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Sunday, December 12, 2010

Páginas estáticas

Esse blog finalmente ganhou páginas estáticas.
Com isso, algumas informações que estavam na barra lateral perderam destaque e foram deslocadas para um página estática dentre as criadas.

Os links para essas páginas estão na parte superior do blog, pouco abaixo do nome do blog. Contudo, se precisar dessas referências para achá-las, me diga, por que eu terei de dar mais destaque a essa barra.

Tuesday, November 23, 2010

Descompactando arquivos no terminal do GNU/Linux

Não sei que foi a primeira pessoa a escrever a função extract transcrita abaixo do Wiki do Arch Linux (no momento, no final da página), mas que na verdade eu recebi de um amigo que a usa o tempo todo.
extract () {
   if [ -f $1 ] ; then
       case $1 in
           *.tar.bz2)   tar xvjf $1    ;;
           *.tar.gz)    tar xvzf $1    ;;
           *.bz2)       bunzip2 $1     ;;
           *.rar)       rar x $1       ;;
           *.gz)        gunzip $1      ;;
           *.tar)       tar xvf $1     ;;
           *.tbz2)      tar xvjf $1    ;;
           *.tgz)       tar xvzf $1    ;;
           *.zip)       unzip $1       ;;
           *.Z)         uncompress $1  ;;
           *.7z)        7z x $1        ;;
           *)           echo "don't know how to extract '$1'..." ;;
       esac
   else
       echo "'$1' is not a valid file!"
   fi
 }

A verdade é que achei essa função um pouco inconveniente. O arquivo não pode ter espaço no nome, trata apenas um arquivo por cada chamada de função e a estrutura não identifica o arquivo caso ele tenha nome com letras maiúsculas (tipo, arquivo *.ZIP).

Assim, fiz algumas modificações e esta está abaixo:
extract() { 
         for i in "$@";  do 
           if [ -f "$i" ]; then
          case "$i" in
              *.[tT][aA][rR].[bB][zZ]|*.[tT][bB][zZ])   tar xjvf "$i" ;; 
              *.[tT][aA][rR].[bB][zZ]2|*.[tT][bB][zZ]2) tar xjvf "$i" ;; 
              *.[tT][aA][rR].[gG][zZ]|*.[tT][gG][zZ])   tar xzvf "$i" ;;
              *.[gG][tT][gG][zZ])                       tar xzvf "$i" ;;
              *.[bB][zZ]2)                              bunzip2 "$i" ;;
              *.[rR][aA][rR])                           rar x -o+ "$i" ;;
              *.[gG][zZ])                               gunzip "$i" ;;
              *.[tT][aA][rR])                           tar xvf "$i" ;;
              *.[zZ][iI][pP])                           unzip -o "$i" ;;
              *.Z)                                      uncompress "$i" ;;
              *.7[zZ])                                  7z x "$i" ;;
              *)    echo "don't know how to extract '$i' ..." ;;
          esac
           else 
             echo "$i is not a valid file"
           fi
         done 
   }

Essa função aceita tantos argumentos quando o bash suporte e identifica a maioria dos problemas de maiúsculas e minúsculas. Além de não apresentar problemas ao manipular arquivos com espaços no nome.

Para usá-la, basta adicionar a mesma no arquivo ~/.bashrc...

Quem tiver sugestões para aprimorar essa função, pode deixar um "oi" pelo comentários...

Monday, November 01, 2010

Vêm aí mais um final de ano de compras pela internet: Prepare-se !

O título é absurdo ? Absurdo é esse título não ser absurdo ! O que você espera de suas compras pela internet ? Segurança, conforto e qualidade ? Tenho certeza que sim, mas tudo que você espera da compra pela internet pode ser resumido pela palavra profissionalismo.

Bom, não preciso citar nomes para me fazer entender. O fato é que profissionalismo tem diversas características e para o comércio eletrônico eu destaco:
  1. O produto deve ser entregue com perfeita integridade.
    As leis asseguram a você o direito de devolver o produto em caso contrário, mas se fosse para devolver você nem compraria, não é mesmo ? Sabe aquele livro que veio com a borda ligeiramente amassada ? Ou aquela luva de DVD que dobrada nos cantos ? Eu não reclamo por qualquer coisa, mas há produtos que são para colecionadores ... não há sentido em vender o produto com uma embalagem contendo algum defeito. Até entendo que certos produtos estejam com um pequeno detalhe não agradável, mas deve haver bom senso e entendimento que ver um canto amassado de uma caixa de um eletrodoméstico é diferente de uma caixa/box de uma coleção de DVD estar amassado. O fato é que nem sempre quem vai selecionar o produto para armazenar entende o produto que tem nas mãos e lida com ele de forma inadequada, ou seja, o treinamento e controle de qualidade das lojas não é suficiente. E aí tem um ponto interessante. "Bom" é diferente de suficiente. Suficiente é o que tem que ser, "bom" é o que eles pensam que são. Mas o foco é diferente. O serviço pode ser bom por ter erros estatisticamente aceitáveis, mas isso é suficiente ?
  2. O produto deve ser entregue dentro do prazo.
    Alguém está me ouvindo pedir para entregar dentro de 2 horas ? Não. Entregar rápido é uma coisa boa, mas mais importante do que entregar rápido é entregar dentro do prazo. Se não é possível entregar rápido, e no final de ano sempre há problemas, o profissionalismo diz que a empresa não deve prometer entregar rápido se ela não pode fazer isso. Me faz lembrar uma vez que eu fiz uma compra online em uma loja pequena do Rio. Ela prometeu entregar o produto em um mês. Não era nada fantástico, era um livro que eu poderia achar em qualquer outra loja, mas eles prometeram um mês. Achei desagradável, mas como era barato, tentei assim mesmo. Me entregaram no dia seguinte. Eu liguei para lá para entender (e elogiar, porque não ?) o caso e eles disseram que o prazo máximo de entrega era um mês. Pessoal esperto ? Eu acho, mas a loja foi a falência ! Acho que sinceridade nem sempre funciona com uma boa propaganda como nos filmes ...
  3. Atendimento/Suporte adequado
    Quase 1 ano depois eu "ainda estou" esperando a resposta de uma reclamação em uma certa empresa. O fato é que a mercadoria chegou, mas não tive resposta da reclamação até hoje...
Será que é pedir muito ? Definitivamente não. Mas vivemos um mercado formado por empresas que não entendem bem a internet, embora diga o contrário nas reportagens e pode anotar aí: vai ter uma reportagem mostrando como são embalados e entregues os produtos pela internet pela quarta vez.

Note que mesmo com tudo isso as compras pela internet apenas aumenta, o que mostra que o consumidor aceita seus problemas (ou melhor, "atura" seus problemas).

Bom, a menos que faça-se um boicote a "promoções imperdíveis" ou que exista uma concorrência mais esperta para deixar os demais espertos, as coisas não vão ser nada diferentes esse ano. Então, considere as dicas para diminuir o estresse:
  1. Sabia que haverá problemas e talvez possa ser contigo.
  2. Sabia como lutar pelos seus direitos e esteja disposto a isso ou não compre pela internet.
  3. Quanto mais perto do Natal, mas problemático será o prazo de entrega e mais barato será a compra. Encontre o meio termo e terá sorte, erre e terá problemas.
  4. Quanto mais perto do Natal, mas cansados estarão os funcionários, mas erros ele tendem a cometer. Isso é humano e não tem nada de errado com isso. Errado é empresa não pensar nisso antes e/ou quando pensar não treinar o pessoal por tempo suficiente porque, afinal eles são temporários e prazo de contratação de temporários é limitado.. Por erros, entende-se:
    • produtos trocados,
    • produto faltando,
    • embalagens com problemas (tanto no armazenamento, quanto no transporte),
    • produto danificado (muitas vezes pelo fato de estar lá a muito tempo e somente agora desencalharem aquela coleção que custava uma fortuna.),
    • sua nota fiscal ir parar na compra de outros (eu já recebi nota fiscal de terceiros, rasguei, claro, mas fiquei muito assustado com isso pois tinha os dados - CPF, inclusive - de uma cliente...),
Erros acontecem e quando o profissionalismo é mais propaganda do que ação, erros acontecem mais do que devia.

Se você fica estressado, com raiva, triste, tenso, etc, quando as coisas dão errado, porque comprar pela internet ? Existem problemas e isso não é novidade e não vai mudar de uma hora para outra. As empresas não se importam como devia com os produtos e o consumidor e isso também não é novidade. O sistema de atendimento possui problemas e isso não é novidade também. Logo, ficar estressado com algo que você sabia que poderia lhe dar stress não é aceitável.

Esteja pronto para os problemas ou não compre pela internet.

E que fique claro que esse texto não é um texto de comodismo e conformismo. É um texto de realismo. Vai ficar reclamando do que  Não compre... ou se comprar, que seja para aproveitar promoções que não existem em lojas físicas, mas sempre pronto para esperar para ter o produto, do contrário, compre em uma loja física e mais cara.

E para dizer a verdade, comprar em uma loja física não garante coisa alguma se não puder sair com o produto da loja na hora da compra.

Por exemplo, se eu vou comprar um DVD que está com o mesmo preço nas duas frentes de negócios, eu vou a loja física e escolho todos um a um, observo até aquele que tem menos marca de dedo dos outros ... entende ? Eu estou escolhendo. Cuido ao máximo de todos os detalhes.

Você pode argumentar que isso vai sair mais caro se pensar no transporte, até certo ponto é verdade (afinal, você "sempre" passa em frente a uma loja), mas também é verdade que dependendo do que você for comprar, vai ser melhor pagar mais caro no transporte ou no produto do que receber o produto com embalagem danificada ou não receber até que toda negociação com a empresa esteja concluída. Para dizer a verdade, já aconteceu comigo de eu receber o dinheiro de volta porque o produto que eu comprei, que estava disponível no momento da compra, não existia em estoque e estava fora de linha !!! Então ... você pode nem receber o produto !

Sunday, October 31, 2010

Interpretação estatística de resultados

Há poucas coisas tão importantes na ciência quanto a arte de interpretar resultados. Tomemos, por exemplo, as eleições de segundo turno para presidente realizada no dia 31 de outubro de 2010.

Um mapa comum apresentado por várias fontes, como na cobertura do G1, é apresentado abaixo.
Se ainda não percebeu, esse gráfico possui uma péssima representação visual. Ele fornece um panorama de vitória pelo estado e utiliza uma escala de cores inadequada para os valores apresentados.

Resumindo, olhando para esse gráfico, é possível cometer o erro de pensar que o país é dividido entre norte/nordeste e sul/centro-oeste, com raras exceções. 

Agora, vejamos a análise de resultados apresentada pelo Estadão (todas as figuras abaixo foram retiradas de lá). Você pode até dizer que é um jornal pró-direita ou pró-esquerda, francamente, isso não importa aqui.

O mesmo gráfico, mas discretizado por municípios. Essa escalara de duas cores por candidato, diz o seguinte: a cor mais clara é para quem tem menos de 65 % dos votos, a cor mais escura é para quem tem mais de 65 % dos votos. A região em vermelho teve vitória da Dilma, e a região em Azul teve vitória do Serra. 

Bem, a natureza do gráfico permite dizer que as regiões onde a Dilma ganhou com mais de 65 % dos votos é maior (em área) que a região onde o Serra ganhou com mais de 65 % dos votos. Também é possível perceber que a região onde a cor mais clara prevalece é maior que a região onde a cor mais escura prevalece, seja cor azul ou vermelho. A região mais clara das duas cores representa vitórias com menos de 65 % dos votos válidos, ou seja, o candidato vitorioso teve de 50 a 65 % dos votos naquela região, de onde deduz-se que o outro candidato teve de 35 a 50 % do votos válidos (no dois caso, temos um intervalo aberto, do contrário, não tem sentido o que eu escrevi envolvendo o 50 %).


Olhando com mais detalhes, no mesmo local que retirei a figura anterior, observa-se outro tipo de gráfico, apresentando apenas os resultados de um ou outro candidato. 

Nesse esquema, percebe-se aquilo que foi visto no gráfico anterior, mas também percebe-se que na maior parte do país, o candidato vitorioso na região teve entre 25 % e 65 %. Isso permite observar que a força do Serra nas regiões Sul/Centro-Oeste. A análise microscópica dessas regiões revela certo equilíbrio entre as duas forças, portanto, a suposta divisão do primeiro gráfico apresentado não é verdadeira. Também permite observar que em muitos lugares onde a Dilma ganhou com mais de 65 % dos votos, o Serra não teve nem mesmo 25 % dos votos. E dos lugares onde o Serra ganhou com mais 65 % dos votos, na maioria dos casos, a Dilma teve entre 25 e 35 % dos votos. Apenas três pontos isolados do país produziram menos de 25 % dos votos para a Dilma.


 Por fim, não devemos esquecer de olhar a abstenção. Isso é importante porque pode justificar ou não a derrota e vitória de um certo candidato em uma certa região. Como o gráfico baixo não possui um perfil similar a nenhum dos dois gráficos acima, permite-se concluir superficialmente que a taxa de abstenção não prejudicou a representatividade do país.  


Dito isso, concluí-se de forma simples, que não devemos realizar observações locais a partir de dados globais e que não se deve deixar de ler o que cada coisa que está no gráfico representa. Também espero ter demonstrado como a estatística é uma arma, porque mesmo aquilo que escrevi aqui é passível de novas interpretações utilizando dados mais detalhados para construir novos tipos de gráficos.

Para que ninguém diga que eu cometi injustiças, nos dois casos referenciados é possível acessar claramente e facilmente o valor numérico dos dados. De forma que aqui julgo apenas a forma visual do gráfico que pode produzir análises tendenciosas para quem não olhar os números, nada mais, nada menos.

Acrescento também que o G1  fornece o gráfico em barras que apresenta o resultado de forma muito mais clara que o gráfico utilizando o país, como pode ser visto abaixo. É também fato que esse tipo de gráfico é preferível do que qualquer outro apresentado acima. Pois não permite dúvidas. Seu único "problema" é não ter impacto visual.

[update 01/11/2010]
E para concluir o assunto, o G1 disponibilizou uma análise fria dos dados por região, apontando que a Dilma teria ganho a eleição, mesmo desconsiderando os dados das regiões norte e nordeste. Seria uma vitória por apenas 257 mil votos, pouco mais de 0,38 % dos votos válidos da região. Isso mostra como o primeiro gráfico ilude. A vitória de Serra nas regiões centro-oeste e sul foi apertada e no sudeste ele perdeu (apesar de ter ganho em São Paulo).

[/update 01/11/2010]

Monday, October 25, 2010

Extensões para Firefox ou Chromium: versão definitiva

Existe uma primeira, segunda e terceira versão da minha lista de extensões para o Firefox. Agora eu não uso mais o Firefox e me cansei de gerar essas listas para o blog.

Assim, divulgo a minha lista de extensões para o Chromium/Google Chrome e a última lista de extensões para o Firefox. Tenho usado o Chromium  para tarefas do dia-a-dia reservando o Firefox para tarefas críticas, como acessar bancos, comprar pela internet, etc.

Acesse a última versão da lista de extensões para o Firefox.
Acesse a versão definitiva da lista de extensões para o Chomium/Google Chrome.

A versão definitiva é assim chamada porque na tag em questão você encontra apenas as extensões que eu estou utilizando atualmente no meu Chromium. Esse conteúdo será alterado conforme eu adicione ou remova extensões. Algo bem simples. A última versão da lista de extensões para o Firefox é a "última" porque passei a utilizar o Chromium (trivial, não ?).

Um link para a lista de extensões do Chromium será colocado na barra lateral desse blog para facilitar o acesso. Para os leitores, que como eu, utilizam alguma técnica para controlar a freqüência que devem ser lembrados de visitar uma certa página e tenha interesse de monitorar esse link, eu recomendaria visitas anuais. Embora a lista possa ser alterada semanalmente, dependendo do meu humor, a visita anual impede o stress desnecessário com esse assunto.

Esse tópico não irá impedir que eu comente sobre extensões do Firefox ou do Chromium se considerar que isso seja interessante.

Friday, October 08, 2010

5 anos

Cinco anos se passaram desde que publiquei a primeira mensagem nesse blog. Eu somente realizei quanto o blog cresceu desde essa mensagem quando escrevi sobre o aniversário de 3 anos.

Só posso dizer: Obrigado a todos.

Sunday, September 12, 2010

Minha organização das redes sociais

Vejamos, quem sabe o que os Blogs, o Google Reader, o Google Buzz, o Twitter, o Facebook, o Orkut, o identi.ca, etc, etc, etc, possuem em comum ?

Eu respondo: o mesmo conteúdo.
E quando eu digo o mesmo conteúdo, eu quero dizer que eu faço o conteúdo em um único lugar e envio a todos os lugares. Quem acompanha (por qualquer motivo que seja)  mais de um lugar acaba tendo um pequeno problema de ter que ler ou ignorar a mesma mensagem os 3 a 4 vezes.
Eu acho isso muito chato, mas é uma conseqüência.

Esse tópico não é para dizer o que tenho que dizer sobre redes sociais e microblogs, mas para esclarecer um fato. Um fato ilustrado na figura abaixo


Parece-me necessário explicar algumas coisas, todo tópico publicado em qualquer um dos meus blogs (sim, são dois, um pessoal e outro profissional e colaborativo) será automaticamente publicado no Facebook e no Twitter (sem intervenção manual). O Facebook recebe a informação do blog via aplicativo NetworkedBlogs e Twitter via Twitterfeed.com.

Tudo que chega no Twitter terá dois destinos: o delicious e o identi.ca
Existe uma label específica para receber o conteúdo no delicious. Esse conteúdo está sendo enviado via Packrati.us. Aprendi isso com esse camarada, mas não me pergunte onde ele escreveu sobre, eu me lembro apenas dele ter elogiado o Twitter pela primeira vez, tentei achar o texto, mas não consegui ! Acredito que não pensei ter achado uma boa idéia antes (não gosto muito de sistemas automáticos de arquivamento de links), acabo que passei a concordar recentemente em virtude daquilo que ainda tenho que escrever e percebendo que não iria destruir minha organização devido a possibilidade de colocar em uma única tag. Além disso, eu não retenho a informação comigo por mais tempo do que eu sou capaz de processar.
O identi.ca recebe o conteúdo via Twitterfeed.com. Bom, pelo menos deveria, caso o feed rss do Twitter funcione.

Tudo que chega no Google Buzz também é encaminhado para o o Twitter pelo Twitterfeed.com e para o Facebook pelo RSS Graffiti. Seja a produção manual, seja itens compartilhados pelo Google Reader. O diferencial agora é que aquilo que é produzido nos blogs não vão ser diretamente encaminhados para o Google Buzz/Google Reader. Dos que eu produzir nos blogs, apenas aquilo que eu desejar muito (como esse tópico, que serve de alerta para a mudança) vai parar no Google Buzz. Acredito que esteja claro o motivo. Fazer isso significa publicar duas vezes o mesmo conteúdo no Facebook e no Twitter. Eu poderia contornar isso facilmente, mas, que fique claro, eu não quero. Eu quero utilizar o NetworkedBlogs para divulgar o blog no Facebook, então, não posso usar duas fontes...

Porque eu acho tudo isso razoável: simples, perfil de usuário.
A quantidade de informação fornecida em cada serviço aumenta da parte de cima da figura para baixo.
Cada usuário tem o seu perfil e pode escolher.
Porque eu NÃO devo ser o responsável por escolher como e o que cada um deve ver.
Eu apenas compartilho o conteúdo. São o que desejam receber esse conteúdo que devem refletir sobre a forma que querem recebê-lo e o que querem receber. Se o camarada gosta de Twitter eu vou brigar com ele por causa disso ? Claro que não. E quem acompanhar o Twitter deve receber mais informações do que nas outras mídias, é natural.
É claro (e se não for, que fique agora) que a qualidade da informação diminui com a quantidade, até porque, se eu não divulguei por outras mídias é porque pode ser algo muito específico ou muito comum de ler por aí (mas que não foi divulgado por mim ainda naquela fonte ! Que fique claro).

Dessa forma, o que é produzido no topo da cadeia, tem mais requinte, pesquisa, confirmação (por exemplo, eu sei que tudo que escrevi aqui funciona - quero dizer, mais ou menos porque ainda tenho um probleminha para resolver com o identi.ca, mas não acredito que vá ser problema - mas veja que eu sei disso).

O meu perfil pessoal, por exemplo, me permite receber um pouco de informação de microblogs, mas não tanto a ponto de suportar frases como: eu acabei de entrar no banheiro, etc e tal. Enfim, não sou leitor de microblogs que aceita tudo que é lá publicado, mas não preciso ser esse tipo de leitor para saber que o microblog existe e usar o que me agrada no dia-a-dia.

Enfim, bem diferente seria se, [receita para desastres] eu publicar o que está no Twitter no Google Buzz e Facebook. Pior, eu poderia publicar o conteúdo do identi.ca no Facebook também, sendo esse idêntico ao conteúdo do Twitter. Na verdade, eu poderia gerar um pânico simplesmente colocando a saída do identi.ca no Twitter e enviando ambos para o Google Buzz e pegando a saída de todos eles e colocando no Facebook.[/receita para desastres]

Nota-se nesse diagrama que eu coloquei uma reserva para conteúdo único no Facebook. Acredito que isso vai ser raro (2 %, mais ou menos), mas não quer dizer que não vá ter, então eu coloquei ali a notificação.

Bom, já nessa tarde o meu link para a conta do Twitter deve estar na barra lateral para os interessados. Estou pensando se coloco ou não a conta do identi.ca na barra lateral. Talvez eu esteja indo no sentido contrário do atual. Talvez eu devesse direcionar tudo para o identi.ca e depois enviar para o Twitter (esse envio, se habilitado - e faz parte natural do sistema - funciona e funciona muito bem !). Seja como for, o Twitter é que será a vitrine final, pelo menos enquanto ele existir !!!


Escrevi tudo isso utilizando o novo editor do Blogger, diferente e muito bom.

Friday, September 10, 2010

Modificação inicial na estrutura do blog

Resumindo, fiz uma limpeza na casa. Existe uma limpeza programada desde de dezembro do ano passado, mas essa limpeza atual não foi a limpeza que eu queria. Basicamente, resolvi fazer algo que já devia ter feito a muito mais de 1 ano, que era remover a estrutura do bloglines de dentro do meu blog e colocá-la como link complementar no blogroll (que no link direto, está bem menor) da barra lateral.

A inserção do bloglines no meu blog já estava esgotando minha paciência, sem contar alguns links errados, etc e tal. Meu desejo, é criar páginas estáticas para fazer o que esse blog não tem, mas devia ter: "página sobre", contato por formulário e páginas de links, tanto compartilhados quanto de blogroll, além de outras coisinhas.... Infelizmente, estou sem tempo para fazer tudo isso devido a proximidade da minha defesa de tese, mas tinha que remover o bloglines da estrutura de carregamento do blog.

Dessa forma, o blog está muito, mas muito, mas nem imagina quanto, mais rápido agora do que antes das modificações. Aproveitei que estava com as mãos sujas e modifiquei o número de tópicos que são exibidos na página inicial e adicionei barra de links de compartilhamento e de e-mail (coisa que, por sinal, está acessível a 1 único simples link e eu nem me dava ao trabalho de fazer). Outra modificação está na modificação da seção de contato da barra lateral do blog, incluindo além do e-mail, o perfil do Google, do Facebook e do LinkedIn. Ah! Eu tenho Orkut, mas é mais fácil você me achar em Tatooine do que no Orkut, se é que me entende !

Aliás, eu tenho muitas coisas a dizer (coisas legais e coisas não tão legais, experiência adotada de forma inusitada, mas isso tudo eu conto depois !) a respeito de redes sociais e microblogs, mas infelizmente a falta de tempo me fará deixar isso de lado temporariamente (imagino, até Janeiro/2011).

Tuesday, September 07, 2010

Monitorando a temperatura do HD

A temperatura máxima recomendada para o funcionamento do HD oscila na faixa de 55-60°C. Parece uma temperatura muito alta, certo ? Pois, sem ar condicionado, aqui no Rio eu somente consigo menos de 50°C no inverno. Tradicionalmente, meu HD opera na faixa de 50-55°C onde o limite crítico dele (um Seagate) é 60°C.

Esse limite é tão importante para o Hardware, que o programa de avaliação do HD da Seagate exibe a mensagem: esse HD nunca operou acima de 60°C (ou informa que ele esteve acima desse limite), para constatar que o HD passou ou não por problemas de temperatura.

Certo é que 60°C é problema. Problema ruim e eu não gosto de problemas ruins. Assim, eu criei um script que monitora a temperatura do HD e toma uma ação caso tenha excedido o limite que eu especifiquei. Com a proximidade do verão, resolvi compartilhar o meu script para o caso de ter mais alguém interessado nesse tipo de solução.

Antes de dar qualquer explicação sobre como fazer isso, vamos ao script:
#!/bin/bash
# File: HDTemperature
# Author: J. F. Mitre http://jfmitre.com;
# Created: Seg 04 Jan 2010 18:42:19 BRST
# Last Update: Qui 07 Jan 2010 14:50:14 BRST
# NOTES: Informa quando a temperatura do hda ultrapassa um certo limite

# Dispositivo que deve ser monitorado
DEV=/dev/sda
# Temperatura máxima aceitável (acima disso é problema)
DEF=57

PAUSE=0
while [ $PAUSE != 1 ]; do
# Verificando a temperatura atual
VAR=$(sudo hddtemp $DEV|cut -d":" -f 3|sed s/..$//g)
# Se a temperatura atual for maior que a definida...
if [ $VAR -gt $DEF ]; then
# Faça ...

# Exibir uma mensagem usando o kdialog (KDE)
# kialog --msgbox "Temperatura do HD está em $VAR °C." \
# --title "Alerta de Temperatura Alta"

# Exibir uma mensagem usando o zenity (GNOME)
zenity --info --text="Temperatura do HD está em $VAR °C." \
--title "Alerta de Temperatura Alta"

# Desative o volume encriptado
# $HOME/bin/encDisk -d

# Registre a hora
date >>$HOME/HDQuente.log

# Desligue o computador
# sudo shutdown -h now

# Desative o script. Já fez seu trabalhando avisando...
# exit
fi
# Aguarde 10 minutos para repetir a verificação
sleep 10m
done
Há uma série de pontos para explicar:
  • O hddtemp é quem verifica a temperatura do HD. Em um script mais profissional, teríamos a variável:
    PROG=/usr/bin/hddtemp
    no início do programa e no script usaríamos essa variável $PROG. Isso é importante por dois motivos: permite que o script seja iniciado durante o boot pelo root e facilita a configuração do script caso o programa esteja em outro lugar. Para dizer a verdade, um script mais profissional encontraria o programa no sistema e faria o que tem que ser feito. De forma que essa explicação toda seria irrelevante.
  • Esse programa depende do sudo. Na prática, se remover todo local onde tem a palavra sudo e iniciar esse script como administrador, o sudo não é necessário.
    Do contrário, eu uso no meu /etc/sudoers a linha:
    %users ALL=NOPASSWD:/usr/sbin/hddtemp
  • Esse script monitora apenas um HD do computador. Eu monitoro apenas "um" porque não estou procurando por defeito, mas por temperatura alta devido a alta temperatura do ambiente. Eu uso o sda porque eu sei que no meu computador ele é o HD mais quente.
  • A temperatura máxima que eu permito é 57°C. Acima disso (58°C), o programa vai fazer alguma coisa que foi especificada no script. Em alguns casos, eu ajusto esse valor para um valor menor, como 55 ou 56°C. É importante não usar 58°C se tiver mais de um HD. Infelizmente, esse script não monitora a temperatura de todos os HDs e é possível que um HD atinga 59 enquanto outro já está acima de 60°C. De fato, eu observo até 4 °C de diferença entre o HD mais quente e o mais frio. Tente identificar qual é o seu HD mais quente para que ele seja o dispositivo monitorado.
  • Esse script fica em loop infinito checando e comparando a temperatura do HD a cada 10 minutos, exceto que em alguma etapa diga-se algo em contrário.
  • Eu inicio esse script no modo gráfico (diretório Autostart do KDE). Para iniciar com o sistema, os programas devem estar com o caminho completo ou com o PATH definido dentro do script.
  • Veja o comentário onde está escrito "Faça...". Tudo que está dentro daquele condicional é executado quando a temperatura é maior que o limite que eu especifiquei. Deixei vários exemplos ali:
    1. Exibir uma mensagem com o kdialog informando o problema (comentado)
    2. Exibir uma mensagem com o zenity informando o problema (ativo)
    3. Desativa volumes encriptados usando um script pessoal para isso (comentado)
    4. Regista em log o momento que tudo aconteceu (ativo)
    5. Desligar o computador com o sudo configurado para fazer isso (comentado)
      • Para usar essa opção, adicione no /etc/sudoers a linha:
        mitre ALL=NOPASSWD:/sbin/shutdown
        onde "mitre" é o seu nome de usuário.
    6. Desativa o script (comentado).
      Uma vez ativo, esse script fica rodando indefinidamente. Oras, quando eu uso uma opção na tela para me informar da temperatura, eu coloco um exit para desativar o monitoramento, pois eu vou tomar uma decisão pessoalmente (normalmente significa que eu perco um ventilador e o computador ganha um ventilador).
Existem vários modos de monitorar a temperatura do HD. Eu escolhi o modo "quase" artesanal por considerar que a complexidade de outras opções não compensa pelas funcionalidades que desejo e que coloquei nesse script. As ações que devem ser tomadas são as ações que eu defino. Por vezes, eu edito o script para ele registrar um log e desligar o computador, mas poderia ser me enviar um e-mail.

Note que pela forma que fiz esse script, para desativar o programa eu preciso usar o comando "kill" depois de ter localizado o número do processo usando o comando "ps aux|grep -i hdtemperature" onde HDTemperature é o nome do arquivo do meu script.

Acredito que um monitoramento básico dessa forma seria um excelente exercício de Python para os interessados e entusiastas. O que imagino é um programa na bandeja do sistema com diversas opções pré-configuradas e com a possibilidade de executar scripts externos. Talvez até já exista tal programa, mas eu confesso que nunca procurei (era bem mais rápido escrever o script). De uma forma ou de outra é um excelente exercício.

Monday, August 16, 2010

Pensamento do dia

Você sabe que você tem estado ocupado quando o Read It Later registra 600 itens para serem lidos posteriormente !!!

Sunday, August 01, 2010

Criptografia

Para quem precisar proteger dados é fundamental conhecer algumas formas de criptografia. Não pretendo dar aulas sobre criptografia, mas expor dicas tão simples quando possível para o uso das ferramentas de criptografia.

O maior problema que eu vejo é que muita gente acha que porque existe uma senha, os dados estão protegidos. Isso não é verdade por três motivos:
  • senhas fracas (quase sempre por serem curtas) é o mesmo que não ter senha.
  • os algorítimos de criptografia nem sempre são tão bons quanto parecem. Quando o algorítimo é ultrapassado, não há nada que se possa fazer.
  • programas de encriptação são programas como qualquer outro, sujeitos a falhas e bugs. Um programa desatualizado pode ter erros que permitam decodificar o arquivo.
Por outro lado, se seu problema é proteger a informação de alguém com recursos limitados e que não é nenhum Einstein, você certamente pode utilizar as simples técnicas sem problema algum. Lembrem-se que a maior parte da população não é tão íntima assim de seus computadores.

Em todo caso, é importante ter em mente que com uma máquina atual e o Google, leva-se nos máximo uns 2 dias para decodificar a senha de um zip com 8 caracteres. O conhecimento para quebrar a senha está disponível na internet para quem souber procurar e tiver uma certa intimidade com a máquina (embora para essa do arquivo zip nem é preciso muita coisa !!!).

Firefox

Se você salva a senha dos sites no firefox, saiba que ela está salva sem proteção. Para habilitar alguma proteção, em "Preferences" na aba "Security" selecione "Use a master password".

Isso não é garantia de muita coisa, mas é melhor que nada.
E quando eu digo que não é garantia de muita coisa, o Read It Later possui uma extensão para Firefox que ecoa a senha desse serviço no terminal caso tenha chamado o firefox por ele.

Vim

O vim possui criptografia interna, mas isso também não deve ser visto como algo que vai realmente proteger de qualquer um, mas é complexo suficiente para a grande maioria da população. Esse texto explica muito bem como usar esse recurso.

GPG

Minha ferramenta preferida para criptografia de arquivos simples.
Fala-se muito das chaves do GPG, mas não tanto do básico.
Para encriptar arquivos, use:
gpg -c nomedoarquivo
Para decriptar senha, use:
gpg  nomedoarquivo
Simples, não ? E é bem eficiente.

Zip

Arquivos compactados aceitam senha, o mais famoso é o zip.
Para compactar aquivo ou diretório recursivamente no formato zip, use:
zip -re arquivozipfinal.zip nome_do_diretorio_ou_arquivo
Durante uma descompactação simples, a senha será questionada.

Esteganografia

A esteganografia é uma técnica que consiste em guardar arquivos dentro de imagens. Eu poderia dizer mais, mas eu não preciso fazer isso, pois já existe um excelente texto sobre o assunto.

cryptsetup

Esse aplicativo serve para encriptar volumes inteiros. Por volume entenda que ele pode ser um arquivo ou uma partição.

O Eustáquio Rangel explica como criar um volume encriptado para seus dados críticos. E na introdução aproveita para lembrar um caso exemplifica bem a utilidade da criptografia. E no Guia do Hardware encontra-se um texto que explica como fazer isso em um pendrive, que é o que pode ser aplicado a HDs (desde que não seja o root).

Note que nos dois casos existe uma etapa em que é usado o cryptsetup. Em cada caso é utilizado com opções diferentes, sugiro uma leitura do manpage do aplicativo para informação adicionais. Apenas gostaria de destacar a opção "--key-size", que define o tamanho da chave. Essa é uma opção que uso por considerar que o padrão (que enquanto digito esse texto é 128) já está mais do que ultrapassado.

De forma que uso:
cryptsetup --verbose --key-size 256 --verify-passphrase luksFormat /dev/sdb2

Há algumas coisas que não ficam claras nos dois textos, mas acredito que quem tiver algum interesse adicional além do "como fazer" conseguirá obter as informações nas páginas do manual.

Há um número significativo de aplicativo que podem ser utilizado para conseguir esse efeito, mas cryptsetup além de ser simples, também é eficiente.

Para guardar as senhas

De nada adianta ter um sistema de criptografia eficiente, com uma senha de 40 caracteres, se você guardar a senha no papel de parede !!! O KeePass é uma solução gráfica que ajuda na hora de criar senhas complexas e guarda essas senhas de forma criptografada. É um programa fácil de acha no seu GNU/Linux preferido, mas que também é multiplataforma, para "aquelas horas" ...

Particularmente eu prefiro a combinação de texto puro com gpg guardando o arquivo final dentro de um volume encriptado.

Conclusão

A criptografia sempre foi importante na história, mas na era da informação ela assume um papel fundamental em nossas vidas. Mesmo quem nunca nenhuma dessas dicas, já usou páginas com https, senhas de cartão, etc.

A paranóia está na cabeça de cada um. Por exemplo. Você pode usar o vim para guardar a senhas, esconder o texto resultante em uma imagem, criptografar o arquivo final com o zip, em seguida modificar a extensão para aumentar a dificuldade de alguém descobrir o que é aquilo, e depois usar o gpg para fazer nova criptografia. No final, você pode guardar dentro de um volume criptografado feito em um arquivo que por acaso pode ser compactado com senha e colocado dentro de um volume de HD criptografado. Só o processo em si é um segredo e tanto a ser descoberto.

Esse texto está longe de esgotar o assunto seja filosoficamente ou em termos práticos. Por exemplo, há pelo menos 4 programas famosos para criptografar volumes e eu nem falei da compactação com o rar. Quem tiver dicas legais para compartilhar, sinta-se livre para colocá-las nos comentários (mesmo que sendo um link para o seu blog com a dica...)

Sunday, July 25, 2010

Chromium versus Google Chrome

Quem tem dúvida sobre quais são as diferença entre o Chromium e o Google Chrome, encontrei uma página do wiki do Chromium que responde a essas questões.

Acredito que a tabela seja suficientemente clara para todos que possuem algum tipo interesse nessa resposta.

Friday, July 02, 2010

Intranet em computadores domésticos

A senso comum de definição atribui a utilidade de um servidor web como uma plataforma para disponibilização de páginas online. E isso é verdade.

Mas também é verdade que um servidor web é uma plataforma para a execução de um "aplicativo" web e você pode pensar nele da mesma forma que pensa no runtime do java.

A minha definição faria de um simples arquivo html um aplicativo. A rigor isso não é verdade, mas eu acredito que posso abstrair essa definição para um conceito mais abrangente sem prejuízo significativo de conceito ...

Deixando o rigor das definições de lado, o que importa aqui é que você pode executar aplicativos dentro de um servidor web. E de fato esses aplicativos em geral possuem a atribuição de serem aplicativos para disponibilização online. Mas nada impede que você crie uma intranet.

Uma intranet, uma internet privada, é usualmente acessada por um computador interno a rede. Imagine agora que o servidor dessa intranet seja o único computador da rede. Assim, você tem o cenário onde executa-se um aplicativo web em um servidor para apenas um único computador que é onde está o servidor.

Porque criar uma intranet de uma única máquina ? A resposta é uma pergunta: se o aplicativo é bom, porque não utilizá-lo ? Você não instalou o java para executar aplicativos java ? Porque não instalar algo menor e mais seguro para rodar outro aplicativo ?

LAMP

Aplicativos para servidor normalmente estão escritos em PHP. Alguns deles usam SQL como banco de dados, assim, existe a necessidade de ter o conjunto Linux, Apache, MySQL e PHP, que é o que chamamos de LAMP. Já existem definições que usam Perl ou Python para a letra "P", mas PHP ainda é a definição mais usual. Na maior parte dos sistemas, instalar o LAMP significa instalar o três programas mencionados. Abaixo segue três links que falam também sobre configurações gerais.
Os programas do servidor

Mas quais programas instalar ? Existem inúmeras possibilidades e o que eu posso fazer é dar idéias. Instale:
  • Um Wiki
    Sabores não faltam. Há do clássico MediaWiki ao excelente e prático DokuWiki. Um wiki é algo muito versátil. Ele pode ser a região onde registra suas coleções, gerencia os contatos, suas fotografias, links, notas, listas de tarefas, etc. Acredito que te todos os programas, o Wiki é o que melhor representa o conceito colocado aqui.
  • Um Leitor de RSS
    Como o Tiny Tiny RSS ou GlobeRSS que são leitorers de RSS escritos em PHP. Essa é a forma de manter o uso um aplicativo no navegador e ao mesmo tempo manter ao máximo a privacidade.
  • Um gerenciador de contatos
    O Web Organizer não é o mais específico, ele é muito mais, mas pode ser somente um gerenciador de contatos. Por que não ?
  • Um álbum de fotos
    Como o album (esse é o nome do programa).
  • Um gerenciador de bookmarks
    Como o Feed Me Links.
  • Um blog
    Em tempos antigos, blog era diário. Foi depois que ele adquiriu uma característica mais impessoal. Mas se quiser escrever um diário de atividades ou mesmo pessoal, um blog no servidor local que apenas você acessa pode ser a solução para o seu problema de privacidade. O DokuWiki aceita um plugin que roda um blog, mas a ferramenta mais famosa, sem dúvida alguma, é o WordPress.
  • Um gerenciador de coleções
    Tipo o phpVideoPro ou o VideoDB. Mas há outros. Já utilizei um aplicativo para gerenciar livros, e embora esses sistemas de biblioteca e locadora sejam bem comuns, não os encontrei para referenciar aqui (falando a verdade, não me esforcei muito para achar).
  • Manuais em geral
    Documentos e manuais em geral escrito em HTML integram-se perfeitamente ao modelo.
  • A interface web de seus programas
    Vários dos seus programas tradicionais possuem interface web, mas normalmente não são muito populares ou conhecidas, como o caso o CUPS ou de aplicativos bittorrent. Explore as possibilidades.
  • Programas para diferentes finalidades
    Existe de quase tudo. Até rede social estilo orkut existe. Portanto, se tem um problema e quer a solução da sua intranet, procure, você vai acabar achando alguma solução. Na categoria de programas para diferentes finalidades, eu dou destaque para interface para o MySQL chamada para phpMyAdmin que certamente lhe será bem útil nesse contexto.
  • Um Portal
    Isso não é bem um programa, mas um conceito. Um portal é um lugar onde todos os links do seu interesse são reunidos. No caso, um lugar onde pode colocar o link de todo o material do servidor. Uma dica legal é reunir todos os links locais que existem, como o CUPS, o roteador, programas que possuem interface web, etc. Também pode ser onde você coloca aqueles bookmarks principais ou se usa um programa como delicious, pode ser onde fica os links que você não quer que fique em um servidor público. O portal é um ponto de entrada da sua intranet que reuni toda sua potencialidade.
Acesso remoto

Se está configurando um servidor, você pode colocar ele na internet, se desejar e tomar os cuidados necessários. Mas note que toda intranet acessível da rede deve ter senha de acesso.

Normalmente, o que eu faço é configurar o ssh para que eu possa acessar o shell do meu computador. Parece pouco, mas é muito mais seguro do que confiar na ausência de bugs nesses aplicativos web. Além do que, abrir o epiphany ou outro navegador leve é algo bem simples, mesmo de conexões difíceis.

Para quem tem IP dinâmico, eu sugiro o uso do no-ip. E lembre-se de que terá de configurar um eventual roteador que exista no meio do caminho para redirecionar o ponto de acesso. Informação facilmente disponível no manual do seu equipamento.

Notas:
  • A maior parte dos programas apontados aqui não foram testados localmente, apenas navegando pelo site de demonstração, ou seja, pode haver melhores e mais bonitos.
  • Esse posto foi idéia sugerida pelo Sérgio F. Lima a cerca de 5 anos atrás, nem me lembro onde. É o ditado: "antes tarde do que nunca" sendo levado a sério.

Tuesday, June 22, 2010

Feedburner: Ele já foi melhor !!!

Eu sei que o Feedburner não é e nunca foi perfeito, mas já foi muito melhor no que diz respeito a controlar a estatística de acesso ao feed. Ontem eu tinha 244 assinantes, hoje eu tenho 131 (ou menos, dependendo da hora que eu abro o site).

Entendo que por causa da plataforma de acesso que o usuário utilize, exista uma oscilação de 10-20 assinantes em cada dia. De quase 100 assinantes é erro. Ele já foi melhor !

Wednesday, June 16, 2010

As continuações desnecessárias

Alguém que goste de cinema já deve ter visto inúmeros filmes que eram, no mínimo, desnecessários. Boa parte desses filmes eram continuações desnecessárias ou ridículas de filmes que fizeram sucesso (ou nem tanto). Vamos a uns exemplos:
  • Titanic II - Esse já passou na TV aberta e eu, acredite, vi. Basicamente é uma histórica igualzinha ao original que em teoria seria paralela ao primeiro filme. Para dizer a verdade eu não sei se é isso ou se eu dormi vendo o filme.
  • SWATT 2 - No exterior o nome é outro, o que me faz pensar que não era para dar idéia de continuação. Seja como for, é o pior filme que eu já vi na vida. Há filmes de ação no YouTube milhares de vezes mais interessantes que esse filme.
  • Anjos Rebeldes 2, 3, 4 e 5 - O primeiro filme é um clássico. Os seguintes faz você desejar que o primeiro tivesse sido um fracasso. Olha... tem gente que gosta. Mas teria sido muito mais legal se não tivesse tido seqüência. E para ser bem sincero, eu vi apenas até o terceiro filme. O terceiro filme parece um piloto de série de baixa qualidade. Me arrependi amplamente de tê-lo visto. O segundo é visível, mas não tem o clima do primeiro. Descobri que havia um 4 e 5 hoje, ao escrever, esse texto.
  • Duro de Matar 4 - O primeiro foi muito legal. O segundo foi desnecessário e repetitivo, mas teve cenas interessante. O terceiro foi mais cansativo ainda, mas os atores e o clima de "vou fechar a história do primeiro" salvavam o filme o quarto... eu nem me lembro da história.
  • Rambo III e IV - Rambo é um personagem apoiado pelos governo do EUA para aumentar a simpatia pelos veteranos que voltavam do Vietnã. Por isso, somente, devíamos não gostar dos filmes ? Eu não penso assim. Filme é filme e ponto. Os filmes fictícios não deve servir de base para uma opinião política de coisa alguma. No máximo serve para discutir alguns pontos, mas só. Seja como for, não deixava de ser emociante ver o personagem criado para o primeiro filme e foi interessante ver o que ele era quando o soltaram no segundo filme (e novamente, não confunda realidade com ficção, que não estamos aqui para elogiar nenhum tipo de idiotice política - abstrai, pensa em país A e país B). O terceiro filme foi mais que desnecessário. O quarto ... e dizem que vai ter quinto.
  • Velocidade máxima 2 - Desnecessário dizer o quanto foi desnecessário. Achei o primeiro filme divertido, mas o segundo é cansativo. É "igual" ao primeiro, muda apenas o veículo. Bem, dizem por aqui vem o velocidade máxima 3, no espaço. A notícia é do meio do ano retrasado ...
  • Superman IV - Filme que ficou para história pela montagem de baixa qualidade dos efeitos especiais entre outras coisas, que nem valem apena discutir. E sim, além desse existe o Superman I, II e III e o Superman Returns.
Eu poderia passar o dia listando oportunidades extraordinárias que o cinema perdeu ao não fazer nada. Digo isso porque um filme se torna um clássico, é um épico, é uma lenda, se sua franquia não for destruída por continuações que talvez nem tenham dado lucro significativo.

A indústria do cinema e a moda do remodele, reescreva, reinvente a mesma coisa da mesma forma, mas com um número de diferença é quase tão desgastante quanto uma rotina estressante do dia-a-dia, mas que assim como essa rotina, nós a consumimos, dando margem para eles fazerem mais continuações e manter esse ciclo desagradável. Será que somos nós mesmo que queremos essas mesmas coisas sempre ou isso é fruto da falta de escolha melhor?

Confesso, entretanto, que isso me desagrada menos que os remakes.

Saturday, May 15, 2010

Você ainda usa scripts Greasemonkey ?

Não é difícil encontrar referências sobre scripts Greasemonkey na internet, mas eu gostaria de saber quantas pessoas ainda utilizam esse tipo de recurso de forma ampla.

Não nego. Eu uso e até desenvolvo alguns para meu próprio uso, mas cada vez mais eu tento não usar. O motivo é simples, embora a idéia seja genial e tenha aplicações diversas, a Web é dinâmica demais. O que hoje eu uso, amanhã não funcionará e a garantia de uma nova versão funcional é nula.

Aliás, percebeu o movimento do Google (que vêm de longa data) que adotou e incluiu diversos recursos que outrora eram de scripts Greasemonkey ?

O grande problema é que esses scripts viciam. Fazem com que você se acostume com recursos que "não existem" de verdade. Quando ficamos sem esse recurso, sentimos falta.

Bom, meus scripts podem ser conferidos aqui. Dos meus quatro scripts (que estão no mencionado link), um é de minha autoria (nada para se gabar, pois é bem bobo) e dois deles, o do Google Docs e do RTM, eu tenho grande receio de perder um dia por atualização da interface e ficar sem os recursos que eles possuem, que, para mim, são excelentes. O quarto script é para o delicious, mas eu não me preocupo muito com esse, que dure enquanto durar. Eu ainda tenho um quinto script, que quando habilitado abre qualquer link em uma nova janela, é uma pequena modificação do script para o Google que eu fiz.

E então, quem ainda utiliza scripts Greasemonkey ? Quais seriam eles ? Teme perder o suporte a esse script com alguma modificação do sistema ?

Sunday, May 02, 2010

Ordem na vida digital: O uso do e-mail

O e-mail é a ferramenta de comunicação mais utilizada pelos usuários de computador. Mas você já pensou no que é usar o e-mail ? Me permita detalhar o processo em um certo nível de simplicidade.
  • Você escreve uma mensagem. Significa que você abre um editor de textos e coloca ali o que você quer que outra pessoa leia.
  • Você guarda uma mensagem no rascunho. A mensagem que você já escreveu não está boa o bastante ou você que revisar seu conteúdo posteriormente e, enquanto isso, guarda a mensagem que escreveu em um lugar especial, o lugar dos rascunhos.
  • Você anexa arquivos na mensagem. Sua mensagem pode ser de texto puro ou pode conter elementos gráficos embutidos ou pode conter elementos gráficos ou quaisquer anexados. Esses arquivos são, de uma forma ou de outra, preparados que outra pessoa leia.
  • Você envia a mensagem. Uma vez que a mensagem esteja pronta, você envia a mensagem.
  • Você envia uma mensagem para um destinatário oculto. Você pode enviar uma mensagem com cópia oculta para alguém. Esse destinatário não pode ser identificado por ninguém mais que tenha acesso a aquele e-mail, exceto você e ele próprio.
  • Você lê uma mensagem recebida. Note que receber uma mensagem não é um ato em si, você tem a mensagem ou não tem. Se você vai ler a mensagem ou não é outra coisa.
  • Você deleta uma mensagem. Significa que você está se desfazendo de qualquer chance de ler a mensagem novamente. Deletar aqui, nesse contexto, é definitivo, ou seja, é erradicar a mensagem.
  • Você arquiva uma mensagem. Tendo você lido ou não a mensagem, você pode deletar ou arquivar a mensagem. Uma mensagem arquivada ficará guardada até o dia que resolver se desfazer dela.
Note que responder ou encaminhar uma mensagem consiste em escrever uma mensagem, mesmo que nesse último caso você muitas vezes não modifique o conteúdo.

Outro ponto, é que nada do que disse depende do cliente utilizado para ler a mensagem, embora o item anexar arquivos dependa do servidor de e-mails que enviará e receberá a mensagem, e portanto, indiretamente envolve-se com o cliente. Contudo, se pensar no cliente de desktop, ele é indiferente a esse ponto.

Você escreve uma mensagem

Escrever um e-mail devia ser interpretado como escrever uma carta. Dependendo do destinatário deve-se ter um cuidado maior com a formalidade e a norma culta da língua. Mas ao contrário de longas cartas, o e-mail pode ser curto e muito informal. Similar a um telegrama, admite gírias e abreviações. Mas há dois pontos fundamentais:
  1. Quem lê, deve entender a mensagem escrita;
  2. o e-mail não transmite emoções.
O primeiro item é óbvio. A mensagem deve ser passada, do contrário, não faz sentido escrever. O segundo ponto é muito importante e muita gente não percebe isso. O segundo ponto está diretamente envolvido com o primeiro. Você tem que escrever muito bem para que o leitor sinta uma ironia.

Por exemplo, você manda um texto para outro revisar e ele diz: é péssimo. O que você pensa ? O texto é ruim, certo ? Agora pense aí contigo em todas as formas, caras, bocas e gestos que podem acompanhar aquela simples frase. O "é péssimo" pode ser uma simples ironia. Como quem escreveu não colocou o contexto de forma apropriada, a emoção não foi transmitida adequadamente.

Já vi muita discussão desnecessária por causa da forma que foi escrita a mensagem não ter transmitido corretamente as emoções correlatas. Portanto, recomendo assumir que o e-mail não transmite emoções e usar esse recurso apenas quando houver ajuda gráfica ou quando o contexto deixar bem claro suas intenções.

Lembre-se que quem lê é quem realmente dá sentido a sua frase. Tudo se resume em assegurar que seu texto será corretamente interpretado.

Você guarda uma mensagem no rascunho

Oras ... você escreveu uma mensagem e não está certo de que ela representa bem o que você quer dizer, guarde-a como rascunho. Pense novamente antes de encaminhar a mensagem. Você pode pensar que isso é besteira ao desejar "Feliz Aniversário" para um amigo de infância, mas não será uma besteira quando estiver tratando de trabalho com o chefe ou um cliente. Use esse recurso sempre que necessário.

Você anexa arquivos na mensagem

Anexos podem ser embutidos no corpo do e-mail ou encaminhado como um arquivo independente. O uso desses recursos depende muito do objetivo. Felicitar um aniversário ou enviar um relatório ? Há única regra que vejo aqui é: não envie anexos que não sejam necessários.

Quando a mensagem está pronta, você envia a mensagem.

Você envia uma mensagem para um destinatário oculto

Lembre-se que existe o campo "com cópia oculta" e use-o sempre que for necessário. Você não precisa divulgar o e-mail pessoal do seu chefe para todos os seus amigos que não são do trabalho. Aliás, isso pode ser utilizado contra você no futuro.

Você lê uma mensagem recebida

Agora estamos do outro lado da linha. Você recebeu uma mensagem. O que você faz ? Você lê a mensagem. Entende seu conteúdo e toma uma ação.

Você deleta uma mensagem

Você recebeu uma mensagem. O que você faz ? Você lê a mensagem ou deleta a mensagem. Se você leu a a mensagem, você toma uma ação, que pode ser excluir a mensagem ou não.

Mas quando excluir uma mensagem ? Eu não deleto mensagem profissionais. Todas as mensagem que recebi profissionalmente desde 2004 estão arquivadas. O meu cliente de e-mail me permite isso e se o seu cliente de e-mail não permite isso é porque ele é online e não tem pop3. Porque mesmo que ele seja um e-mail que não aceite 7 GB de mensagens, você sempre pode baixar as mensagens no seu computador e deixá-las lá se tiver pop3.

Lembre-se de fazer backups periódicos da sua caixa de e-mails.

Mensagens pessoais eu sempre deleto quando não vejo motivo explícito para mantê-las. Algumas vezes eu uso o próprio e-mail para organizar os documentos que considero interessantes de serem mantidos, incluindo nessa lista de "importantes" as piadas e outras coisas mais.

Eu também mantenho "listas de discussão" e coisas assim. Faço isso desde que assinei uma lista cujo o moderador deletou permanentemente todas as mensagens da lista e eu perdi acesso ao seu conteúdo.

E por "coisas assim" entenda registros de serviços online, comprovantes de compra de mercadorias, etc.

Como eu meu e-mail é online, eu uso ele para manter uma cópia de documentos insubstituíveis. Notando que essa é apenas mais uma cópia e que o e-mail online não é garantia da nada.

Não recomendo deletar mensagens sem ter certeza de que isso é algo que você pode fazer. Para aqueles que possuem um filtro de spam, pode ser interessante verificar o que vai parar nele. Evita o risco de perder informação importante.

Você arquiva uma mensagem

Você recebeu uma mensagem. O que você faz ? Você lê a mensagem ou arquiva a mensagem ou deleta a mensagem. Se você leu a a mensagem, você toma uma ação, que pode ser excluir a mensagem ou arquivar a mensagem. Se você não deletou a mensagem, você arquivou a mensagem.

Você recebeu uma mensagem e arquivou a mensagem sem ler. Por que fazer isso ? Eu faço isso para manter a caixa de entrada limpa, utilizando filtros para remover e-mails de listas de discussão, propaganda autorizada e pré-definir comportamento com base em mensagens que me foi enviada. Os assim chamados filtros de e-mail permitem pré-definir um comportamento para um e-mail que acabou de chegar. Entre as possibilidades, temos arquivar um e-mail em uma tag ou diretório (e isso depende do cliente).

Interessante notar que isso pode ser utilizado para arquivar mensagens pessoais durante o horário de expediente, separando-as das mensagens profissionais.

Você recebeu uma mensagem, leu a mensagem e decidiu arquivar. Por que fazer isso ?
  • O conteúdo do e-mail é importante,
  • A mensagem não foi completamente entendida,
  • Está aguardando a resposta de sua resposta,
  • Comprovante do seu processo de trabalho,
  • Referência futura sobre um determinado assunto,
  • etc.
Não vou listar mais motivos para arquivar uma mensagem. Se o e-mail é importante ou pode se tornar importante ou se tem dúvidas disso, guarde.

Decidi guardar a mensagem. E agora ?

Alguns sistemas permite separar as mensagem apenas em tags, outros apenas em diretórios e outros com os dois recursos. Em todos os casos, com vantagens e desvantagens, é possível aplicar aquilo que parece ter sido criado apenas para tags.

Eu crio tags para:
  • Pessoas e/ou grupos. Nomes ou tags que lembram pessoas ou representam grupos de pessoas, por exemplo: chefe, colegasdelab, dauniversidade, etc. Isso me permite separar as mensagem que vieram do eu chefe, dos que trabalham próximos a mim, do que trabalham na mesma empresa e eu nem sei onde é o setor deles, etc.
  • Pessoal ou profissional. Separar o profissional do pessoal é importante. Muita gente tem dois e-mails distintos, contudo gerenciam pela mesma interface. Manter uma coisa longe da outra deve ser considerado algo muito importante.
  • A mensagem é profissional. Classifico em relação a projeto. Tudo que se faz no trabalho está relacionado a um projeto. Mesmo que não seja nominalmente um projeto. Separe os e-mails por projetos e não tema de colocar o mesmo e-mail em dois projetos se isso for necessário. Contudo, não retribua "o favor": para cada assunto principal, escreva um e-mail. Não precisa reclamar, mas pode realinhar as cosias.
  • É uma mensagem que serve de referência. Arquive de tal forma que saiba que é um referência. Se for uma mensagem profissional, será uma mensagem de um certo projeto e de uma certa referência. Isso também vale para mensagens pessoais que são referência, mas nesse caso, a tag de referências é diferente das mensagens profissionais.
  • É uma mensagem que requer uma ação. Registre isso. Você até pode deixá-la na caixa de entrada, mas registre que é uma ação que deve ser executada um dia.
  • Existem tags específicas para cada lista de discussão. Essas mensagens, muitas vezes, são mensagens de referências. Mas são muito especiais, porque tratam-se de mensagem de lista de discussão. Dê a elas uma destino único.
  • A mensagem possuí uma anexo. E eu tenho uma tag específica para isso.
Eu tenho mensagens que chegam a ter 10 tags. Não tema em usar tags.

O cliente de e-mail

A muito tempo que eu uso apenas o Gmail. Sequer acompanho outro clientes e não posso falar sobre eles. Se eu tivesse que escolher apenas um serviço do Google, esse seria o Gmail. Seja como for a questão é sobre o que o cliente de e-mail pode oferecer.

Se você não pode colocar a mesma mensagem em dois diretórios (em geral isso é possível, mesmo sendo necessário copiar a mensagem para o outro diretório - o que aumenta o consumo de espaço o que nem sempre é uma boa solução) talvez seja complicado entender o que falei acima.

Para quem recebe muitas mensagens eu sugiro fortemente um gerenciador de e-mails que aceite tags ou que no mínimo aceite algo funcionalmente idêntico, como o suporte a subdiretórios.

Seja como for, você sempre pode criar um único diretório com o nome: projetoa.referencia.chefe. O que inclui três "tags" em um único nome. O lado bom é que obtém um controle mais preciso, o ruim é que terá muito mais trabalho para gerenciar todos os diretórios que possui.

Subdiretórios também funcionam muito bem aqui. Então, mesmo que não aceite tags ou não queria usar nomes como o projetoa.referencia.chefe, pode criar diretório proejtoa e dentro dele criar os diretórios "referencia" e "chefe" e dentro do diretório "referencia" criar o diretório "chefe" o que permite funcionar em árvore o conceito de ter os diretórios projetoa.referencia, projetoa.referencia.chefe e proejtoa.chefe.

Agora, caso tenha um canhão ao seu lado, não use apenas o estilingue. O Gmail, por exemplo, possui um sistema excelente de identificação visual das tags por diferentes cores. Também há o "Quick Links" (no labs) que permite salvar uma busca realizada no sistema. Também no labs é possível ativar as "Superstars" que dão vida nova aos e-mail marcados como "Starred". Particularmente eu utilizo esse último para dar "vida" as ações que eu devo tomar.

Quase todos os clientes de desktop que eu me lembre possui uma forma de salvar buscas e marcar prioridades (no mínimo) no e-mail recebido. Isso também é uma forma de incrementar o recurso de gerenciamento de e-mails.

Conclusão

O e-mail é uma importante ferramenta de comunicação. Não devemos ignorar a organização e o método de manter o conteúdo que passa por essa ferramenta.

Eu vejo como fundamental ter uma cópia de todos os e-mails profissionais. Mesmo de projetos antigos. Esse arquivo é uma memória fascinante da sua própria vida e registro profissional interessante.

A ferramente utilizada para gerenciar esses e-mails deve estar a altura do desafio. Se recebe 1 e-mail por dia não vai ter problemas com qualquer ferramenta que escolher. Se recebe 1000 e-mails por dia, vai ter problemas com ferramentas que não lhe permitir uma boa flexibilidade para arquivar e gerenciar os e-mails.

Esse texto detalho de forma bem direta as principais ações abordadas pelos usuários. O objetivo disso é permitir aquele que nunca havia pensado nisso pense em quais são os processos mentais que executamos ao utilizar o e-mail. E no fim aproveitei para explicar como eu organizo/arquivo meus e-mails.

Atualmente eu tenho cerca de 3 GB de e-mail. Toda essa informação está organizada conforme ideologicamente expliquei aqui. Têm funcionado muito bem comigo até hoje, mas pelo número grande de mensagens, o que eu gostaria mesmo era de que eu pudesse localizar as mensagem pela semântica do seu conteúdo. Isso deve-se ao fato de que você está guardando informações escritas por outros e que nem sempre utilizam as mesmas palavras chaves que você está pensando.

Exemplo para essa situação é se eu tivesse que procurar um e-mail que fala sobre tangerina. O problema é que o e-mail em questão estava escrito mexerica, então, eu busco sobre tangerina e não acho nada. Se a busca semântica estivesse pronta, minhas intenções estariam captadas corretamente e o resultado seria obtido. Isso é uma promessa para a Web 3.0, até lá, terei de conviver com as alternativas que possuo.

Thursday, April 22, 2010

Netbook

A pouco tempo, com aquela grande chuva desse ano aqui no Rio, em pensei nas inúmeras coisas que não fiz e teria feito se tivesse um netbook. A análise foi pessoalmente interessante, a ponto de que eu conclui que mesmo presumindo que não aconteça uma nova grande chuva, valeria apena comprar um netbook. A questão é, qual ?

Pesquisando no Boa dica percebe-se que os preços começam em aproximadamente 760 reais.

Então eu perguntei aos amigos (palmas para o Buzz !!!).

O que eu queria era um netbook com as seguintes características:
  • preço, quanto mais barato melhor.
  • peso é o segundo ponto, quanto mais leve melhor.
  • restringindo a mínimo de 10"
  • uso de linux (ver fotos/música, ler pdf, usar o vim/gedit/kate e navegador)
As sugestões ficaram em Acer e Asus. Não tem muito tempo me tornei guardião de um computador da Acer do lab, então eu sei da qualidade mecânica e também sei que é necessário ter um certo cuidado com a compatibilidade com o Linux, afinal, a maioria funciona não quer dizer compatibilidade de todos os modelos...

O sugerido da Acer foi o modelo 1410 com processador ULV e tela 11.6 ou um acer timeline com tela 13.3. Com a vantagem para o primeiro que foi testado com o Ubuntu, cujo o preço começa na faixa de 1200 reais no Boa dica.

Da Asus, me foi sugerido o Eee PC 1201HA, cujo o preço inicial é de aproximadamente 1270 reais, o detalhe é que ele não foi sequer listado nominalmente no wiki do Ubuntu e isso não foi uma boa impressão. Tudo bem que o Eee PC 1201N está na página listando problemas insignificantes (pelo menos para mim) e a diferença entre os dois são mínimas. Detalhe que apenas hoje esse modelo chegou oficialmente ao mercado brasileiro.

Questões técnicas do Eee PC 1201HA é que ele tem um processador inferior a quase todos os netbooks do mercado, ao contrário do Eee PC 1201N que é dual core. Ele é grande. A tela é gigante. É mais pesado que os de 10 in de tela (óbvio, apenas 300 gramas, mas qualquer dia desses eu coloco a análise física do problema de aumentar mais 300 gramas e continuar carregando isso durante um dia inteiro !). O teclado é fantástico. O melhor do produto, certamente.

As questões técnicas dos Acer 1410 com o Linux ficaram na base da confiança, não encontrei segunda fonte de informação. De qualquer forma, é tudo muito direitinho, certinho, etc. A questão é que no momento que eu vi o Eee PC 1008HA e percebi que esse tinha o mesmo perfil geral do Acer 1410 (ok, não exatamente o mesmo, o Acer em questão tem 2 GB de RAM, e isso é um belo diferencial técnico, mas não para mim) e total compatibilidade com o Linux (tipo, compatibilidade 100 % !!!), mas que custava cerca de 914 reais, o que me fez optear pelo Eee PC 1008 HA (acompanha comigo, faz tudo que eu queria que ele fizesse e é o mais barato !).

Sobre o netbook em si não há muito o que dizer. O Eee PC 1008HA tem, como eu disse, 100 % de compatibilidade com o Linux, vem com o XP de fábrica. Tem um HD de 160 GB e 1 GB de RAM. A tela de 10.1 e um teclado muito confortável (pelo tamanho dele) no layout "espanhol com dead til".

Confesso que a única coisa que eu não esperava é a questão do teclado. Demorei a localizar o layout correto... mas uma vez localizado não houve qualquer problema em ativar e te ele reconhecido todas as suas funções.

O processamento dessa máquina é bom o bastante para tudo que eu quero fazer e mais. A bateria, usando a máquina, dura umas 6 horas.

Bom, agora eu sou o feliz usuário de uma modesta máquina portátil desde de o dia 14 de abril (comprei para mim mesmo pelo meu aniversário que era o no dia seguinte, 15) e estou impressionado com a utilidade dessa pequena e valente máquina.

Friday, April 16, 2010

Ordem na vida digital: Gerenciando Coleções

Quem possuí alguma coleção deve ter algum meio de gerenciá-la. É quase impossível ter uma coleção adequada sem um registro. E como fazer isso ? Basicamente existem dois métodos básicas de gerenciar uma coleção no computador:
  1. Utilizando ferramentas de escritório. Texto e planilha.
  2. Utilizando ferramentas específicas. Gerenciadores de coleções
Utilizando ferramentas de escritório

Nada mais livre que um registro manual de sua coleção.
Suponha que seja sobre DVDs, você pode escrever título original e traduzido, ano, data de aquisição, tipo de mídia, mas o que chama mesmo a atenção é a possibilidade de anotar o que quiser da forma que bem entender. A liberdade das ferramentas de escritório são o seu ponto forte.

Além disso, uma lista simples é de alta compatibilidade, de forma que é o mais próximo de uma ferramenta de baixa tecnologia. Portanto, independente da escolha que faça, ter uma cópia do registro de sua coleção em formato de lista simples é uma excelente idéia.

Utilizando ferramentas específicas

A primeira pergunta é: coleção de quê ?

Para o GCStar essa pergunta é desnecessária. Esse programa é um gerenciador de coleções para todos os tipos. Ele consulta bancos de dados, preenche resumos, detalhes técnicos, etc e tal. Não perde para nenhum programa que eu conheça e é de fácil portabilidade. Também é possível exportar a coleção para um formato mais próximo da baixa tecnologia e gerenciar empréstimos.

Eu apenas não sugiro o uso desse programa no caso de coleções de fotografias.
Veja algumas imagens desse programa na página oficial.

O GCStar é o programa que eu uso para as minhas coleções, exceto de periódicos, textos acadêmicos, onde eu uso o Mendeley Desktop.

O Mendeley Desktop permite identificar e inclusive, organizar documentos que existam em PDF. Na prática, não é necessário que exista um PDF do arquivo para que se use esse programa, mas ele não teria muito sentido de existir se não fosse pela alta qualidade na reorganização dos documentos.

Provavelmente, o único grande aspecto negativo do Mendeley Desktop é ser código fechado, fora isso, foi um choque de ordem nos meus artigos. E para quem acha que estou exagerando, lembre-se que no início todos somos aprendizes. Meus primeiros artigos sofreram muito com a desordem e quando eu tentava colocar alguma ordem eu esbarrava no volume de material. Esse programa se destacou por me permitir resolver esse problema com facilidade.

Esse programa também poderia ser utilizado para registrar coleções de livros, mas nesse caso, mesmo sendo livros acadêmicos, eu uso o GCStar.

Para o uso específico de coleções de livros, também existe o Alexandria. Pequeno, eficiente e simples, mas eu o acho meio antipático, assim, não o utilizo.

Para coleções baseadas em música digital, nada melhor que o AmaroK. Certamente o mais completo melhor programa do gênero (para GNU/Linux, pelo menos). Entretanto, eu não utilizaria o AmaroK para coleções de CD.

Para coleções de fotografias em programa de desktop, eu sugiro o DigiKam, mas o F-Spot é muito bem recomendado também. Ambos permitem o gerenciamento das fotografias com grande facilidade e simplicidade.

Por fim, há programas criados especificamente para o gerenciamento de CDs/DVDs de dados. De forma que você possa ver o índice de seu conteúdo sem colocar a mídia no drive. O que funcionou melhor comigo depois do comando "find" foi o programa CdCat. Mas como eu disse, minha solução era o comando de terminal find. Eu gerava o índice e compactava essa lista com o gzip. De forma que para um certo CD/DVD montado em /media/cdrom, eu digitava no terminal, de dentro de um certo diretório da coleção:
find /media/cdrom >lista-do-cd-XYZ.txt
gzip lista-do-cd-XYZ.txt
onde XYZ e o nome do arquivo eram bem mais inteligentes que isso e conseguiam fazer a correlação direta com a mídia física que o gerou. Quando eu quisesse fazer uma busca nas listas eu usava o comando "zgrep" nos arquivos do catálogo.

Eu não faço mais isso porque isso foi uma era que a única forma de fazer backup ou transportar grandes volumes de dados era CD/DVD. Hoje meu pendrive cabe mais informação que um DVD9, o volume de CDs/DVDs gerados caiu a quase zero. Gerenciá-los não é mais um problema.

Conclusão

Existem outros programas, claro, mas eu referenciei os melhores que conheço.

Não há desculpas para um colecionador não organizar sua coleção. É contraditório querer uma coleção porque gosta dela e não querer gerenciá-la. Assim sendo, gerenciar uma coleção é uma atividade agradável que normalmente fica ainda melhor ao usar o método e/ou programa certo.

Para mais informações e imagens sobre os programas citados verifique as páginas oficiais citado ao longo do artigo.

Friday, April 09, 2010

Aonde vamos parar ?

Quando lançaram a camisa do fluminense na cor laranja, eu pensei: "muito esquisito ... mas o time joga nas laranjeiras e a camisa é bonita" (bom, eu sou tricolor !)

Quando colocaram a bandeira da Inglaterra na camisa do vasco (clube de "origem portuguesa" ?!?), eu pensei: "a caravela tem uma cruz ... os portugueses usavam cruzes no peito - espanhóis, holandeses e o resto do mundo católico no século 16 também ! - mas que é muito, muito esquisito é - caramba - Inglaterra/Portugal ! - mas a camisa até tem um ar gótico ... e não é tão feia.

Agora isso !!! Sério, eu me declinei a defender o Flamengo... deve ser a febre ou o fato de que até para o inacreditável deve ter limites - quem realmente se importa que são as primeiras cores do time... verifique o emblema no topo desse site (está no flash) e olha a camisa e me diga se pensou a mesma coisa que eu !

O botafogo que se cuide !

Sunday, April 04, 2010

Dropbox como HD virtual

Você usa mais de um computador ? Então você certamente possui alguma solução para sincronismo de informação e dados. Seria legal se o sincronismo acontecesse simultaneamente as modificações e de forma inteligente ?

Possui dados que não podem ser perdidos ? Provavelmente precisa e faz backups. Eu uso HDs externos, mas já tive backup em quase todo tipo de formato, desde quando os disquetes eram a solução mais inteligente. O problema de fazer backups e que eles devem ser feitos fora da sua máquina ou pelo menos em um segundo HD instalado na máquina (isso não é uma solução ideal). Uma segunda partição do mesmo HD não conta como forma de backup, pois protege apenas de erros lógicos e humanos no processamento dos dados e não protege de defeitos físicos no HD em questão. Backup clássico, indubitavelmente, requer investimento financeiro (HDs, DVDs, CDs, etc).

Recentemente testei o Dropbox, por indicação de um amigo, e me surpreendi por ver utilidade no serviço.

Nesses tempos onde o espaço para o armazenamento de e-mail chega na casa dos 10GB e HDs estão na faixa de 320 GB para cima (francamente, eu penso apenas de 1 TB para cima !), os serviços gratuitos dos HDs virtuais parecem atrasados. Apenas 2 GB ... bom, me lembro do tempo que eu reclamava que era apenas 50 MB !
  • O Dropbox consiste de um serviço online que permite o uso de aplicativo cliente que roda no seu computador sincronizando seus dados dinamicamente com a internet (sua conta no Dropbox e com outros clientes que já estejam ativos).
  • Fornece apenas 2GB no modo gratuito e possui planos pagos onde o espaço em HD é maior. Na verdade o Dropbox permite 2,25 GB se você aceitar passar pelas etapas sugeridas (coisas simples, é como a apresentação do serviço, para forçar o usuário a saber tudo que o sistema faz). Agora, se você quiser encher o mundo de convites (que o convidado deve aceitar e instalar o programa do dropbox), você consegue até 10 GB de espaço (o novo valor é algo bem recente).
  • O cliente é multiplataforma. A versão para o GNU/Linux requer o nautilus instalado para alguns serviços avançados, mas funciona muito bem no KDE.
  • Esse tipo de serviço é a única solução de sincronismo via rede entre computadores (que eu conheça) capaz de funcionar quando os dois computadores estão em uma subrede, ou seja, quando nenhum dos computadores envolvidos possui um IP real. Detalhe, 'túneis' somente funcionam nesse caso se você tiver acesso ao computador intermediário a rede.
  • É possível publicar arquivos para toda a internet
  • e criar diretórios compartilhados com amigos, o que transforma o Dropbox em uma excelente forma de mandar pela rede aquele arquivos de 200 MB, ou mesmo arquivos, pequenos.
Confesso que os 2GB são como um anestésico para mim. Eu não consigo pensar além disso, mas atualmente eu resolvi um problema crônico, manter sincronizado o meu arquivo de senhas (que é criptografado com múltiplas camadas, claro !), meus dotfiles (arquivos de configuração iniciados por um ponto, como .bashrc, .vimrc, .ctags, .alias, .colourrc, etc, etc, etc !!!), diretórios de configuração pessoal ou de trabalho (~/.vim é o melhor exemplo, mas pode pensar nas notas do tomboy -caso use - no banco de dados do 'Mendeley' ou do 'Reference', no arquivo .bib, nos documentos abertos que você precisa editar de qualquer lugar, etc, etc, etc !!!), além de ter um backup virtual de muitos dos meus dados de configuração crítica (exemplo, arquivos de configuração dos servidores).

No caso dos dotfiles, o que eu fiz foi manter o diretório/arquivo apenas no que seria o diretório do Dropbox e criei um link para o lugar onde ele deve existir no meu computador.

Por exemplo, o meu .bashrc está em /home/backup/Dropbox/.bashrc e no meu diretório diretório pessoal existe apenas um link para esse arquivo. De forma que quando eu modifico o arquivo eu, de fato, estou mantendo idênticos todos os '.bashrc's em todas as máquinas que eu tenho que utilizar. Isso é o fim das diferentes versões de '.bashrc's e todos os demais arquivos de configuração.

Claro que é possível manter o sincronismo fino desses arquivos com um pouco de cuidado, mas nenhuma outra solução me permite fazer isso com tanta facilidade e elegância.

Como ferramenta de backups de dados, o serviço gratuito falha quando a quantidade dados é significativa. E eu não estou pedindo 1 TB de espaço virtual, 20 GB seriam muito mais do que suficientes para resolver o problema sem ter que separar os seus dados em diferentes serviços similares. Embora, agora eu seja obrigado a admitir que ter apenas 10GB também já seriam de grande ajuda.

A função de compartilhamento de diretórios é um caso a parte. No meu grupo de convivência profissional e pessoal somos 3 usando o Dropbox (e esse número vai aumentar em breve, certamente). Nem sempre estamos em uma rede fechada de alta velocidade e quase sempre usamos o e-mail para compartilhar arquivos, o que não deixa de ser uma solução, mas não é tão rápido, eficiente e poderoso quanto o diretório compartilhado pelo Dropbox.

Sugiro observar a existência de um controle de versões no Dropbox. Esse controle de versões pode te livrar rapidamente dos problemas associados a modificações feitas pelo usuários. Lembra o bom e velho "subversion".

O que acontece quando cai a internet ?
Bem, os dados estão no seu computador. Isso é importante. Eles existem de fato no computador. Não é um link remoto, não é um diretório compartilhado na rede. Os dados existem mesmo no seu computador ocupando espaço, etc e tal. Se a internet cair, você continua usando o seu computador normalmente, como se nada tivesse acontecido, quando a internet voltar os dados serão sincronizados automaticamente.

O Dropbox também possui um bom sistema de controle de versões para arquivos modificados de forma independentes em diferentes máquinas quando estas estão sem internet.
Para testar, eu criei dois arquivos com mesmo nome e conteúdo diferente em dois computadores distintos antes de ativar o sincronismo. Quando ativei o sincronismo, o sistema me informou sobre o conflito de versões e anexou um nome que correlacionava a versão do arquivo com a origem dele.

Existem outros serviços ?
Sim. Eu já sabia da existência do Ubuntu One e ele parecer ser igualzinho ao Dropbox, descobri pelo google, o SpiderOak, também me pareceu bem interessante, embora eu não tivesse tido a paciência de ver como o serviço funciona. Existe o Wuala, com cliente java, fornece 1 GB de dados e ainda permite mais espaço, caso você compartilhe o espaço do seu HD que não estiver sendo utilizado para eles (sério !) ou pague (novidade, né ?). Também temos o Live Mesh, que apesar de fornecer 5 GB, funciona apenas em Windows e Mac OS X.

Em outras palavras, serviço de HD virtual é que não falta, embora um serviço que tenha a elegância do Dropbox, apenas o Ubuntu One e, ainda a sem confirmação, o SpiderOak e o Live Mesh (ainda que esse último apenas para os supracitados sistemas operacionais). Embora, na humilde opinião desse autor, o Dropbox é superior nos detalhes.

Conclusão
Para quem precisa de uma solução de backup completo, o serviço somente lhe atenderá bem caso tenha poucos dados (mesmo com 10GB). Como solução de backup de dados críticos, a solução me parece excelente.
Mas o que realmente me chamou a atenção do Dropbox foi a capacidade do sistema de funcionar como uma solução de sincronismo fino de forma mais prática e interessante que outras ferramentas tradicionais e sua habilidade de criar diretórios compartilhados com diferentes usuários.

Eu tinha esquecido ! Caso alguém queira aproveitar a oportunidade e criar uma conta no sistema, pode usar o meu link de indicação. Tanto eu, quanto aquele que usar esse link, irá ganhar 250 MB adicionais na conta.

Wednesday, March 24, 2010

Gnuplot

O gnuplot é um programa opensource, multiplataforma, que no GNU/Linux é acionado pelo terminal, para criar gráficos. É uma das duas mais eficientes ferramentas para fazer gráficos de qualidade inquestionável nesse sistema operacional. Não posso deixar de lembrar de que a ferramenta não é inteligente. Ser possível fazer gráficos de qualidade inquestionável não significa que o usuário não possa tomar decisões questionáveis fazendo um gráfico de qualidade inadequada.

Especialmente voltado para construir gráficos com características científicas, escrevi sobre esse programa no Notas em CFD.

Até agora, foram escritos dois textos:
  1. Gnuplot: Introdução básica
  2. Gnuplot: Tipos de pontos e linhas
Estou certo de que por aqui também existem pessoas interessadas no assunto, portanto, fica aí os links. Digo mais, outros textos que venham a ser no Notas em CFD serão publicados na tag gnuplot, ficando fácil localizar tópicos que não estejam registrados aqui.