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Thursday, April 22, 2010

Netbook

A pouco tempo, com aquela grande chuva desse ano aqui no Rio, em pensei nas inúmeras coisas que não fiz e teria feito se tivesse um netbook. A análise foi pessoalmente interessante, a ponto de que eu conclui que mesmo presumindo que não aconteça uma nova grande chuva, valeria apena comprar um netbook. A questão é, qual ?

Pesquisando no Boa dica percebe-se que os preços começam em aproximadamente 760 reais.

Então eu perguntei aos amigos (palmas para o Buzz !!!).

O que eu queria era um netbook com as seguintes características:
  • preço, quanto mais barato melhor.
  • peso é o segundo ponto, quanto mais leve melhor.
  • restringindo a mínimo de 10"
  • uso de linux (ver fotos/música, ler pdf, usar o vim/gedit/kate e navegador)
As sugestões ficaram em Acer e Asus. Não tem muito tempo me tornei guardião de um computador da Acer do lab, então eu sei da qualidade mecânica e também sei que é necessário ter um certo cuidado com a compatibilidade com o Linux, afinal, a maioria funciona não quer dizer compatibilidade de todos os modelos...

O sugerido da Acer foi o modelo 1410 com processador ULV e tela 11.6 ou um acer timeline com tela 13.3. Com a vantagem para o primeiro que foi testado com o Ubuntu, cujo o preço começa na faixa de 1200 reais no Boa dica.

Da Asus, me foi sugerido o Eee PC 1201HA, cujo o preço inicial é de aproximadamente 1270 reais, o detalhe é que ele não foi sequer listado nominalmente no wiki do Ubuntu e isso não foi uma boa impressão. Tudo bem que o Eee PC 1201N está na página listando problemas insignificantes (pelo menos para mim) e a diferença entre os dois são mínimas. Detalhe que apenas hoje esse modelo chegou oficialmente ao mercado brasileiro.

Questões técnicas do Eee PC 1201HA é que ele tem um processador inferior a quase todos os netbooks do mercado, ao contrário do Eee PC 1201N que é dual core. Ele é grande. A tela é gigante. É mais pesado que os de 10 in de tela (óbvio, apenas 300 gramas, mas qualquer dia desses eu coloco a análise física do problema de aumentar mais 300 gramas e continuar carregando isso durante um dia inteiro !). O teclado é fantástico. O melhor do produto, certamente.

As questões técnicas dos Acer 1410 com o Linux ficaram na base da confiança, não encontrei segunda fonte de informação. De qualquer forma, é tudo muito direitinho, certinho, etc. A questão é que no momento que eu vi o Eee PC 1008HA e percebi que esse tinha o mesmo perfil geral do Acer 1410 (ok, não exatamente o mesmo, o Acer em questão tem 2 GB de RAM, e isso é um belo diferencial técnico, mas não para mim) e total compatibilidade com o Linux (tipo, compatibilidade 100 % !!!), mas que custava cerca de 914 reais, o que me fez optear pelo Eee PC 1008 HA (acompanha comigo, faz tudo que eu queria que ele fizesse e é o mais barato !).

Sobre o netbook em si não há muito o que dizer. O Eee PC 1008HA tem, como eu disse, 100 % de compatibilidade com o Linux, vem com o XP de fábrica. Tem um HD de 160 GB e 1 GB de RAM. A tela de 10.1 e um teclado muito confortável (pelo tamanho dele) no layout "espanhol com dead til".

Confesso que a única coisa que eu não esperava é a questão do teclado. Demorei a localizar o layout correto... mas uma vez localizado não houve qualquer problema em ativar e te ele reconhecido todas as suas funções.

O processamento dessa máquina é bom o bastante para tudo que eu quero fazer e mais. A bateria, usando a máquina, dura umas 6 horas.

Bom, agora eu sou o feliz usuário de uma modesta máquina portátil desde de o dia 14 de abril (comprei para mim mesmo pelo meu aniversário que era o no dia seguinte, 15) e estou impressionado com a utilidade dessa pequena e valente máquina.

Friday, April 16, 2010

Ordem na vida digital: Gerenciando Coleções

Quem possuí alguma coleção deve ter algum meio de gerenciá-la. É quase impossível ter uma coleção adequada sem um registro. E como fazer isso ? Basicamente existem dois métodos básicas de gerenciar uma coleção no computador:
  1. Utilizando ferramentas de escritório. Texto e planilha.
  2. Utilizando ferramentas específicas. Gerenciadores de coleções
Utilizando ferramentas de escritório

Nada mais livre que um registro manual de sua coleção.
Suponha que seja sobre DVDs, você pode escrever título original e traduzido, ano, data de aquisição, tipo de mídia, mas o que chama mesmo a atenção é a possibilidade de anotar o que quiser da forma que bem entender. A liberdade das ferramentas de escritório são o seu ponto forte.

Além disso, uma lista simples é de alta compatibilidade, de forma que é o mais próximo de uma ferramenta de baixa tecnologia. Portanto, independente da escolha que faça, ter uma cópia do registro de sua coleção em formato de lista simples é uma excelente idéia.

Utilizando ferramentas específicas

A primeira pergunta é: coleção de quê ?

Para o GCStar essa pergunta é desnecessária. Esse programa é um gerenciador de coleções para todos os tipos. Ele consulta bancos de dados, preenche resumos, detalhes técnicos, etc e tal. Não perde para nenhum programa que eu conheça e é de fácil portabilidade. Também é possível exportar a coleção para um formato mais próximo da baixa tecnologia e gerenciar empréstimos.

Eu apenas não sugiro o uso desse programa no caso de coleções de fotografias.
Veja algumas imagens desse programa na página oficial.

O GCStar é o programa que eu uso para as minhas coleções, exceto de periódicos, textos acadêmicos, onde eu uso o Mendeley Desktop.

O Mendeley Desktop permite identificar e inclusive, organizar documentos que existam em PDF. Na prática, não é necessário que exista um PDF do arquivo para que se use esse programa, mas ele não teria muito sentido de existir se não fosse pela alta qualidade na reorganização dos documentos.

Provavelmente, o único grande aspecto negativo do Mendeley Desktop é ser código fechado, fora isso, foi um choque de ordem nos meus artigos. E para quem acha que estou exagerando, lembre-se que no início todos somos aprendizes. Meus primeiros artigos sofreram muito com a desordem e quando eu tentava colocar alguma ordem eu esbarrava no volume de material. Esse programa se destacou por me permitir resolver esse problema com facilidade.

Esse programa também poderia ser utilizado para registrar coleções de livros, mas nesse caso, mesmo sendo livros acadêmicos, eu uso o GCStar.

Para o uso específico de coleções de livros, também existe o Alexandria. Pequeno, eficiente e simples, mas eu o acho meio antipático, assim, não o utilizo.

Para coleções baseadas em música digital, nada melhor que o AmaroK. Certamente o mais completo melhor programa do gênero (para GNU/Linux, pelo menos). Entretanto, eu não utilizaria o AmaroK para coleções de CD.

Para coleções de fotografias em programa de desktop, eu sugiro o DigiKam, mas o F-Spot é muito bem recomendado também. Ambos permitem o gerenciamento das fotografias com grande facilidade e simplicidade.

Por fim, há programas criados especificamente para o gerenciamento de CDs/DVDs de dados. De forma que você possa ver o índice de seu conteúdo sem colocar a mídia no drive. O que funcionou melhor comigo depois do comando "find" foi o programa CdCat. Mas como eu disse, minha solução era o comando de terminal find. Eu gerava o índice e compactava essa lista com o gzip. De forma que para um certo CD/DVD montado em /media/cdrom, eu digitava no terminal, de dentro de um certo diretório da coleção:
find /media/cdrom >lista-do-cd-XYZ.txt
gzip lista-do-cd-XYZ.txt
onde XYZ e o nome do arquivo eram bem mais inteligentes que isso e conseguiam fazer a correlação direta com a mídia física que o gerou. Quando eu quisesse fazer uma busca nas listas eu usava o comando "zgrep" nos arquivos do catálogo.

Eu não faço mais isso porque isso foi uma era que a única forma de fazer backup ou transportar grandes volumes de dados era CD/DVD. Hoje meu pendrive cabe mais informação que um DVD9, o volume de CDs/DVDs gerados caiu a quase zero. Gerenciá-los não é mais um problema.

Conclusão

Existem outros programas, claro, mas eu referenciei os melhores que conheço.

Não há desculpas para um colecionador não organizar sua coleção. É contraditório querer uma coleção porque gosta dela e não querer gerenciá-la. Assim sendo, gerenciar uma coleção é uma atividade agradável que normalmente fica ainda melhor ao usar o método e/ou programa certo.

Para mais informações e imagens sobre os programas citados verifique as páginas oficiais citado ao longo do artigo.

Friday, April 09, 2010

Aonde vamos parar ?

Quando lançaram a camisa do fluminense na cor laranja, eu pensei: "muito esquisito ... mas o time joga nas laranjeiras e a camisa é bonita" (bom, eu sou tricolor !)

Quando colocaram a bandeira da Inglaterra na camisa do vasco (clube de "origem portuguesa" ?!?), eu pensei: "a caravela tem uma cruz ... os portugueses usavam cruzes no peito - espanhóis, holandeses e o resto do mundo católico no século 16 também ! - mas que é muito, muito esquisito é - caramba - Inglaterra/Portugal ! - mas a camisa até tem um ar gótico ... e não é tão feia.

Agora isso !!! Sério, eu me declinei a defender o Flamengo... deve ser a febre ou o fato de que até para o inacreditável deve ter limites - quem realmente se importa que são as primeiras cores do time... verifique o emblema no topo desse site (está no flash) e olha a camisa e me diga se pensou a mesma coisa que eu !

O botafogo que se cuide !

Sunday, April 04, 2010

Dropbox como HD virtual

Você usa mais de um computador ? Então você certamente possui alguma solução para sincronismo de informação e dados. Seria legal se o sincronismo acontecesse simultaneamente as modificações e de forma inteligente ?

Possui dados que não podem ser perdidos ? Provavelmente precisa e faz backups. Eu uso HDs externos, mas já tive backup em quase todo tipo de formato, desde quando os disquetes eram a solução mais inteligente. O problema de fazer backups e que eles devem ser feitos fora da sua máquina ou pelo menos em um segundo HD instalado na máquina (isso não é uma solução ideal). Uma segunda partição do mesmo HD não conta como forma de backup, pois protege apenas de erros lógicos e humanos no processamento dos dados e não protege de defeitos físicos no HD em questão. Backup clássico, indubitavelmente, requer investimento financeiro (HDs, DVDs, CDs, etc).

Recentemente testei o Dropbox, por indicação de um amigo, e me surpreendi por ver utilidade no serviço.

Nesses tempos onde o espaço para o armazenamento de e-mail chega na casa dos 10GB e HDs estão na faixa de 320 GB para cima (francamente, eu penso apenas de 1 TB para cima !), os serviços gratuitos dos HDs virtuais parecem atrasados. Apenas 2 GB ... bom, me lembro do tempo que eu reclamava que era apenas 50 MB !
  • O Dropbox consiste de um serviço online que permite o uso de aplicativo cliente que roda no seu computador sincronizando seus dados dinamicamente com a internet (sua conta no Dropbox e com outros clientes que já estejam ativos).
  • Fornece apenas 2GB no modo gratuito e possui planos pagos onde o espaço em HD é maior. Na verdade o Dropbox permite 2,25 GB se você aceitar passar pelas etapas sugeridas (coisas simples, é como a apresentação do serviço, para forçar o usuário a saber tudo que o sistema faz). Agora, se você quiser encher o mundo de convites (que o convidado deve aceitar e instalar o programa do dropbox), você consegue até 10 GB de espaço (o novo valor é algo bem recente).
  • O cliente é multiplataforma. A versão para o GNU/Linux requer o nautilus instalado para alguns serviços avançados, mas funciona muito bem no KDE.
  • Esse tipo de serviço é a única solução de sincronismo via rede entre computadores (que eu conheça) capaz de funcionar quando os dois computadores estão em uma subrede, ou seja, quando nenhum dos computadores envolvidos possui um IP real. Detalhe, 'túneis' somente funcionam nesse caso se você tiver acesso ao computador intermediário a rede.
  • É possível publicar arquivos para toda a internet
  • e criar diretórios compartilhados com amigos, o que transforma o Dropbox em uma excelente forma de mandar pela rede aquele arquivos de 200 MB, ou mesmo arquivos, pequenos.
Confesso que os 2GB são como um anestésico para mim. Eu não consigo pensar além disso, mas atualmente eu resolvi um problema crônico, manter sincronizado o meu arquivo de senhas (que é criptografado com múltiplas camadas, claro !), meus dotfiles (arquivos de configuração iniciados por um ponto, como .bashrc, .vimrc, .ctags, .alias, .colourrc, etc, etc, etc !!!), diretórios de configuração pessoal ou de trabalho (~/.vim é o melhor exemplo, mas pode pensar nas notas do tomboy -caso use - no banco de dados do 'Mendeley' ou do 'Reference', no arquivo .bib, nos documentos abertos que você precisa editar de qualquer lugar, etc, etc, etc !!!), além de ter um backup virtual de muitos dos meus dados de configuração crítica (exemplo, arquivos de configuração dos servidores).

No caso dos dotfiles, o que eu fiz foi manter o diretório/arquivo apenas no que seria o diretório do Dropbox e criei um link para o lugar onde ele deve existir no meu computador.

Por exemplo, o meu .bashrc está em /home/backup/Dropbox/.bashrc e no meu diretório diretório pessoal existe apenas um link para esse arquivo. De forma que quando eu modifico o arquivo eu, de fato, estou mantendo idênticos todos os '.bashrc's em todas as máquinas que eu tenho que utilizar. Isso é o fim das diferentes versões de '.bashrc's e todos os demais arquivos de configuração.

Claro que é possível manter o sincronismo fino desses arquivos com um pouco de cuidado, mas nenhuma outra solução me permite fazer isso com tanta facilidade e elegância.

Como ferramenta de backups de dados, o serviço gratuito falha quando a quantidade dados é significativa. E eu não estou pedindo 1 TB de espaço virtual, 20 GB seriam muito mais do que suficientes para resolver o problema sem ter que separar os seus dados em diferentes serviços similares. Embora, agora eu seja obrigado a admitir que ter apenas 10GB também já seriam de grande ajuda.

A função de compartilhamento de diretórios é um caso a parte. No meu grupo de convivência profissional e pessoal somos 3 usando o Dropbox (e esse número vai aumentar em breve, certamente). Nem sempre estamos em uma rede fechada de alta velocidade e quase sempre usamos o e-mail para compartilhar arquivos, o que não deixa de ser uma solução, mas não é tão rápido, eficiente e poderoso quanto o diretório compartilhado pelo Dropbox.

Sugiro observar a existência de um controle de versões no Dropbox. Esse controle de versões pode te livrar rapidamente dos problemas associados a modificações feitas pelo usuários. Lembra o bom e velho "subversion".

O que acontece quando cai a internet ?
Bem, os dados estão no seu computador. Isso é importante. Eles existem de fato no computador. Não é um link remoto, não é um diretório compartilhado na rede. Os dados existem mesmo no seu computador ocupando espaço, etc e tal. Se a internet cair, você continua usando o seu computador normalmente, como se nada tivesse acontecido, quando a internet voltar os dados serão sincronizados automaticamente.

O Dropbox também possui um bom sistema de controle de versões para arquivos modificados de forma independentes em diferentes máquinas quando estas estão sem internet.
Para testar, eu criei dois arquivos com mesmo nome e conteúdo diferente em dois computadores distintos antes de ativar o sincronismo. Quando ativei o sincronismo, o sistema me informou sobre o conflito de versões e anexou um nome que correlacionava a versão do arquivo com a origem dele.

Existem outros serviços ?
Sim. Eu já sabia da existência do Ubuntu One e ele parecer ser igualzinho ao Dropbox, descobri pelo google, o SpiderOak, também me pareceu bem interessante, embora eu não tivesse tido a paciência de ver como o serviço funciona. Existe o Wuala, com cliente java, fornece 1 GB de dados e ainda permite mais espaço, caso você compartilhe o espaço do seu HD que não estiver sendo utilizado para eles (sério !) ou pague (novidade, né ?). Também temos o Live Mesh, que apesar de fornecer 5 GB, funciona apenas em Windows e Mac OS X.

Em outras palavras, serviço de HD virtual é que não falta, embora um serviço que tenha a elegância do Dropbox, apenas o Ubuntu One e, ainda a sem confirmação, o SpiderOak e o Live Mesh (ainda que esse último apenas para os supracitados sistemas operacionais). Embora, na humilde opinião desse autor, o Dropbox é superior nos detalhes.

Conclusão
Para quem precisa de uma solução de backup completo, o serviço somente lhe atenderá bem caso tenha poucos dados (mesmo com 10GB). Como solução de backup de dados críticos, a solução me parece excelente.
Mas o que realmente me chamou a atenção do Dropbox foi a capacidade do sistema de funcionar como uma solução de sincronismo fino de forma mais prática e interessante que outras ferramentas tradicionais e sua habilidade de criar diretórios compartilhados com diferentes usuários.

Eu tinha esquecido ! Caso alguém queira aproveitar a oportunidade e criar uma conta no sistema, pode usar o meu link de indicação. Tanto eu, quanto aquele que usar esse link, irá ganhar 250 MB adicionais na conta.