos em uma busca por "Arq*.txt". E você poderá consultar o arquivo eliminado salvo no cache Do meu ponto de vista, essa opção deveria vir marcada por default e quem quisesse que desmarcasse. Por que isso pode fazer o índice crescer de tamanho exponencialmente, basta que você tenha uma grande movimentação de arquivos no seu HD (como eu, pois tudo que entra no meu computador vai para o dir "~/Inbox" e só depois eu o coloco no diretório definitivo). Por outro lado, essa é uma forma realmente interessante de fazer um "undelete" de um determinado arquivo que você tenha eliminado no terminal (onde não existe lixeira).

A segunda aba fala sobre a integração com o Gmail. Algumas pessoas podem pensar nas questões de privacidade, mas eu que uso o Gmail/Google Talk, Picasa Web Album, Google Reader, Google Docs & Spreadsheets, Google Calendar, iGoogle, o Google Notebook, o Feedburner, o YouTube e o Blogger, se tiver que questionar a palavra do Google quanto a sua política de privacidade teria que ter feito isso a muito tempo atrás. Note que se ativar a integração com o Gmail você praticamente fará uma cópia (em texto puro) de todos os seus e-mails em cache local (não se preocupe, compactado o texto puro não dá quase nada em espaço). O que é uma boa (se não ótima) forma de fazer um backup básico dos e-mails.

A terceira aba é a que fala do comportamento do software em si. Eu destaco última opção dessa aba como a mais importante, pois é nela que se define a integração com as pesquisas feitas na web. E como eu já disse, é um dos melhores recursos desse software.

A última aba é apenas sobre a ativar ou não os "Recursos Avançados". Pelo que entendi, no momento, é apenas para fornecer ao Google dados sobre a performance do aplicativo. Sem ganho de recursos extras.

Algumas coisas interessantes que não são ditas:
  1. o google desktop precisa do pdftotext e do ps2ascii para exibir o conteúdo dos arquivos PDF/PS (se você não os tem, instale-os ou ficará sem buscas no conteúdo desses arquivos).
  2. ele "só" pesquisa as 6 mil primeiras palavras contidas dentro de um arquivo, mais ou menos 8 páginas de texto puro.
  3. ele não pesquisa (ainda) dentro de arquivos compactados ou iso.
Se por um lado eu fico feliz com o software que eu tenho agora disponível para fazer buscas no meu computador, por outro lado eu penso o que vai ser dos equivalentes livres que não sofrerem uma apreciável injeção de motivação. Claro que deveremos ver se serão confirmadas a aceitação no Google Desktop pelos usuários (se for como o Google Earth, pior para o equivalentes livres, se for como o Picasa, pior pro Google).

Eu acredito que o Google se sairá muito bem dessa, especialmente por causa da integração com o serviços do Google. Se forem seguidos os mesmos passos de seus equivalentes para Windows e Mac, então, tem tudo para ser um sucesso no Linux também

Conclusão
Mesmo tendo iniciado sua versão linux na sua forma mais simples, o Google Desktop se mostra extremamente eficiente ao que ele promete fazer. Pela boa performance em buscas no conteúdo dos arquivos, pela excelente integração inicial com o serviço de buscas do Google e pelo não essencial, mas não menos eficiente e interessante, integração com o Gmail. Certamente, o diferencial desse aplicativo será a integração com os serviços do Google, algo que os concorrentes livres não terão.

Notas
  1. Muitos usuários informam que o Beagle tem por hábito consumir mais recursos do que estamos dispostos a disponibilizar para um daemon, entretanto, um breve consulta na página de solução de problemas pode corrigir isso.
  2. Veja aqui ou aqui como instalar o Google Desktop, o primeiro é para baixar e instalar, o segundo ensina a configurar os novos repositórios do Google (opção recomendada).
  3. Os primeiros passos e a central de ajuda são ótimas fontes de informação em português para quem estiver perdido com o software.

Tuesday, June 26, 2007

CRT x LCD do ponto de vista técnico

Depois que escrevi sobre a comparação entre CRT e LCD do ponto de vista econômico, eu fiquei de passar uma breve revisão sobre as características técnicas de cada um. Mas ao contrário "do ponto de vista econômico", "do ponto de vista técnico" não é exatamente um novidade ou um texto original.

Se você tem interesse nas questões técnicas que diferem um CRT do LCD, primeiro eu recomendo fortemente a leitura dos comentários do post "original", pois estes foram muito ricos em informação escrita por diferentes perfis de usuários, com depoimentos que tornaram a discussão realmente muito interessante. Dito isso, eu não vou reinventar a rodar.

O que você deve levar em consideração quando compra um monitor LCD (copiado diretamente dos tais comentários) :
  • cores
  • luminosidade
  • resolução (recomendada e máxima, incluo área aqui)
  • contraste
  • tempo de resposta
  • freqüência
  • angulo de visão
  • tipo de conexão com o computador
  • características físicas (wide ou não, haste móvel ou não, inclinação e etc, incluindo estética).
Mas você ainda precisa saber o que olhar em cada um desse itens, certo ? Pois, eis que temos um texto do Paulo Couto, Dicas para comprar um monitor LCD. O artigo é longo, são 8 páginas, e é excelente, exceto por um detalhe: é de 2005.

Parece pouco, mas muita coisa mudou nesse tempo, o maior exemplo está na página 2 do artigo, quando ele fala das características que eu mencionei acima. Ele considera um bom monitor, um que tenha o menor tempo de resposta possível, o que é correto, mas fornece valores razoáveis de 25 ms. E acho que nem temos mais monitores com um tempo de resposta tão alto. O artigo não pode servir de base para os "valores" considerados normais hoje em dia. Mas apresenta todas as tendências, depois que tiver entendido tudo, coloque numa lista e vá checando item por item nos diversos modelos disponíveis em lojas on-line (se for comprar algum, não se esqueça de verificar no site do fabricante para não ter dúvidas).

Por fim, fica faltando falar das qualidades do CRT. Aí a coisa começa a ficar estranha. Quem gosta de filmes e já view o "making-off" de "Guerra nas Estrelas", viu um belo monitor CRT em uma das entrevistas ... deixa eu repetir: um CRT. O motivo é a qualidade da imagem, mas eu acho muito pouco provável que alguém consiga achar (em locais comuns) no Brasil um monitor CRT que se compare com aquele do vídeo (que devia ser de 22" em resolução de 1600x1200 ou maior), de qualquer forma, é para um uso extremamente específicos, quando, literalmente, a imagem é tudo.

Hoje, para 97 % das aplicações, incluindo jogos, as atuais tecnologias dos LCDs dão conta do recado, com folga. Esse 3 % vai ficar para quem primeiro tenha uma placa de vídeo/computador/etc que possa realmente aproveitar-se de um poderoso monitor e segundo que tenha tais necessidades de qualidade imagem. O que não vale é você ter um monitor de tempo de resposta de 25 ms (modelo de 2005) e querer que ele funcione da mesma forma que um modelo barato da LG que tem tempo de resposta de 4 ms (modelo de 2007). Aliás, o pessoal desses 3 % normalmente já sabe disso a muito tempo.

A grande característica que um monitor CRT precisa ter está relacionada com o freqüência e resolução máximas. Para a resolução máxima que você definir, a freqüência tem que ser maior que 75 Hz, menos que isso é risco a saúde. Idealmente, deve-se ter 85 Hz na sua resolução escolhida, mas a regra é "quanto maior, melhor", 100 Hz é o que eu consideraria o objetivo (o pessoal que trabalha com imagens pode ser mais exigente). Eu fiz uma busca agora e não consegui achar para vender (no Brasil) um monitor de 17" CRT que fornecesse a 1280x1024 a 85 Hz de freqüência. O máximo que eu achei nesse momento foi 1024x768 com 85 Hz, em 1280x1024 apenas com 66 Hz. Isso não significa que esse monitores de qualidade não existam (nem que eles sejam muito mais caros, no lab da universidade tem vários desses monitores de 17" que fazem até 1280x1024 com 100 Hz, mas esse modelo não está mais listado na página da LG). De qualquer forma alguns CRT 19" (por exemplo,esse da LG) possuí ótimas especificações, superior a muitos LCDs diga-se de passagem.

Aliás, você viu a quantidade de itens de especificações que o CRT possuí ? Não, olha de novo. Isso já existia quando você comprou o seu último CRT.

Um grande problema dos CRTs fica por conta de como configurar o monitor. No LCD (nos atuais, pelo menos) existe um botão que você aperta, ele se auto-configura com eficiência, restando modificações a serem feitas no brilho e contraste. No CRT não existe esse "botão mágico". Você precisa configurar todas as características que você deseja no monitor. Para a maior parte dos itens (e das pessoas) as opções 'default' satisfazem e o foco é sempre o maior problema.

Mas existem muitos casos onde isso não é verdade e as pessoas não fazem idéia de que devem modificar algum valor, por exemplo, a freqüência do monitor. O default dela é baixo para compatibilizar com qualquer placa de vídeo, se o usuário não modificar esse valor, ele vai usar 60 Hz pela vida inteira e com o uso sentir dores de cabeça, cansaço na vista, etc... Alguns sistemas operacionais sabem que podem fazer essa modificação e buscam automaticamente o melhor valor, mas no caso específico dos usuários do windows, isso pode depender do modelo da placa de vídeo, em especial, se ela necessita de drives externos (note que o "necessita" é complicado, toda placa vem com drive para windows, mas nem todos os modelos requerem a instalação desse para funcionar, mas o requerem para funcionamento de todos os recursos) e em todos os OS isso depende do sistema já estar instalado e ser um simples troca de monitores ou de se é uma instalação do zero. Por fim, aquela história de instalar o drive do monitor é bobagem, afinal ele está funcionando, está errado. Se o monitor possuí um drive, instale-o, no windows isso pode fazer muita diferença. Aliás, falei tanto do windows ... é porque no linux o monitor só dá algum tipo de dor de cabeça na configuração, quando é feita uma substituição em um sistema instalado e só porque o monitor ligou o usuário não atualiza o Xorg. Isso pode realmente ser desnecessário em modelos similares, mas ao substituir um 15" por 17", por exemplo, muda tudo. Na dúvida, trocou de monitor, reconfigure ele.

Na conclusão, bem, você decide. Eu só recomendo que não se deixe levar pela onda de consumo. Seja sensato, decida o que é melhor para você em todos os sentidos, não no que as pessoas esperam que seja melhor para você. Não considere apenas uma opinião, busque outras (três, no mínimo). Vá a fóruns e veja a experiência dos usuários que já fizeram suas escolhas. Pesquise. Se você é empresário e está pensando se deve ou não atualizar sua empresa, veja os comentários outro tópico. Verá alguns depoimentos interessantes e importantes para serem levados em consideração que vão além do lado técnico ou financeiro. Só então, com todas as cartas na mesa, faça sua escolha.

Outros links: http://del.icio.us/jfmitre/monitor

Google Docs & Spreadsheets

Estava eu usando o Google Docs, quando bingo !!! A interface é atualizada em um clique de mouse.

Uma Temporada no Gnome

No dia 7 de junho eu fiz uma grande besteira no computador da universidade. Nessa ocasião eu necessitei de reinstalar o sistema, pois este já estava cheio de remendos de besteiras anteriores a sei lá a quanto tempo. Bem, eu sou um usuário do KDE, mas acabei aceitando um desafio (praticamente pessoal) de usar o Gnome. Boa parte da minha motivação consistia em tirar-a-teima com Gnome e nesse meio tempo, ver como eu me saio usando apenas ele. Então desde que reinstalei o computador estou apenas com o Gnome na universidade. O que em outras palavras são aproximadamente 2 semanas no Gnome.

Eu confesso que não me imaginava que essa relação fosse durar tempo suficiente para que eu tivesse algo para escrever sobre. Mas a experiência até tem sido agradável. O maior choque foi no primeiro momento, onde eu não conseguia "me achar" e ia atrás de "botões" que não existe, de opções que não existem (pelo menos não no mesmo lugar)

Praticamente todos os softwares que eu uso no KDE possuem equivalentes no Gnome, mas um dos primeiros softwares que eu tive que instalar foi o Kile (para LaTeX), simplesmente porque não conheço equivalente a altura em termos de interface, claro. Incrível isso, não ? Existem softwares alternativos (melhor dizendo, qualquer editor escreve LaTex), mas nenhum editor que possua tantas facilidades quanto o Kile.

Logo depois, eu fui fazer uma coisa que eu não vivo sem, configurar teclas de atalho ( no gnome, temos: Sistema > Preferências > Atalhos de teclado ), felizmente para minha relação com o Gnome, o navegador e o gerenciador de arquivos padrão podem ser configurados com uma tecla de atalho (do contrário eu desistiria do Gnome ali mesmo), mas eu fiquei surpreso ao não ver nenhuma possibilidade de, por exemplo, chamar o Kile por tecla de atalho (eu ainda vou procurar saber se existi um programa que compense isso) ... mas isso não chega a ser um problema, pois a "ideologia" Gnome nos prepara para ter duas barras de tarefa, logo, eu enchi a barra de cima com todos os programas que eu uso frequentemente. As alternativas eram usar um mini-aplicativo chamado "gaveta" ou colocar ícones no desktop. A Gaveta parece uma boa idéia, mas seria muita novidade em pouco tempo, já ícones no desktop, era passar um pouco da linha, 4 ou 5 ícones, vai lá, mas uma dúzia nem pensar ... é questão de gosto, mas isso também é importante, não ?

Por outro lado, o Gnome me pareceu muito, mas muito mais leve do que o KDE. É certo que não comparei nada com nada (nem mesmo olhei a memória consumida), foi apenas impressão, mas no final das contas não é isso que realmente importa ? Também me senti o sistema mais estável. Especialmente ao lidar com dispositivos externos (via usb) e servidores externos (ssh/smb). Eu consegui fazer cópias de um lugar para o outro via ssh na mesma velocidade que eu obteria se estivesse no terminal, algo que eu nunca vi no KDE.

Agora se tem uma coisa que eu não me adaptei e creio que nunca me adaptarei é a interface do nautilus. Ele não permite que você faça um "split" da janela atual em duas. Nem mesmo quando eu usava o windows, eu não usava o windows explorer por esse mesmo motivo. Na época eu usava o 2xExplorer (que já mudou de nome tantas vezes que eu nem saberia dizer qual é o atual), mas o fato é que os programas como o Gnome-Commader não é tão eficiente quanto o Konqueror (quem já usou os dois sabe do que eu estou falando). Para mim é um pouco incompreensível não existir um gerenciador de arquivo nativo para Gnome que tenha três divisões básicas, duas janelas e uma árvore de navegação como é incompreensível o motivo do Nautilus não ter esse recurso disponível de forma nativa (mesmo que desativado), de qualquer forma eu ainda não desisti Gnome apenas por conta disso (apesar de pensar nisso toda vez que abro o Nautilus).

A conclusão é que é realmente surpreendente. Eu realmente não esperava me sintonizar de forma eficiente com o Gnome. A famosa interface limpa e clara para o usuário sempre foi algo que eu não considerei produtivo, especialmente quando acontecia de eu ter que imaginar onde está aquela opção que eu precisava nos poucos momentos que eu usava live-cds com o Gnome. Pretendo continuar a usar o Gnome na universidade, meu principal objetivo é me treinar um pouco dentro do Gnome, ganhando mais velocidade no seu manuseio.

Já venho escrevendo esse texto a uma semana, mas hoje foi publicado no Meio Bit uma interessante comparação entre o Ubuntu e o Kubuntu. Não só achei o estudo interessante do ponto de vista que foi realizado, ou seja, do ponto de vista do leigo que recebe apenas o CD, como concordo com a maior parte do que está escrito lá. Considero o Ubuntu realmente melhor do que o Kubuntu praticamente por causa dos mesmo motivos apontados, mas ... a personalização do ambiente pode empatar ou, até mesmo, inverter o placar.

Do mais, do mais, fica o recado que não se prender a um único ambiente é algo extremamente saudável, conhecer os dois ambientes por ser importante por diversos motivos, mas o principal deles é ter contanto com aplicativos originalmente escritos para um ambiente que serve e funciona muito bem no outro ambiente e que muitas vezes é preferível na hora de resolver pequenos problemas (o gerenciador de redes é o melhor exemplo).

Wednesday, June 20, 2007

Mozilla visita a COPPE

Acabei de receber um e-mail informando, segue o e-mail na integra:
Mozilla visita a COPPE

Nesta sexta-feira, dia 22 de junho, a COPPE receberá a visita do engenheiro Asa Dotzler, representante do Mozilla – empresa responsável pelo software livre de navegação Firefox. Fundador e coordenador do projeto de difusão do Firefox, maior concorrente do Internet Explorer, da Microsoft, Dotzler fará uma apresentação das mais recentes inovações do projeto Mozzila. A conferência é aberta ao público e será realizada, às 12h15, no auditório da COPPE (Centro de Tecnologia, Bloco G, sala 122, na Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, RJ).
Taí o informe, se alguém se interessar ...

[update]
Acabei de achar a referência completa no site da COPPE. Clique aqui para saber mais sobre esse assunto.
[/update]

Saturday, June 16, 2007

CRT x LCD do ponto de vista econômico

Estava fazendo cálculos sobre a vantagens econômicas de adquirir um monitor de LCD. Não que em algum momento passe pela minha cabeça que o monitor de LCD seja em termos técnicos pior do que um CRT, mas eu estava pensando unicamente no dinheiro.

Para isso eu preciso considerar alguns padrões. O primeiro é dizer que o monitor é de 17". Com isso, sabendo que um monitor CRT de 17" consome, no máximo, aproximadamente 75W e um bom monitor de LCD de 17" (não widescreen) consome aproximadamente 35W. Outro fator (e polêmico) é o custo da compra dos dois equipamento. Eu vou assumir o preço de 250 reais para um CRT e 550 para um LCD. Por fim, considere o custo do KWh de 50 centavos (aproximadamente o valor do Rio de Janeiro).

O custo total de um monitor (seja ele qual for) é dado pelos seus custos fixos (no caso compra) somado aos custos variáveis (consumo de energia elétrica) e matematicamente formulado pela equação:

Custo = VC + (EnerCons)*(HorasDiárias*dias)*(PreçoDoKWh)/1000

Sendo VC, Valor de Compra, EnerCons, energia consumida pelo monitor em W, HorasDiárias e dias, está associado ao tempo de uso do mesmo, PreçoDoKWh, preço da energia elétrica e o 1000 e um fator de correção das unidades.

Supondo que você tenha que comprar um monitor novo agora, qual a escolha mais econômica ?

Sabemos que o investimento inicial do LCD é maior e que este consome menos do que o CRT, portanto é mais econômico. Pois, em quanto tempo o custo total do CRT se iguala ao custo total do LCD ?

Com os parâmetros anteriores e considerando que o monitor será utilizado todo dia por 12h o custo do CRT é igual ao custo do LCD em 1250 dias, ou seja, pouco menos de 3 anos e meio.

Nota: De uma forma simplificada pode ver essa equação de igualdade da seguinte forma: (75-35)*(12*d)*0,5/1000=(550-250), d é o número de dias a ser determinado..

Convenhamos, utilizar o monitor por 12 por dia todo dia é algo que vai muito além da maioria das pessoas. Se você usar apenas 6h por dia, então esse tempo salta pouco menos 3 anos e meio para quase 7 anos. O que rigor significa que se você usar mais ou menos 6 horas por dia o monitor, você precisaria de ter um monitor LCD funcionando por 7 anos para justificar o investimento financeiro.

Você tem um monitor funcionando, mais quanto tempo o LCD teria de funcionar para compensar a troca agora ?

Se você tem um monitor CRT funcionando isso significa que o custo compra do CRT é zero (VC=0), e então a coisa piora, e muito, pro lado do LCD, pois temos: (75-35)*(12*d)*0,5/1000=550, o que fornece aproximadamente 2292 dias, novamente considerando 12 horas de uso diário, isso é pouco mais de 6 anos. Sem nenhum exagero, caso você use o monitor por mais ou menos 6 horas por dia, o investimento financeiro só será justificado depois de 12 anos.

O que em outras palavras significa que seria preciso que o monitor LCD funcionasse por 6 anos para compensar a troca do atual e funcionando monitor CRT. O tempo não é nenhum exagero, mas você provavelmente vai querer trocar LCD antes por causa da nova tecnologia que eles ainda não inventaram.

Alguns fatores que não foram considerados

O preço da energia elétrica vai subir, mas mesmo que você considere o aumento de anual médio, não teríamos um impacto tão grande assim para nos fazer mudar de idéia em relação aos custos. Além disso, eu não brinquei de investidor. Eu posso muito bem investir a diferença do dinheiro do LCD e amortizar um pouco (muito pouco mesmo) o valor do aumento anual (não o valor da conta). Então entre um e outro eu resolvi não considerar nenhum dos dois.

O tempo de vida médio de um monitor CRT é 3 anos. Bom, mas eu já tive monitor de 5 anos de duração... De qualquer forma, para quem usa pouco o monitor esse tempo de vida sobe consideravelmente. Já o LCD eu não sei, existe muito disse-me-disse e acredito que pouca gente tenha um monitor desses a tempo suficiente para produzir um valor médio representativo para essa informação, mas pelo que eu já ouvi, muita gente consideraria razoável algo entre 6 a 7 anos.

Agora eu realmente nunca vi um monitor de CRT durar 50 mil horas, equivalente a 12 anos, com 12 horas diárias de uso e é isso que está no manual de um monitor da universidade que durou 2 (dois) anos e deu problema. A questão da durabilidade pode fazer a balança pender para um lado ou para o outro. Infelizmente esse é um valor que foge completamente do nosso controle, quem diria que o monitor que tinha a promessa de durar 12 anos ia durar apenas 2 anos, apenas 1 ano depois de acabada a garantia ? Os monitores LCD tem a natureza de durar mais, e isso pode ser um fator decisivo na hora de comprar um novo, tendo que comprar um novo (nada disso justificaria uma eventual troca).

O pessoal de fora do Rio de Janeiro deve refazer as contas, tanto por causa do valor do monitor, quanto (e principalmente) por causa do valor do KWh, essa equação de equilíbrio que eu usei aqui pode privilegiar o LCD dependendo do valor do KWh e das horas de uso (mas se usa menos de 6 horas, nem perca tempo, vai dar na mesmo conclusão).

Conclusão: Pensando apenas em dinheiro

Eu fiquei tão impressionado com as conclusões que eu, mesmo depois de ter refeitos as contas, acabei pendido ajuda ao Sérgio F. Lima para ver se tinha algo errado, além de ser professor de física, leitor desse blog, ele ainda é tricolor (eu não podia deixar passar essa !). Valeu pela ajuda Sérgio !!!

É um fato de que a econômica na energia elétrica tendo um monitor LCD é realmente grande, quase a metade do valor relativo ao uso de um CRT. Mas não só de custos variáveis vive a economia.

Vamos considerar duas classes de pessoas aqui: as que usam muito o monitor, cerca de 12 horas diárias, e as que não usam muito o monitor, com menos de 6 horas diárias.

Para quem usa muito o monitor, vamos dizer, para quem trabalha na frente da máquina 12-14 horas por dia, então, pode-se dizer que é economicamente vantajoso escolher um monitor LCD no lugar de um CRT na hora compras, não pelo custo inicial e etc, mas principalmente pela economia futura que terá com um equipamento de durabilidade maior. Mas cuidado com a origem e reputação do monitor comprado, perder esse monitor e ser obrigado comprar outro antes do tempo dará um senhor prejuízo.

Se por outro lado existe atualmente um monitor CRT funcionando nesse momento, só seria vantagem fazer a troca se tivesse como vender o monitor para alguém e por um bom preço.

Agora se você usa pouco o monitor, não tem jeito, não há como o monitor LCD ser economicamente mais vantajoso, nem mesmo considerando a durabilidade maior do LCD conseguiríamos fazer a balança tender para o lado do LCD. A questão toda é que quem usa pouco, desgasta pouco o equipamento.

Não se iluda quando alguém lhe disser que o LCD é mais econômico do que o CRT. De fato ele é consome muito menos energia, mas ainda não é mais econômico para a maioria das pessoas.

Bom, no mundo ideal o preço do LCD se aproximaria do preço do CRT fazendo a vantagem econômica passar o bastão para o monitor de LCD, matando a tecnologia CRT de uma vez por todas. É exatamente isso que nós vamos ver, o problema é que não vivemos no mundo ideal e dado o preço atual dos monitores CRT temos uma prova irrefutável de que eles eram muito mais caros do que deviam ser no passado, quando eles eram a única opção (ou você acha que eles estão tomando prejuízo agora ?). O preço do CRT caiu tanto, mas tanto, que será impossível ocorrer a substituição por esmagamento econômico (ou você consegue imaginar um monitor LCD por 250 reais sem que exista um outra tecnologia superior para substituí-lo?).

Essas contas foram um balde de gelo nos meus planos. Eu sabia que o custo inicial iria pesar na compra do LCD, mas não imaginei que pesaria tanto, até porque eu mesmo sabendo que não vivo no mundo ideal, não imaginava me deparar com esses valores. Em casa eu me enquadro nos que usam cerca de 6 horas por dia o computador (tem dias que chego a 15, mas em outros nem 1 hora, a média é de aproximadamente 6 horas). Para mim é inviável comprar o LCD se eu pensar apenas no dinheiro.

Conclusão: Esquecendo o dinheiro por um momento

Meu sonho de consumo (em termos de informática) é um monitor LCD 19". Primeiro pelo aumento do tamanho da tela (hoje eu uso um CRT de 17") e segundo pela qualidade da imagem do LCD (que é incomparável), especialmente esse último ponto me fará fazer a migração, mais cedo ou mais tarde.

Mas não só de dinheiro vive a tecnologia. A qualidade do monitor LCD é tamanha que justificaria a compra como um investimento em saúde e em qualidade de trabalho. Eu poderia enumerar as milhares de vantagens de um monitor LCD, ele vence em praticamente todos os critérios (inclusive em termos ecológico, afinal consome-se mesmo muito menos energia), exceto custo, mas isso não é o objetivo desse post.

Eu espero não ter destruído o sonho de mais ninguém com essas contas.

Thursday, June 07, 2007

Bloco de destaque no blog com Google Reader

Depois de ter lido o post do Bruno sobre a criação de um bloco de destaque para o Wordpress, eu escrevi sobre como criar um bloco de destaque no Blogger, usando apenas as ferramentas que o Blogger tem a oferecer.

Só que aí eu fui ler os feeds no Googler Reader e me lembrei de um recurso que eu até já uso nesse blog. Que é a integração entre tags públicas do Googler Reader e o Blogger [update] (bem, na verdade não é apenas com Blogger [/update]. Você pode olhar esse recurso aqui ao lado em uma seção da barra lateral intitulada "Tópicos Compartilhados". O título fui eu que selecionei, poderia ter sido Destaques.

O que pouca gente deve ter percebido é que lá Googler Reader é possível definir quais as tags eu gostaria de tornar pública (em "preferências", procure "tags"). No mesmo local tem um link, que em inglês, está assim: add a clip to your site, isso permite adicionar um script no seu blog. Existe uma facilidade para que usa o Blogger, mas poderia ser qualquer local que suporte javascript. [update]Esse última 'oração' da frase é uma daquelas coisa que a gente escreve bem intencionado, mas que não tem nada haver. O Javascript é interpretado pelo navegador, não pelo serviço, então só precisamos de um serviço que permita adicionar trechos de código no código fonte do blog/site. Bem, todo mundo faz isso, não ?[/update].

Agora, acompanha o raciocínio, eu estou lendo um determinado post (meu mesmo) e quero que ele apareça na tal tag compartilhada que eu criei para isso. Então eu só preciso marcar o post com a tag e pronto, ele está automaticamente compartilhado. E com isso incluso no blog/site ou onde quer que seja que eu tenha adicionado esse novo modo compartilhado.

E se você já não usa o "share" default do Google Reader, nem precisa se dar ao trabalho de criar um tag para isso.

As vantagens estão relacionadas a facilidade que é fazer isso funcionar e gerenciar o que você quer que seja compartilhado. É simples demais e evita você ter que dar um refresh na seu post antigo para incluir uma tag nele (como eu fiz a pouco).

Uma das desvantagens é para quem não usa o Google Reader. Aí fica mais complicado. Se você é usuário do Blogger, então você tem uma "id" Google, logo tem um Google Reader te esperando.

Mas a maior desvantagem está relacionada ao layout. Apesar de permitir diversos tipos de combinações de cores pré-estabelecidos, de permitir editar o número de itens e o título, fazer algo ficar parecido com o que o Bruno fez exige ter um domínio razoável do CSS e de ler a documentação do google que diz qual é o nome "classe" CSS que está relacionada com cada item do clip (tenho certeza de que essa existe, só não me pergunte onde).

Como criar um bloco de destaques no Blogger

Depois de ler o artigo do Bruno, "Como criar um bloco de destaques no Wordpress", eu fiquei imaginando em como fazer a mesma coisa com o Blogger.

Não existem muitas formas (que eu conheça, pelo menos) de fazer isso no Blogger, a que eu consegui imaginar usa o recurso de categorias associado com os feeds individuais de cada categoria.

Primeiro vamos entender uma coisa sobre os feeds do RSS no Blogger.
É possível ter um feed RSS para cada categoria criada, que segue o padrão abaixo considerando a categoria "exemplo":

http://jfmitre.blogspot.com/feeds/posts/default/-/exemplo

Assim, somente os artigos que tiverem a label 'exemplo' estarão disponíveis para o assinante desse feed.

Seguindo os passos:
  1. Selecione uma palavra chave para sua categoria de destaques, exemplo: "destaque"
  2. Abra o editor de templates do Blogger, e nele adicione um novo elemento a página no local que você quer que apareça os destaques.
  3. Na lista que segue, selecione o item "Feed".
  4. Preencha com o feed particular da categoria selecionada anteriormente para essa função: http://jfmitre.blogspot.com/feeds/posts/default/-/categoria seria o caso do nosso exemplo. Clique em continue.
  5. Nessa última tela selecione suas preferências para o destaque, a princípio ele selecionou o título do seu blog para o campo "Título", mude para algo como "Destaques:" Preencha as demais preferências de acordo com sua vontade.
  6. Salve, se não estive salvo.
Só para constar:
  • Nesse blog eu estou utilizando a categoria ";-)" (eu queria só um pontinho, mas não deu certo) [update]Para usar o ;-) como uma categoria é preciso correlacionar com link do feed com o código %3B-%29. Variações dessas "palavras inválidas" para urls podem ser facilmente descobertas clicando no link correspondente a mesma nas categorias do blog. Ao fazer isso, a barra de endereços vai interpretar o código para você. Aí é só copiar. [/update]
  • O feed link só vai sair dali quando ultrapassar o número de artigos que você selecionou na configuração. Se quiser manter um mesmo artigo mais velho, você precisará de editar o número de destaques ou remover algum destaque da lista. Para os meus interesses, 5 está de bom tamanho.

Saturday, June 02, 2007

Epiphany: o pequeno, mas completo

Dentre a infinidade de navegadores existentes no mundo linux, o Epiphany, também conhecido como "Gnome Web Browser"*, chama atenção pela leveza e, principalmente, por ter suporte a javascript.

Eu posso dividir os navegadores existentes em dois tipos, os grandes, pesados** e cheio de suportes e os pequenos, leves, mas sem suportar muita coisa. Eu, particularmente, uso esses dois tipos de navegadores, a primeira categoria, enquadra-se navegadores como Firefox, Opera, Konqueror, no segundo tipo temos o links, lynx e outros navegadores de modo texto. Os primeiros suportam javascript, java, extensões, plugins diversos e outras coisas que eu ainda nem sei que existe. Os do segundo tipo suportam, no máximo, figuras (links2 em modo gráfico), alguns mal suportam tipos diferenciados de formatação em HTML (por razões óbvias que deixo para outros discutir).

É nesse ponto que o Epiphany leva imensa vantagem sobre esses dois tipos de navegadores. Ele não é grande, não é pesado, mas suporta um tipo de recurso imprescindível para uma navegação atual: o javascript.

Bom, mas onde eu quero chegar? Como a maioria dos alunos de pós-graduação em áreas que envolvem computação em sistema linux, eu também possuo um conta ssh para gerenciar serviços a distância, o problema é que muitas vezes eu preciso de usar o navegador que tenha suporte a javascript, mas minha navegação é lenta demais para ter a paciência de inicializar o firefox, é aí que entra o Epiphany.

Se vive a mesma situação que eu, necessita, por algum motivo, de um navegador leve, mas não pode abrir mão do suporte a algumas tecnologias***, como o javascript, experimente o Epiphany.

Agora, você percebeu que o tempo vai se encarregar de transformar essa minha necessidade em "nada"? Haverá um dia que a minha banda de navegação será suficiente para abrir o Firefox sem qualquer problema, nesse dia eu não precisarei mais do Epiphany, até lá, ele ainda é uma ferramenta muito útil.

* Não sabia ? O Epiphany é dito como o navegador oficial do Gnome, isso é verdade na maioria das grandes distribuições, exceto o Ubuntu.
** "grande e pesado" são adjetivos relativos, um exemplo disso é que o Firefox pode ser considerado levíssimo perto do velho Mozilla Web Browser ... portanto, sem "flame war" por favor.
*** O Epiphany também suporta plugins e extensões, dentre as quais eu destacaria a Greasemonkey, mas eu nunca testei nenhum desses recursos extras.

Thursday, May 31, 2007

Manipulando arquivos que começam com hífen no terminal

Não gosto de simplesmente reproduzir informações. Especialmente quando é fácil achar a resposta, mas para esse caso eu vou abrir um excessão.

Vamos supor que você queria deletar (ou manipular no terminal com outro comando, tipo cp, mv, etc) um arquivo que se inicie com um hífen, tipo: "-meuteste.txt"

Se tentar, rm -meuteste.txt ou qualquer variação disso protegendo a palavra, tipo: rm '-meuteste.txt', vai obter apenas uma mensagem de erro informando que -meuteste.txt não é uma opção válida do comando digitado (no caso, rm).

Para evitar esse erro utilize dois hífens antes do nome da palavra.
Ficando, então: rm -- -meuteste.txt

Eu nem faço idéia de quantos lugares possuem essa informação, mas quando eu precisei dela (5 minutos antes de começar a escrever esse post) eu encontrei a dica nessa página (no final dela).

Sunday, May 27, 2007

Aterramento

O Aterramento constitui um ponto de tensão referencial constante e nula no seu sistema elétrico. Isso, em palavras bem simples, representa uma forma do seu "sistema" saber se a fase(s) e/ou o retorno estão fornecendo o valor correto.

Para simplificar a explicação, considere um no-break e uma rede elétrica de 127 V. Duas informações são importantes aqui. A primeira é que a diferença de tensão entre a fase e o retorno é de 127 V, a segunda é que a fase seja o mais próximo de 127 V e o retorno seja o mais próximo de 0 V possível quando comparado com o "terra".

Vamos supor que um rede tenha fase de 137 V e um retorno de 10 V quando comparado com um terra. A diferença de tensão entre a fase e o retorno é 127 V, e isso é ótimo, mas isso não significa que essa rede elétrica seja apropriada. Na verdade, o 137 V representa um risco para os equipamento elétricos sensíveis. Obviamente, não se observa as três diferenças simultaneamente, basta verificar que a diferença de tensão entre a fase e o retorno seja de 127 V e que a diferença de tensão entre o retorno e o terra seja inferior a 3 V (A tolerância de 3 V é o máximo recomendado).

Se você usa um no-break e usa um terra eficiente, então no exemplo acima o no-break entra em ação no lugar da rede elétrica (ou pelo menos deveria, tem muito produto ruim pelo mercado).

Agora, se você usa um no-break e não usa um terra, então, para ele no-break, não existe forma dele saber se o sistema estaria ou não funcionando corretamente. Se o seu no-break é um caro no-break verdadeiro, então ele recebe o impacto de todo o problema nele e emite sempre de sua(s) bateria(s) uma saída de tensão adequada. A maioria dos no-breaks disponíveis não funcionam assim, eles só vão entrar em ação quando for detectado algum tipo de problema (tipo a diferença de tensão entre a fase e o retorno for maior ou menor que os 127 V mais ou menos a tolerância que o equipamento permite).

Uma outra informação importante é o que é exatamente um aterramento. Por mais simples que pareça, ele é um fio ligado a uma barra metálica (exemplo: uma barra de cobre) enterrada na terra. Essa barra metálica possuí especificações e critérios para ser escolhida adequadamente, a barra de cobre é usual, mas sua espessura é determinada pela qualidade da terra (do chão) e pela quantidade de uso estimado pelos sistemas pendurados. Essa barra metálica possuí um funcionamento similar a um ânodo de célula eletrolítica, o que na parte mais importante da história significa que ela desaparece com o tempo.

Construindo um terra efetivo
  • Se você não tem um terra e mora em uma casa, faça um buraco na parece, passe um fio de 4 mm por ele e conecte, com solda, a uma barra de cobre de 10 mm de espessura e 2 metros de comprimento para assegurar uma tomada com um terra hiperdimensionado. Para uma casa inteira eu recomendo contatar uma empresa especializada.
  • Para um prédio, infelizmente, a empresa especializada é realmente a única opção de construir um terra efetivo. Qualquer outra medida pode parecer eficiente, mas pode se tornar uma senhora dor de cabeça no futuro.
  • Para ambos os casos, podemos ignorar um terra e comprar um módulo de isolamento. O que esse módulo faz é simular um terra efetivo sem qualquer tipo de obra na casa ou no prédio. Ele se parece com um estabilizador, mas o estabilizador ou o próprio no-break, devem ser ligados nele. O problema é que os módulos disponíveis ainda têm pouca potência, fazendo-se necessário ter mais de um para manter um monitor e um computador de (pen)última geração.
O que você NÂO deve fazer ?
  • Se você tem um terra, não deve ignorar que deve trocar a tal barra metálica do aterramento periodicamente. De 6 em 6 meses seria uma boa escolha. Se não for possível, pelo menos de ano em ano. Não pense que o terra de hoje estará funcionando daqui a 3 anos sem manutenção apropriada, porque não estará.
  • Existe uma ordem na tomada se o terra estiver conectado para conectar a fase e o retorno. Ignorar essa ordem da tomada (ou seja, ter uma "tomada invertida") pode trazer sérios problemas para todo o circuito do terra. Veja a ordem correta na figura, a imagem representa a tomada na parede (fêmea), cuidado com o efeito espelho no plug (macho) para não trocar a ordem. Dica, o plug costuma ter escrito nele a informação de quem é o terra, fase e neutro (retorno).

  • Você não deve ligar o terra no retorno. O motivo explicado pela internet é de possíveis problemas com relação a inversão do retorno com a fase na caixa de energia. De fato isso seria um problema grave, mas também seria um problema (em menor escala) se alguém fizesse isso com o terra ativado criando uma tomada invertida. Para mim o motivo mais lógico para você não fazer isso, é que não serve para nada, não existe qualquer benefício, já que o sistema (o no-break, por exemplo) continuaria se limitando a fazer a verificação de diferença de tensão entre a fase e o retorno (que também seria o terra). Além de não trazer vantagens, trás o risco de alguém que não devia fazer a besteira de inverter a conexão ligando o terra na fase.
  • Você não deve ligar o fio terra ao vergalhão da pilastra do seu apartamento. Lembra que lá em cima eu disse que a tal barra metálica desaparece com o tempo ? Leu depois que eu disse que é preciso trocar a tal barra metálica periodicamente ? Então, por favor, reflita sobre isso: Como vai fazer para trocar a barra metálica da pilastra do seu apartamento ? Eu não sou engenheiro civil, mas eu posso apostar que a pilastra "serve" para alguma coisa, conseqüentemente, o vergalhão idem. Não me parece razoável usar esse vergalhão como ânodo de um sistema. Aliás, imagina se a moda pega e todo mundo no prédio resolve fazer a mesma coisa. Em "pouquíssimo" tempo não teria vergalhão algum no prédio.
  • Não deve usar a tubulação esgoto/água de chumbo/metálica para ser o condutor do terra. Pelo amor de Deus, eu preciso explicar isso ? Acreditem, tem gente que faz isso. De qualquer forma, só para não dizerem que eu não expliquei direito, lá vai: você vai fazer um belo buraco no tubo de água/esgoto. Se isso não é o bastante para considerar isso uma idéia estúpida, lembre-se dos possíveis choques ao se abrir a torneira, enfim: NÃO faça isso.
O que acontece se eu não tiver um terra ?

Primeiro quero deixar bem claro que um terra pode ser considerado indispensável por 10 entre 10 especialistas no assunto e que eu, mesmo não sendo um especialista, também recomendo ter um terra, portanto vou mencionar abaixo quais seriam as possíveis conseqüências de não ter um terra, isso não significa que eu recomende não ter um terra.

Bom, vamos dizer o seguinte, você tem algum problema hoje ? Seu computador possuí milhares de defeitos inexplicáveis ? Você já perdeu "muitos" HDs, placas de vídeo, memória, até CPU ou placa mãe, sem que isso seja realmente uma coisa muito óbvia ? Não ? Então sua rede de eletricidade é boa. Certamente não é perfeita e um terra eficiente seria muito bom, mas a ausência não é o fim do mundo.

Talvez você leve alguns choques quando toca na carcaça do computador, talvez isso faça seu monitor tremer de vez em quando (quando alguém liga o chuveiro elétrico e isso não acontece com os LCDs). Mas nada que realmente justifique uma preocupação extra.

Acontece que o terra só será usado quando a diferença de tensão entre o retorno e o terra forma maior que um determinado valor, vamos dizer, 5 V. Oras, se na sua casa/apartamento o seu retorno de energia for sempre menor do que esse valor (sob um hipotético e inexistente terra), então ter ou não o terra não seria problema.
Você dificilmente perderia seu computador por causa de um pico de luz, se tiver um no-break ou um estabilizador de verdade (que são raros e até mais caros que os no-breaks mais simples), mesmo não aterrado, porque o retorno na sua rede elétrica é limpo, mesmo não sendo 100 %.

Agora, se o seu computador passa mais tempo com o técnico do que com você e ninguém sabe te explicar porque você tem tanto azar de ter receber sempre as peças mais problemáticas mesmo quando escolhendo as peças de boa qualidade, então pense com carinho na possibilidade de ter um problema na rede elétrica. E lembre-se que mesmo que a diferença de tensão entre a fase e o retorno seja apropriada não significa que tenha uma rede elétrica de qualidade. Vale apena pensar em investir em um teste adequado na rede elétrica construindo um aterramento ou comprando um módulo de isolamento.

Lembrando também que a distribuidora de energia possuí um sistema de aterramento que deve ser eficiente o suficiente para manter o retorno limpo, sendo assim, eventuais danos materiais provocados pelo simples uso da rede elétrica são de responsabilidade da distribuidora.

Claro que isso não resolve o problema dos eventuais dados perdidos, então, backup, backup e backup. E o mais importante, não deixe o backup conectado 24 horas na mesma energia desprotegida que o seu computador, ele corre o risco de queimar junto com o original.

E o resto da casa ?

Toda casa precisa de um terra, mas a verdade é que apenas equipamentos eletrônicos são realmente sensíveis a esse tipo de problema. Para a maioria dos outros equipamentos, tipo: geladeira, ferro elétrico, máquina de lavar, etc. o terra serve de proteção para o usuário (E, claro, isso também é importante!). Evita que você leve choque ao tocar na parte metálica da geladeira ou na parte metálica da máquina de lavar ou ao tomar banho ... Bem, pensando nisso (e em outras coisas) é que a maior parte dos produtores desses equipamento deixaram de usar tanto metal e passaram a usar plástico. Não chega a ser um problema muito grande que sua geladeira não tenha um terra conectado.

Lembrem-se, por fim, que ter um aterramento adequado é importante para a segurança pessoal e para a segurança dos equipamentos, mas é melhor não ter um aterramento, do que ter um terra que não funciona.

Saturday, May 26, 2007

Notas em CFD, um novo blog

É com um imenso prazer que eu anuncio um novo blog. Atualmente o blog conta com dois autores, Luiz Fernando e eu.

O Blog se chama Notas em CFD (CFD, Computational Fluid Dynamics, Fluidodinâmica Computacional).

Mas apesar das diferenças de público alvo entre este novo blog e esse meu velho blog, eu convido todo mundo a ler o post inaugural escrito pelo Luiz . Esse é verdadeiro conto da vida real, não importa qual seja sua área de atuação ... além disso, é um belo texto.

Monday, May 21, 2007

Escrevendo review patrocinado ...

Ok ! Não resisti e resolvi escrever sobre o BrPoint. No dia, suponho eu, 16 de Maio (o suponho é porque eu não achei a data no post da promoção e estou assumindo a data do primeiro comentário ... ) o BrPoint, ou melhor, o Bruno, iniciou uma das mais ousadas campanhas de divulgação que eu já vi para um blog.

O BrPoint é um blog para blogueiros, e portanto, ao ser mencionado por diversos blogs elevasse ainda mais no conceito geral do Google ( Será ? Será que Google não penalizaria um post patrocinado ? Talvez sim, mas em português e sem dinheiro envolvido ... o "robot" não vai ser tão inteligente ... ) e porque não dizer, da galera ... ou não percebeu que as regras foram feitas para causar esse efeito (quem pode ou não pode participar e até o estímulo em receber esse ou aquele prêmio foi uma idéia brilhante).

Mas voltando ao ousado, se por acaso o blog fosse ruim, isso seria uma péssima propaganda. Já imaginou uma centena de links dizendo algo ruim ? O ousado foi acreditar no próprio trabalho, e não é pra menos.

O BrPoint é um dos 7 blogs que eu leio diariamente, ou melhor, a cada publicação. E isso não é pouca coisa. Eu tenho mais de 500 feeds no meu agregador, dos quais, mais ou menos 300 são blogs (nacionais e internacionais). É também um dos poucos blogs que eu paro para comentar. Eu só fiz isso em 11 blogs até hoje. Apenas 5 tiveram mais do que um comentário como o BrPoint. O Blog é bom e ponto.

Mas nem tudo são flores. Eu vi a transição do BrPoint de amador para profissional quando eu nem mesmo sabia que isso estava acontecendo, ou melhor, nem sabia que existia blogueiro profissional (para ser bem sincero, eu nem sabia que quem escrevia blogs era chamado "blogueiro").

Com a profissionalização existiu uma necessidade visível de preencher conteúdo. Eu sou da filosofia de que se não tem nada de bom para escrever, não escreva. Mas para quem vive disso é algo muito complicado porque não escrever significa perder dinheiro com a diminuição das visitas para comentar. De qualquer forma, os deslizes de são pequenos (se fossem muitos ou graves eu não leria o blog todo dia, né ?), afinal, a especialidade (eu posso dizer isso ?) do blog é justamente ajudar/orientar (opinião minha !!!) novos blogueiros. E a crise de abstinência é algo que simplesmente acontece. A despeito da forma elegante que ele revolve a maioria desses casos, existem (definidos pelo próprio Bruno) os posts que não deveriam ter sido escritos.

O verdadeiro ponto negativo é a propaganda, ou melhor, o excesso dela. Concordo com o Sérgio quando ele menciona os excessos na propaganda. Sinceramente, não gosto de receber a foto do Bruno todo dia no meu agregador, pega até mal... preferiria receber propagandas pequenas e em modo texto. Bom, já que eu certamente não poderia escolher não receber propagandas ... desculpe-me Bruno, eu sei que você precisa pagar as contas, mas ninguém gosta de propaganda, consumimos as propagandas por ver em excesso, engano ou até, em um mero acaso, achar algo interessante (comigo isso só aconteceu uma vez ... e eu uso a internet desde 1999. Sou azarado ?).

E por falar em precisar de pagar a conta ... Aqui perto de casa tem um restaurante que possuí uma ótima promoção. Com uma refeição você ganha grátis um pote de sal de frutas ... pois é, é assim que eu me sinto agora. Estou participando de uma promoção que tem como prêmio uma conta para pagar daqui a um ano ... Sinceramente, Bruno ... tá certo que você pode ter ganho 100 domínios de algum patrocinador, ou talvez esteja simplesmente pensando nos lucros filosóficos dessa divulgação ... não sei ... o que eu sei é que existe muita coisa legal que pode ser comprada com 30 reais ... muita coisa mesmo. Talvez esse não seja o seu objetivo.

Mas pensa bem. Se eu não tenho domínio próprio por não poder pagar, então como eu vou fazer ano que vêm ? A realidade é outra. O domínio é até barato perto de todos os outros custos (o da internet, por exemplo). Se nem todos os blogs estão com domínio próprio, é porque ou falta interesse ou falta conhecimento para registrar um domínio ou ambos.

Então eu diria que ser bem interessante ler um post desenvolvendo esses dois pontos pelas mãos de alguém que realmente entende do assunto. Motivação para gastar 30 reais todo ano com o registro e como fazer para configurar os host gratuito, ou o blogspot ou etc ...

Ganhe um domínio grátis.
Basta participar da promoção que está sendo realizada pelo BrPoint.

Friday, May 11, 2007

Beryl: É "bonitinho", e daí ?

Eu fico realmente impressionado com a qualidade dos gráficos que as novas placas de imagem conseguem produzir. Mais impressionado ainda ao ver que esse tipo de recurso deixou de ser privilégio dos jogos em 3D.

A algum tempo (logo depois do lançamento do Ubuntu 7.04) eu instalei Beryl no meu computador. Da instalação a configuração tudo correu tão bem quanto possível. Está certo que eu senti falta de algumas explicações quanto as configurações, mas nada que o Google não resolvesse. E também não há o que reclamar quanto a isso.

Veja a imagem abaixo.

Havia momentos (que meu chefe não leia isso !!!) em que eu simplesmente ficava parado observando o monitor, outros em que eu ficava fascinado com os efeitos especiais múltiplos, quase infinitos, que estão disponíveis. Mas houve um momento que eu me lembrei de perguntar: o que eu ganhei além do visual ?

Gostei muito do cubo. Não há dúvidas de que o visual melhorou muito em relação ao mesmo desktop sem o beryl. Ganhei um recurso muito interessante para localizar as janelas, usando tab. Mas fora isso, o Beryl é apenas maquiagem.

Eu ganhei estética, e isso não é discutível. Também ganhei alguns problemas de softwares que se recusaram a funcionar da mesma forma e/ou o tempo todo com o Beryl. Do mais eu só perdi. Perdi desempenho (não muito, mas perdi), perdi tempo admirando a tela e perdi mais tempo ainda lendo informações na web, procurando significado para cada opção de configuração.

Não vou comentar quanto ao desempenho, pois com minha GeForce FX 5200 eu não fiquei nem um pouco impressionado quando o lbreakout 2 travou ao utilizar um pouco mais de recursos de vídeo, o que diga o supertux. E esses dois jogos não são jogos 3D, só possuem bons gráficos (só para constar, o drive proprietário está instalado, operando e o vídeo não trava quando o Beryl está desativado).

Também não tenho dúvidas de que essa febre de desktops tridimensionais veio para ficar, da mesma forma que não tenho dúvidas de que se eu tivesse um placa um pouco melhor eu estaria usando os recursos estéticos que realmente embelezam de forma fantástica o desktop.

O ocasião, por mais tola que pareça, leva a uma reflexão: Para que serve um computador ?

Do meu modo de ver, o computador é uma ferramenta para trabalho ou entretenimento, na maior parte dos casos, ambos. Ele precisa ser ágil e estável e deve ser atraente e simples o suficiente para permitir executar essas duas classes de funções da forma mais simples e fácil possível.

O embelezamento do desktop atinge justamente o ponto onde ele deve ser atraente e simples o suficiente para permitir executar as duas classes de funções que um computador possuí. Não a dúvidas de que o beryl contribui muito para o ser atraente. E o quanto a ser simples, isso é hábito, e o uso gera o hábito e, portanto, não há o "porque" ou o "como" dizer que o Beryl não é simples o suficiente.

Infelizmente, no atual estágio do desenvolvimento, ainda não podemos confiar no Beryl da mesma forma que confiamos no Gnome ou no KDE. Ele ainda não atingiu esse nível de estabilidade. Nada crítico para usuários de desktop, mas importantes para produtivas estações de trabalho. Posso estar exagerando, mas ele me pareceu um pouco instável ao ser usado em conjunto com softwares que usem boa quantidade de recursos de vídeo. Todas as referências que encontrei sobre esse problema são muito antigas e referem-se a versões antigas do Beryl, mas parece que esse ponto tem sido alvo de constante desenvolvimento. É aguardar.

Outro ponto da história está a eterna guerra dos sistemas operacionais. Para o Linux o Beryl é uma aliado sem igual.

Muita gente que nunca viu o GNU/Linux resolve experimentá-lo porque nunca viu nada igual ao que o Beryl pode proporcionar (e pela qualidade dos efeitos do concorrente, não vai ver por muito tempo ...) e nesse ponto de catequização o Beryl tem sido um aliado sem igual.

Espero que em pouco tempo esse software esteja suficientemente estável para uso contínuo e sem travamentos ao usar recursos 3D em conjunto com outros softwares.