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Tuesday, June 26, 2007

CRT x LCD do ponto de vista técnico

Depois que escrevi sobre a comparação entre CRT e LCD do ponto de vista econômico, eu fiquei de passar uma breve revisão sobre as características técnicas de cada um. Mas ao contrário "do ponto de vista econômico", "do ponto de vista técnico" não é exatamente um novidade ou um texto original.

Se você tem interesse nas questões técnicas que diferem um CRT do LCD, primeiro eu recomendo fortemente a leitura dos comentários do post "original", pois estes foram muito ricos em informação escrita por diferentes perfis de usuários, com depoimentos que tornaram a discussão realmente muito interessante. Dito isso, eu não vou reinventar a rodar.

O que você deve levar em consideração quando compra um monitor LCD (copiado diretamente dos tais comentários) :
  • cores
  • luminosidade
  • resolução (recomendada e máxima, incluo área aqui)
  • contraste
  • tempo de resposta
  • freqüência
  • angulo de visão
  • tipo de conexão com o computador
  • características físicas (wide ou não, haste móvel ou não, inclinação e etc, incluindo estética).
Mas você ainda precisa saber o que olhar em cada um desse itens, certo ? Pois, eis que temos um texto do Paulo Couto, Dicas para comprar um monitor LCD. O artigo é longo, são 8 páginas, e é excelente, exceto por um detalhe: é de 2005.

Parece pouco, mas muita coisa mudou nesse tempo, o maior exemplo está na página 2 do artigo, quando ele fala das características que eu mencionei acima. Ele considera um bom monitor, um que tenha o menor tempo de resposta possível, o que é correto, mas fornece valores razoáveis de 25 ms. E acho que nem temos mais monitores com um tempo de resposta tão alto. O artigo não pode servir de base para os "valores" considerados normais hoje em dia. Mas apresenta todas as tendências, depois que tiver entendido tudo, coloque numa lista e vá checando item por item nos diversos modelos disponíveis em lojas on-line (se for comprar algum, não se esqueça de verificar no site do fabricante para não ter dúvidas).

Por fim, fica faltando falar das qualidades do CRT. Aí a coisa começa a ficar estranha. Quem gosta de filmes e já view o "making-off" de "Guerra nas Estrelas", viu um belo monitor CRT em uma das entrevistas ... deixa eu repetir: um CRT. O motivo é a qualidade da imagem, mas eu acho muito pouco provável que alguém consiga achar (em locais comuns) no Brasil um monitor CRT que se compare com aquele do vídeo (que devia ser de 22" em resolução de 1600x1200 ou maior), de qualquer forma, é para um uso extremamente específicos, quando, literalmente, a imagem é tudo.

Hoje, para 97 % das aplicações, incluindo jogos, as atuais tecnologias dos LCDs dão conta do recado, com folga. Esse 3 % vai ficar para quem primeiro tenha uma placa de vídeo/computador/etc que possa realmente aproveitar-se de um poderoso monitor e segundo que tenha tais necessidades de qualidade imagem. O que não vale é você ter um monitor de tempo de resposta de 25 ms (modelo de 2005) e querer que ele funcione da mesma forma que um modelo barato da LG que tem tempo de resposta de 4 ms (modelo de 2007). Aliás, o pessoal desses 3 % normalmente já sabe disso a muito tempo.

A grande característica que um monitor CRT precisa ter está relacionada com o freqüência e resolução máximas. Para a resolução máxima que você definir, a freqüência tem que ser maior que 75 Hz, menos que isso é risco a saúde. Idealmente, deve-se ter 85 Hz na sua resolução escolhida, mas a regra é "quanto maior, melhor", 100 Hz é o que eu consideraria o objetivo (o pessoal que trabalha com imagens pode ser mais exigente). Eu fiz uma busca agora e não consegui achar para vender (no Brasil) um monitor de 17" CRT que fornecesse a 1280x1024 a 85 Hz de freqüência. O máximo que eu achei nesse momento foi 1024x768 com 85 Hz, em 1280x1024 apenas com 66 Hz. Isso não significa que esse monitores de qualidade não existam (nem que eles sejam muito mais caros, no lab da universidade tem vários desses monitores de 17" que fazem até 1280x1024 com 100 Hz, mas esse modelo não está mais listado na página da LG). De qualquer forma alguns CRT 19" (por exemplo,esse da LG) possuí ótimas especificações, superior a muitos LCDs diga-se de passagem.

Aliás, você viu a quantidade de itens de especificações que o CRT possuí ? Não, olha de novo. Isso já existia quando você comprou o seu último CRT.

Um grande problema dos CRTs fica por conta de como configurar o monitor. No LCD (nos atuais, pelo menos) existe um botão que você aperta, ele se auto-configura com eficiência, restando modificações a serem feitas no brilho e contraste. No CRT não existe esse "botão mágico". Você precisa configurar todas as características que você deseja no monitor. Para a maior parte dos itens (e das pessoas) as opções 'default' satisfazem e o foco é sempre o maior problema.

Mas existem muitos casos onde isso não é verdade e as pessoas não fazem idéia de que devem modificar algum valor, por exemplo, a freqüência do monitor. O default dela é baixo para compatibilizar com qualquer placa de vídeo, se o usuário não modificar esse valor, ele vai usar 60 Hz pela vida inteira e com o uso sentir dores de cabeça, cansaço na vista, etc... Alguns sistemas operacionais sabem que podem fazer essa modificação e buscam automaticamente o melhor valor, mas no caso específico dos usuários do windows, isso pode depender do modelo da placa de vídeo, em especial, se ela necessita de drives externos (note que o "necessita" é complicado, toda placa vem com drive para windows, mas nem todos os modelos requerem a instalação desse para funcionar, mas o requerem para funcionamento de todos os recursos) e em todos os OS isso depende do sistema já estar instalado e ser um simples troca de monitores ou de se é uma instalação do zero. Por fim, aquela história de instalar o drive do monitor é bobagem, afinal ele está funcionando, está errado. Se o monitor possuí um drive, instale-o, no windows isso pode fazer muita diferença. Aliás, falei tanto do windows ... é porque no linux o monitor só dá algum tipo de dor de cabeça na configuração, quando é feita uma substituição em um sistema instalado e só porque o monitor ligou o usuário não atualiza o Xorg. Isso pode realmente ser desnecessário em modelos similares, mas ao substituir um 15" por 17", por exemplo, muda tudo. Na dúvida, trocou de monitor, reconfigure ele.

Na conclusão, bem, você decide. Eu só recomendo que não se deixe levar pela onda de consumo. Seja sensato, decida o que é melhor para você em todos os sentidos, não no que as pessoas esperam que seja melhor para você. Não considere apenas uma opinião, busque outras (três, no mínimo). Vá a fóruns e veja a experiência dos usuários que já fizeram suas escolhas. Pesquise. Se você é empresário e está pensando se deve ou não atualizar sua empresa, veja os comentários outro tópico. Verá alguns depoimentos interessantes e importantes para serem levados em consideração que vão além do lado técnico ou financeiro. Só então, com todas as cartas na mesa, faça sua escolha.

Outros links: http://del.icio.us/jfmitre/monitor

Google Docs & Spreadsheets

Estava eu usando o Google Docs, quando bingo !!! A interface é atualizada em um clique de mouse.

Uma Temporada no Gnome

No dia 7 de junho eu fiz uma grande besteira no computador da universidade. Nessa ocasião eu necessitei de reinstalar o sistema, pois este já estava cheio de remendos de besteiras anteriores a sei lá a quanto tempo. Bem, eu sou um usuário do KDE, mas acabei aceitando um desafio (praticamente pessoal) de usar o Gnome. Boa parte da minha motivação consistia em tirar-a-teima com Gnome e nesse meio tempo, ver como eu me saio usando apenas ele. Então desde que reinstalei o computador estou apenas com o Gnome na universidade. O que em outras palavras são aproximadamente 2 semanas no Gnome.

Eu confesso que não me imaginava que essa relação fosse durar tempo suficiente para que eu tivesse algo para escrever sobre. Mas a experiência até tem sido agradável. O maior choque foi no primeiro momento, onde eu não conseguia "me achar" e ia atrás de "botões" que não existe, de opções que não existem (pelo menos não no mesmo lugar)

Praticamente todos os softwares que eu uso no KDE possuem equivalentes no Gnome, mas um dos primeiros softwares que eu tive que instalar foi o Kile (para LaTeX), simplesmente porque não conheço equivalente a altura em termos de interface, claro. Incrível isso, não ? Existem softwares alternativos (melhor dizendo, qualquer editor escreve LaTex), mas nenhum editor que possua tantas facilidades quanto o Kile.

Logo depois, eu fui fazer uma coisa que eu não vivo sem, configurar teclas de atalho ( no gnome, temos: Sistema > Preferências > Atalhos de teclado ), felizmente para minha relação com o Gnome, o navegador e o gerenciador de arquivos padrão podem ser configurados com uma tecla de atalho (do contrário eu desistiria do Gnome ali mesmo), mas eu fiquei surpreso ao não ver nenhuma possibilidade de, por exemplo, chamar o Kile por tecla de atalho (eu ainda vou procurar saber se existi um programa que compense isso) ... mas isso não chega a ser um problema, pois a "ideologia" Gnome nos prepara para ter duas barras de tarefa, logo, eu enchi a barra de cima com todos os programas que eu uso frequentemente. As alternativas eram usar um mini-aplicativo chamado "gaveta" ou colocar ícones no desktop. A Gaveta parece uma boa idéia, mas seria muita novidade em pouco tempo, já ícones no desktop, era passar um pouco da linha, 4 ou 5 ícones, vai lá, mas uma dúzia nem pensar ... é questão de gosto, mas isso também é importante, não ?

Por outro lado, o Gnome me pareceu muito, mas muito mais leve do que o KDE. É certo que não comparei nada com nada (nem mesmo olhei a memória consumida), foi apenas impressão, mas no final das contas não é isso que realmente importa ? Também me senti o sistema mais estável. Especialmente ao lidar com dispositivos externos (via usb) e servidores externos (ssh/smb). Eu consegui fazer cópias de um lugar para o outro via ssh na mesma velocidade que eu obteria se estivesse no terminal, algo que eu nunca vi no KDE.

Agora se tem uma coisa que eu não me adaptei e creio que nunca me adaptarei é a interface do nautilus. Ele não permite que você faça um "split" da janela atual em duas. Nem mesmo quando eu usava o windows, eu não usava o windows explorer por esse mesmo motivo. Na época eu usava o 2xExplorer (que já mudou de nome tantas vezes que eu nem saberia dizer qual é o atual), mas o fato é que os programas como o Gnome-Commader não é tão eficiente quanto o Konqueror (quem já usou os dois sabe do que eu estou falando). Para mim é um pouco incompreensível não existir um gerenciador de arquivo nativo para Gnome que tenha três divisões básicas, duas janelas e uma árvore de navegação como é incompreensível o motivo do Nautilus não ter esse recurso disponível de forma nativa (mesmo que desativado), de qualquer forma eu ainda não desisti Gnome apenas por conta disso (apesar de pensar nisso toda vez que abro o Nautilus).

A conclusão é que é realmente surpreendente. Eu realmente não esperava me sintonizar de forma eficiente com o Gnome. A famosa interface limpa e clara para o usuário sempre foi algo que eu não considerei produtivo, especialmente quando acontecia de eu ter que imaginar onde está aquela opção que eu precisava nos poucos momentos que eu usava live-cds com o Gnome. Pretendo continuar a usar o Gnome na universidade, meu principal objetivo é me treinar um pouco dentro do Gnome, ganhando mais velocidade no seu manuseio.

Já venho escrevendo esse texto a uma semana, mas hoje foi publicado no Meio Bit uma interessante comparação entre o Ubuntu e o Kubuntu. Não só achei o estudo interessante do ponto de vista que foi realizado, ou seja, do ponto de vista do leigo que recebe apenas o CD, como concordo com a maior parte do que está escrito lá. Considero o Ubuntu realmente melhor do que o Kubuntu praticamente por causa dos mesmo motivos apontados, mas ... a personalização do ambiente pode empatar ou, até mesmo, inverter o placar.

Do mais, do mais, fica o recado que não se prender a um único ambiente é algo extremamente saudável, conhecer os dois ambientes por ser importante por diversos motivos, mas o principal deles é ter contanto com aplicativos originalmente escritos para um ambiente que serve e funciona muito bem no outro ambiente e que muitas vezes é preferível na hora de resolver pequenos problemas (o gerenciador de redes é o melhor exemplo).

Wednesday, June 20, 2007

Mozilla visita a COPPE

Acabei de receber um e-mail informando, segue o e-mail na integra:
Mozilla visita a COPPE

Nesta sexta-feira, dia 22 de junho, a COPPE receberá a visita do engenheiro Asa Dotzler, representante do Mozilla – empresa responsável pelo software livre de navegação Firefox. Fundador e coordenador do projeto de difusão do Firefox, maior concorrente do Internet Explorer, da Microsoft, Dotzler fará uma apresentação das mais recentes inovações do projeto Mozzila. A conferência é aberta ao público e será realizada, às 12h15, no auditório da COPPE (Centro de Tecnologia, Bloco G, sala 122, na Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, RJ).
Taí o informe, se alguém se interessar ...

[update]
Acabei de achar a referência completa no site da COPPE. Clique aqui para saber mais sobre esse assunto.
[/update]

Saturday, June 16, 2007

CRT x LCD do ponto de vista econômico

Estava fazendo cálculos sobre a vantagens econômicas de adquirir um monitor de LCD. Não que em algum momento passe pela minha cabeça que o monitor de LCD seja em termos técnicos pior do que um CRT, mas eu estava pensando unicamente no dinheiro.

Para isso eu preciso considerar alguns padrões. O primeiro é dizer que o monitor é de 17". Com isso, sabendo que um monitor CRT de 17" consome, no máximo, aproximadamente 75W e um bom monitor de LCD de 17" (não widescreen) consome aproximadamente 35W. Outro fator (e polêmico) é o custo da compra dos dois equipamento. Eu vou assumir o preço de 250 reais para um CRT e 550 para um LCD. Por fim, considere o custo do KWh de 50 centavos (aproximadamente o valor do Rio de Janeiro).

O custo total de um monitor (seja ele qual for) é dado pelos seus custos fixos (no caso compra) somado aos custos variáveis (consumo de energia elétrica) e matematicamente formulado pela equação:

Custo = VC + (EnerCons)*(HorasDiárias*dias)*(PreçoDoKWh)/1000

Sendo VC, Valor de Compra, EnerCons, energia consumida pelo monitor em W, HorasDiárias e dias, está associado ao tempo de uso do mesmo, PreçoDoKWh, preço da energia elétrica e o 1000 e um fator de correção das unidades.

Supondo que você tenha que comprar um monitor novo agora, qual a escolha mais econômica ?

Sabemos que o investimento inicial do LCD é maior e que este consome menos do que o CRT, portanto é mais econômico. Pois, em quanto tempo o custo total do CRT se iguala ao custo total do LCD ?

Com os parâmetros anteriores e considerando que o monitor será utilizado todo dia por 12h o custo do CRT é igual ao custo do LCD em 1250 dias, ou seja, pouco menos de 3 anos e meio.

Nota: De uma forma simplificada pode ver essa equação de igualdade da seguinte forma: (75-35)*(12*d)*0,5/1000=(550-250), d é o número de dias a ser determinado..

Convenhamos, utilizar o monitor por 12 por dia todo dia é algo que vai muito além da maioria das pessoas. Se você usar apenas 6h por dia, então esse tempo salta pouco menos 3 anos e meio para quase 7 anos. O que rigor significa que se você usar mais ou menos 6 horas por dia o monitor, você precisaria de ter um monitor LCD funcionando por 7 anos para justificar o investimento financeiro.

Você tem um monitor funcionando, mais quanto tempo o LCD teria de funcionar para compensar a troca agora ?

Se você tem um monitor CRT funcionando isso significa que o custo compra do CRT é zero (VC=0), e então a coisa piora, e muito, pro lado do LCD, pois temos: (75-35)*(12*d)*0,5/1000=550, o que fornece aproximadamente 2292 dias, novamente considerando 12 horas de uso diário, isso é pouco mais de 6 anos. Sem nenhum exagero, caso você use o monitor por mais ou menos 6 horas por dia, o investimento financeiro só será justificado depois de 12 anos.

O que em outras palavras significa que seria preciso que o monitor LCD funcionasse por 6 anos para compensar a troca do atual e funcionando monitor CRT. O tempo não é nenhum exagero, mas você provavelmente vai querer trocar LCD antes por causa da nova tecnologia que eles ainda não inventaram.

Alguns fatores que não foram considerados

O preço da energia elétrica vai subir, mas mesmo que você considere o aumento de anual médio, não teríamos um impacto tão grande assim para nos fazer mudar de idéia em relação aos custos. Além disso, eu não brinquei de investidor. Eu posso muito bem investir a diferença do dinheiro do LCD e amortizar um pouco (muito pouco mesmo) o valor do aumento anual (não o valor da conta). Então entre um e outro eu resolvi não considerar nenhum dos dois.

O tempo de vida médio de um monitor CRT é 3 anos. Bom, mas eu já tive monitor de 5 anos de duração... De qualquer forma, para quem usa pouco o monitor esse tempo de vida sobe consideravelmente. Já o LCD eu não sei, existe muito disse-me-disse e acredito que pouca gente tenha um monitor desses a tempo suficiente para produzir um valor médio representativo para essa informação, mas pelo que eu já ouvi, muita gente consideraria razoável algo entre 6 a 7 anos.

Agora eu realmente nunca vi um monitor de CRT durar 50 mil horas, equivalente a 12 anos, com 12 horas diárias de uso e é isso que está no manual de um monitor da universidade que durou 2 (dois) anos e deu problema. A questão da durabilidade pode fazer a balança pender para um lado ou para o outro. Infelizmente esse é um valor que foge completamente do nosso controle, quem diria que o monitor que tinha a promessa de durar 12 anos ia durar apenas 2 anos, apenas 1 ano depois de acabada a garantia ? Os monitores LCD tem a natureza de durar mais, e isso pode ser um fator decisivo na hora de comprar um novo, tendo que comprar um novo (nada disso justificaria uma eventual troca).

O pessoal de fora do Rio de Janeiro deve refazer as contas, tanto por causa do valor do monitor, quanto (e principalmente) por causa do valor do KWh, essa equação de equilíbrio que eu usei aqui pode privilegiar o LCD dependendo do valor do KWh e das horas de uso (mas se usa menos de 6 horas, nem perca tempo, vai dar na mesmo conclusão).

Conclusão: Pensando apenas em dinheiro

Eu fiquei tão impressionado com as conclusões que eu, mesmo depois de ter refeitos as contas, acabei pendido ajuda ao Sérgio F. Lima para ver se tinha algo errado, além de ser professor de física, leitor desse blog, ele ainda é tricolor (eu não podia deixar passar essa !). Valeu pela ajuda Sérgio !!!

É um fato de que a econômica na energia elétrica tendo um monitor LCD é realmente grande, quase a metade do valor relativo ao uso de um CRT. Mas não só de custos variáveis vive a economia.

Vamos considerar duas classes de pessoas aqui: as que usam muito o monitor, cerca de 12 horas diárias, e as que não usam muito o monitor, com menos de 6 horas diárias.

Para quem usa muito o monitor, vamos dizer, para quem trabalha na frente da máquina 12-14 horas por dia, então, pode-se dizer que é economicamente vantajoso escolher um monitor LCD no lugar de um CRT na hora compras, não pelo custo inicial e etc, mas principalmente pela economia futura que terá com um equipamento de durabilidade maior. Mas cuidado com a origem e reputação do monitor comprado, perder esse monitor e ser obrigado comprar outro antes do tempo dará um senhor prejuízo.

Se por outro lado existe atualmente um monitor CRT funcionando nesse momento, só seria vantagem fazer a troca se tivesse como vender o monitor para alguém e por um bom preço.

Agora se você usa pouco o monitor, não tem jeito, não há como o monitor LCD ser economicamente mais vantajoso, nem mesmo considerando a durabilidade maior do LCD conseguiríamos fazer a balança tender para o lado do LCD. A questão toda é que quem usa pouco, desgasta pouco o equipamento.

Não se iluda quando alguém lhe disser que o LCD é mais econômico do que o CRT. De fato ele é consome muito menos energia, mas ainda não é mais econômico para a maioria das pessoas.

Bom, no mundo ideal o preço do LCD se aproximaria do preço do CRT fazendo a vantagem econômica passar o bastão para o monitor de LCD, matando a tecnologia CRT de uma vez por todas. É exatamente isso que nós vamos ver, o problema é que não vivemos no mundo ideal e dado o preço atual dos monitores CRT temos uma prova irrefutável de que eles eram muito mais caros do que deviam ser no passado, quando eles eram a única opção (ou você acha que eles estão tomando prejuízo agora ?). O preço do CRT caiu tanto, mas tanto, que será impossível ocorrer a substituição por esmagamento econômico (ou você consegue imaginar um monitor LCD por 250 reais sem que exista um outra tecnologia superior para substituí-lo?).

Essas contas foram um balde de gelo nos meus planos. Eu sabia que o custo inicial iria pesar na compra do LCD, mas não imaginei que pesaria tanto, até porque eu mesmo sabendo que não vivo no mundo ideal, não imaginava me deparar com esses valores. Em casa eu me enquadro nos que usam cerca de 6 horas por dia o computador (tem dias que chego a 15, mas em outros nem 1 hora, a média é de aproximadamente 6 horas). Para mim é inviável comprar o LCD se eu pensar apenas no dinheiro.

Conclusão: Esquecendo o dinheiro por um momento

Meu sonho de consumo (em termos de informática) é um monitor LCD 19". Primeiro pelo aumento do tamanho da tela (hoje eu uso um CRT de 17") e segundo pela qualidade da imagem do LCD (que é incomparável), especialmente esse último ponto me fará fazer a migração, mais cedo ou mais tarde.

Mas não só de dinheiro vive a tecnologia. A qualidade do monitor LCD é tamanha que justificaria a compra como um investimento em saúde e em qualidade de trabalho. Eu poderia enumerar as milhares de vantagens de um monitor LCD, ele vence em praticamente todos os critérios (inclusive em termos ecológico, afinal consome-se mesmo muito menos energia), exceto custo, mas isso não é o objetivo desse post.

Eu espero não ter destruído o sonho de mais ninguém com essas contas.

Thursday, June 07, 2007

Bloco de destaque no blog com Google Reader

Depois de ter lido o post do Bruno sobre a criação de um bloco de destaque para o Wordpress, eu escrevi sobre como criar um bloco de destaque no Blogger, usando apenas as ferramentas que o Blogger tem a oferecer.

Só que aí eu fui ler os feeds no Googler Reader e me lembrei de um recurso que eu até já uso nesse blog. Que é a integração entre tags públicas do Googler Reader e o Blogger [update] (bem, na verdade não é apenas com Blogger [/update]. Você pode olhar esse recurso aqui ao lado em uma seção da barra lateral intitulada "Tópicos Compartilhados". O título fui eu que selecionei, poderia ter sido Destaques.

O que pouca gente deve ter percebido é que lá Googler Reader é possível definir quais as tags eu gostaria de tornar pública (em "preferências", procure "tags"). No mesmo local tem um link, que em inglês, está assim: add a clip to your site, isso permite adicionar um script no seu blog. Existe uma facilidade para que usa o Blogger, mas poderia ser qualquer local que suporte javascript. [update]Esse última 'oração' da frase é uma daquelas coisa que a gente escreve bem intencionado, mas que não tem nada haver. O Javascript é interpretado pelo navegador, não pelo serviço, então só precisamos de um serviço que permita adicionar trechos de código no código fonte do blog/site. Bem, todo mundo faz isso, não ?[/update].

Agora, acompanha o raciocínio, eu estou lendo um determinado post (meu mesmo) e quero que ele apareça na tal tag compartilhada que eu criei para isso. Então eu só preciso marcar o post com a tag e pronto, ele está automaticamente compartilhado. E com isso incluso no blog/site ou onde quer que seja que eu tenha adicionado esse novo modo compartilhado.

E se você já não usa o "share" default do Google Reader, nem precisa se dar ao trabalho de criar um tag para isso.

As vantagens estão relacionadas a facilidade que é fazer isso funcionar e gerenciar o que você quer que seja compartilhado. É simples demais e evita você ter que dar um refresh na seu post antigo para incluir uma tag nele (como eu fiz a pouco).

Uma das desvantagens é para quem não usa o Google Reader. Aí fica mais complicado. Se você é usuário do Blogger, então você tem uma "id" Google, logo tem um Google Reader te esperando.

Mas a maior desvantagem está relacionada ao layout. Apesar de permitir diversos tipos de combinações de cores pré-estabelecidos, de permitir editar o número de itens e o título, fazer algo ficar parecido com o que o Bruno fez exige ter um domínio razoável do CSS e de ler a documentação do google que diz qual é o nome "classe" CSS que está relacionada com cada item do clip (tenho certeza de que essa existe, só não me pergunte onde).

Como criar um bloco de destaques no Blogger

Depois de ler o artigo do Bruno, "Como criar um bloco de destaques no Wordpress", eu fiquei imaginando em como fazer a mesma coisa com o Blogger.

Não existem muitas formas (que eu conheça, pelo menos) de fazer isso no Blogger, a que eu consegui imaginar usa o recurso de categorias associado com os feeds individuais de cada categoria.

Primeiro vamos entender uma coisa sobre os feeds do RSS no Blogger.
É possível ter um feed RSS para cada categoria criada, que segue o padrão abaixo considerando a categoria "exemplo":

http://jfmitre.blogspot.com/feeds/posts/default/-/exemplo

Assim, somente os artigos que tiverem a label 'exemplo' estarão disponíveis para o assinante desse feed.

Seguindo os passos:
  1. Selecione uma palavra chave para sua categoria de destaques, exemplo: "destaque"
  2. Abra o editor de templates do Blogger, e nele adicione um novo elemento a página no local que você quer que apareça os destaques.
  3. Na lista que segue, selecione o item "Feed".
  4. Preencha com o feed particular da categoria selecionada anteriormente para essa função: http://jfmitre.blogspot.com/feeds/posts/default/-/categoria seria o caso do nosso exemplo. Clique em continue.
  5. Nessa última tela selecione suas preferências para o destaque, a princípio ele selecionou o título do seu blog para o campo "Título", mude para algo como "Destaques:" Preencha as demais preferências de acordo com sua vontade.
  6. Salve, se não estive salvo.
Só para constar:
  • Nesse blog eu estou utilizando a categoria ";-)" (eu queria só um pontinho, mas não deu certo) [update]Para usar o ;-) como uma categoria é preciso correlacionar com link do feed com o código %3B-%29. Variações dessas "palavras inválidas" para urls podem ser facilmente descobertas clicando no link correspondente a mesma nas categorias do blog. Ao fazer isso, a barra de endereços vai interpretar o código para você. Aí é só copiar. [/update]
  • O feed link só vai sair dali quando ultrapassar o número de artigos que você selecionou na configuração. Se quiser manter um mesmo artigo mais velho, você precisará de editar o número de destaques ou remover algum destaque da lista. Para os meus interesses, 5 está de bom tamanho.

Saturday, June 02, 2007

Epiphany: o pequeno, mas completo

Dentre a infinidade de navegadores existentes no mundo linux, o Epiphany, também conhecido como "Gnome Web Browser"*, chama atenção pela leveza e, principalmente, por ter suporte a javascript.

Eu posso dividir os navegadores existentes em dois tipos, os grandes, pesados** e cheio de suportes e os pequenos, leves, mas sem suportar muita coisa. Eu, particularmente, uso esses dois tipos de navegadores, a primeira categoria, enquadra-se navegadores como Firefox, Opera, Konqueror, no segundo tipo temos o links, lynx e outros navegadores de modo texto. Os primeiros suportam javascript, java, extensões, plugins diversos e outras coisas que eu ainda nem sei que existe. Os do segundo tipo suportam, no máximo, figuras (links2 em modo gráfico), alguns mal suportam tipos diferenciados de formatação em HTML (por razões óbvias que deixo para outros discutir).

É nesse ponto que o Epiphany leva imensa vantagem sobre esses dois tipos de navegadores. Ele não é grande, não é pesado, mas suporta um tipo de recurso imprescindível para uma navegação atual: o javascript.

Bom, mas onde eu quero chegar? Como a maioria dos alunos de pós-graduação em áreas que envolvem computação em sistema linux, eu também possuo um conta ssh para gerenciar serviços a distância, o problema é que muitas vezes eu preciso de usar o navegador que tenha suporte a javascript, mas minha navegação é lenta demais para ter a paciência de inicializar o firefox, é aí que entra o Epiphany.

Se vive a mesma situação que eu, necessita, por algum motivo, de um navegador leve, mas não pode abrir mão do suporte a algumas tecnologias***, como o javascript, experimente o Epiphany.

Agora, você percebeu que o tempo vai se encarregar de transformar essa minha necessidade em "nada"? Haverá um dia que a minha banda de navegação será suficiente para abrir o Firefox sem qualquer problema, nesse dia eu não precisarei mais do Epiphany, até lá, ele ainda é uma ferramenta muito útil.

* Não sabia ? O Epiphany é dito como o navegador oficial do Gnome, isso é verdade na maioria das grandes distribuições, exceto o Ubuntu.
** "grande e pesado" são adjetivos relativos, um exemplo disso é que o Firefox pode ser considerado levíssimo perto do velho Mozilla Web Browser ... portanto, sem "flame war" por favor.
*** O Epiphany também suporta plugins e extensões, dentre as quais eu destacaria a Greasemonkey, mas eu nunca testei nenhum desses recursos extras.