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Sunday, October 28, 2012

Compactando arquivos no terminal do GNU/Linux

Há quase dois anos eu me dediquei a modificar uma função de descompactação de arquivos comumente encontrada na internet para uma um pouco mais geral, que me permitisse descompactar em um único comando vários arquivos e que também podem ter formatos diferentes. Você pode encontrar essa função nesse texto.

Hoje, eu criei a função inversa. A que me permite fazer compactação de arquivos sem ter que pensar muito em qual comando tenho que digitar. A função segue abaixo.
   compact() {
     if [ "$#" -ge "1" ]; then
        case "$1" in
          *.[tT][aA][rR].[bB][zZ]|*.[tT][bB][zZ])
                  local file="$1"; shift; tar jcvf "$file" "$@" ;;
          *.[tT][aA][rR].[bB][zZ]2|*.[tT][bB][zZ]2)
                   local file="$1"; shift; tar jcvf "$file" "$@" ;;
          *.[tT][aA][rR].[gG][zZ]|*.[tT][gG][zZ]) 
                   local file="$1"; shift; tar zcvf "$file" "$@" ;;
          *.[gG][tT][gG][zZ]) 
                   local file="$1"; shift; tar zcvf "$file" "$@" ;;
          *[bB][zZ]2)                           
                   shift; bzip2 -z -k "$@"  ;;
          *.[rR][aA][rR])
                    local file="$1"; shift; rar a -r "$file"  "$@" ;;
          *[gG][zZ])                           
                     shift; gzip -r "$@"  ;;
          *.[tT][aA][rR]) 
                     local file="$1"; shift; tar cvf "$file" "$@" ;;
          *.[zZ][iI][pP])
                     local file="$1"; shift; zip -r "$file" "$@" ;;
          *.7[zZ])
                     local file="$1"; shift; 7z a -r "$file" "$@" ;;
          *.[xX][zZ]) 
                     local file="$1"; shift; tar Jcvf "$file" "$@" ;;
          *)    echo "don't know how to compact '$i' ..." ;;
        esac
      else
        echo "Insufficient arguments."
      fi ; }
Novamente, para usar a função basta copiar esse texto e adicioná-la no seu ~/.bashrc O uso dessa função é bastante simples. Basta, no terminal, digitar:

compact arquivo_compactado.EXTENSÃO lista de arquivos para compactar

Onde, arquivo_compactado.EXTENSÃO é no nome do arquivo final (quando aplicável -- eu chego lá para explicar isso) seguido de sua extensão. Exemplos.: arquivo.tar.bz2, arquivo.tgz, arquivo.zip, arquivo.rar ...

 Esta regra NÃO é aplicável no caso de compactação direta no forma .gz ou .bz2. Nesse caso comando compacta o próprio arquivo no local dele, ou seja, o arquivo chamado zezinho.txt, torna-se zezinho.txt.gz ou zezinho.txt.bz2. Por esse motivo, o nome do arquivo compactado não faz sentido aqui e o comando fica sendo:

compact EXTENSÃO lista de arquivos para compactar

Onde extensão indica o tipo de compactação, nesse caso, apenas com bz2 e gz isso faz sentido.
A lista de arquivos aceita espaço no nome dos arquivos e permite recursividade emdiretórios em todos os formatos, exceto, o bzip2. Sendo que alerto que no caso da compactação com o gz isso irá criar 'n' arquivos de formato .gz e não apenas 1 único arquivo final. Se quer compactar com o .gz e ter apenas um arquivo no final, na verdade, mesmo sem saber, está querendo usar o .tar.gz. O mesmo se aplica para o caso do bzip2, mas eu não consegui fazer ele tratar recursividade em diretórios.

Limitações
Há algumas limitações. A primeira delas é que existem vários níveis de compressão, várias opções que não foram escritas. Exemplo, é possível compactar arquivos com o zip usando criptografia, basta, para isso, adicionar a opção 'e' no comando. Eu não fiz isso, logo, esse comando não permite ao usuário compactar com criptografia. Da mesma forma, os níveis de compactação estão no nível padrão para todos os formatos.

Quem já abriu a manpage de qualquer um desses programas sabe que eles fazem muito mais do que o que foi escrito acima, mas eu nunca usei nenhum das opções adicionais para compactação, assim, quando escrevi o básico, escrevi algo que funcionará muito bem para mim.

Alerto para o uso da compactação com o gzip e o bzip2. Se nunca usou esse tipo de compactação pura, antes de fazer qualquer coisa nos seus arquivos de trabalho, faça testes, verifique o resultado e procure entender o que acontece. Não use esses comandos sem entendê-los antes. 

Convite
Enquanto escrevia a função, ficava claro para mim que há muito espaço para aprimoramentos. Fiz o melhor que pude hoje, mas convido a todos que se interessarem a contribuírem com a melhoria da função.

Friday, October 26, 2012

Problemas com os comentários

Caros navegantes desse blog. Gostaria de informá-los de que há uma certa incompatibilidade de algumas extensões de firefox com o sistema de comentários do Blogger. Me parece, até o momento, que o no-script seja um dos culpados, mas não o único.

Duas pessoas já relataram ter tido problemas com os comentários. A meu pedido, uma delas me fez a gentiliza de tentar mais de uma vez e ainda me mandou os nomes de duas extensões. Em uma busca no google verifiquei que esse tipo de problema não é exatamente uma novidade, embora nada de oficial tenha sido encontrado por mim. Enfim, há um problema, estou ciente, peço desculpas por tal problema, mas não há nada que eu possa realmente fazer, além de esperar uma atualização, se é que existe um problema e não apenas e exclusivamente uma feature introduzia com as extensões.

O novo sistema de comentários do blogger depende muito do javascript e qualquer coisa que bloquei o seu funcionamento provocará pane no sistema de comentários.

Desde sempre eu adoto a política de que qualquer um pode comentar, inclusive em formato anônimo. Entretanto, hoje eu  faço a moderação para filtrar engraçadinhos que tentem, por exemplo, apenas divulgar uma página de qualidade/conteúdo duvidoso. Já tive problemas com esse tipo de engraçadinhos e por isso faço a filtragem humana daquilo que é publicado nos comentários.

Obrigado a todos pela compreensão !!!

Tuesday, October 23, 2012

Mudanças da internet

Antigamente, eu acompanhava mais de 500 fontes de notícias, hoje são menos de 50.
Antigamente, eu mantinha uma observação constante na lista de novas extensões lançadas para o meu navegador, hoje eu tenho um conjunto limitado de extensões que não modifico mais.
Antigamente, eu matinha várias redes sociais e esse blog, hoje, eu mantenho uma rede social, deixo a foto em outra, mas não frequento e mal mantenho esse blog.
Antigamente, eu sempre aderia a febre da curiosidade sobre o lançamento do último serviço revolucionário da web2.0, hoje, nesse momento, para escrever essa linha, me perguntei se ainda nascem e morrem dezenas  de serviços por dia.
Antigamente, eu achava que blogs iam durar para sempre, hoje eu tenho minhas dúvidas, acredito que sempre vá haver alguma coisa, mas o blog clássico é cada vez mais raro.

Já achei que vídeos na internet eram algo passageiro e que stream de filmes era um sonho.

Eu vi o tempo que o homem usava HD de 500 MB e que apenas quem tinha muito dinheiro comprava algo maior, hoje eu estou decidindo quantos terabytes (1TB ~ 1 milhão de MB) eu quero na minha máquina. Nesse mesmo tempo, eu usei o serviço de hospedagem na nuvem da época (o termo ainda não existia) que oferecia inacreditáveis 20 MB para os arquivos e a grande dúvida de como selecionar os serviços de e-mail era se ele teria 1 ou 2MB de espaço, hoje o meu dropbox tem 126 GB e o meu e-mail tem cerca de 10 GB de espaço total e eu uso 40 % desse espaço (~ 4 GB), mais o maior HD de antigamente (para quem não sabe, houve um tempo que HDs tinham 500MB, 2GB e 4GB, só muito tempo depois é que apareceu os maiores HD - acho, que de 20GB - e o tamanho cresceu muito rápido depois disso ! ).

Eu vi o javascript ser inventado, o CSS encantar os olhos (e ainda encanta), eu vi o Netscape dominar o mercado e afundar para renascer como Firefox. Eu vi as páginas estáticas de texto puro, o flash mudar as regras do jogo, o java ser a grande promessa. Eu me lembro do som do meu modem de conexão discada e comemorei muito cada vez que navegava a 4 KB/s.

Eu vi as pessoas usando gerenciadores de download cuja as maiores funções eram continuar o download daqueles arquivos enormes de 4 MB quando o download era interrompido e gerenciar a conexão para fazer o download durante a madrugada pagando pulso único na empresa de telefonia local.

Eu comprei muitos CDs em banca de jornal com programas de todos os tipos porque baixar esses programas era inviável via internet e me lembro da grande sacada de marketing: "São 36 horas de downloads para você, em CD", quanto espaço tinha um CD ? 650 MB, mais quem sabia disso ? O importante era o tempo que eu economizava de download (confesso que não me lembro do tempo exato que havia nessas propagandas, 36 horas é apenas um exemplo).

Eu já abri página de internet e desconectei-me para ler a página de internet e voltar a conectar-me quando queria outra página durante o dia de semana, quando o preço único não valia e o pulso durava 4 minutos (alguém duvida que eu pensava nisso ?). Hoje eu navego a 5 Mbps (~ 650 KB/s).

São 15 anos de mudanças que eu testemunhei pessoalmente !!! Todo mundo tem sua história, tem sua cena marcante de quando a internet era diferente. Se desejar, compartilhe também sua memória nos comentários.

Sunday, October 14, 2012

Atualizando arquivos de configuração do Arch Linux

Depois do meu último tópico, fiquei com aquela sensação de quem está deixando o tempo passar demais para começar a modificar os meus arquivos de configuração do Arch Linux.

Enfim, resolvi fazer isso apenas para poder enfrentar melhor as atualizações que estão vindo aí.

O grande desafio é não usar mais o /etc/rc.conf como forma centralizada de gerenciamento de tudo.

Assim, todas as seções foram migradas. Algumas coisas que eu vou escrever abaixo só são válidas porque eu tenho uma instalação antiga e nunca fiz nenhuma atualização de arquivos de configuração até a data de hoje (exceto o pacman, que me obrigou em sua última grande modificação para inclusão das chaves de autenticação ! Mas isso não está em foco aqui !)

/etc/vconsole.conf

Nsse arquivo ficou com as configurações de fontes para o terminal. Mas até onde eu sei, falo aqui da tela preta, aquela que quase nenhum novato já viu e que pode ser acessada por um "ctrl+alt+F1" (no Arch Linux "ctrl+alt+F7" para retornar. Na maioria das outras distribuições use "ctrl+alt+F8". Se der problemas teste todos as teclas funcionais, de F1 até F12. Em algum lugar está !)
No meu caso esse arquivo tem apenas duas linhas. Uma definindo o teclado e a outra habilitando as cores.

KEYMAP="br-abnt2"
USECOLOR="yes"

/etc/hostname

Ao contrário de todas as outras distribuições, no Arch Linux esse arquivo não existia até eu ter criado ele.
Ele tem apenas um nome. O nome da minha máquina.

Depois disso é conveniente e sábio modificar o /etc/hosts também. Mas isso eu já tinha feito por outros motivos (há certos aplicativos que necessitam a configuração do /etc/hosts apresente nome de domínio no 127.0.0.1)

/etc/adjtime 

Simplesmente é a configuração que me deu mais trabalho.

O que eu faço é usar o comando hwclock para acertar o horário da bios manualmente e depois atualizo o horário da máquina usando o mesmo comando com a opção --hctosys.

hwclock --set --date="YYYY-MM-DD hh:mm:ss"
hwclock --hctosys

Ao contrário de todas as recomendações eu uso a opção localtime e não utc nas minhas configurações, assim, para escrever o horário em /etc/adjtime eu uso

hwclock -w --localtime

E por que eu faço isso contra todas as recomendações ? Porque eu não quis acessar a BIOS e dizer a ela que o horário que ela está mostrando é utc. Com sobreposições de informações, o meu relógio na barra de tarefas me mostra -6 horas em relação ao UTC e isso, claro, não é legal. Não seria fácil seria modificar a tal opção da BIOS e deixar tudo como é recomendado ? Sim, seria. Quando se tem um teclado que funciona direito. O meu teclado, não me pergunte o porquê, funciona apenas depois que o sistema operacional carrega. Pelo tempo de uso desse teclado, vale mais apena comprar outro do que resolver problemas. Pois é... estou a mais de um ano para fazer isso. Enquanto ele não quebra de vez ou sei-lá-o-que acontece eu não vou me mexer para gastar essa grana (comprando um teclado bom !).

O trabalho que me deu foi justamente como fazer o horário funcionar adequadamente considerando os defeitos físicos. Trabalho esse que não existia antes porque eu já tinha a configuração ajustada quando eu tinha acesso a BIOS... enfim.

[updade] Note que isso é uma hipótese de problema. Talvez o problema seja alguma outra coisa. Fato é que configurar hora é para ser uma das atividades mais simples do sistema. Portanto, o problema que há, seja qual for, é meu e não do OS. [updade]

Ah ! Eu uso o time.is para verificar o horário exato.
Configurando dessa forma eu não consigo precisão absoluta, estou 3,6 segundos atrasados.

Para resolver esse "problema" você pode se dedicar a aprender a instalar e configuração de um cliente NTP. Qualquer dia eu faço isso...

/etc/localtime

Apesar de até hoje ele não ser obrigatório, era um arquivo que já estava em uso. O motivo é que ele é um link simbólico (no meu caso, pelo menos, não quis duplicar o arquivo) para o /usr/share/zoneinfo/America/Sao_Paulo que é onde eu digo para o sistema onde eu estou.

Essa configuração já estava feita porquê eu, assim como muitos brasileiros, temos horário de verão e todos devem saber o quanto esse arquivo nos ajuda ...

Configuração dos módulos

Particularmente, antigamente eu bloqueava uma das minhas placas de rede (eu tenho duas) então eu tinha um seção no rc.conf no array de módulos que bloqueava o "via_rhine".

Desfiz isso, mas a utilização do /etc/modprobe/modproble.conf e do /etc/modulos-load.d/ é bem simples. Não precisei, mas não vejo grande problemas hoje.

Ah ! Hoje, o carregamento automático de módulos está mais fluido do que quando eu instalei o Arch Linux e, por exemplo, era obrigado carregar os módulos de VirtualBox manualmente ou via arquivos de configuração no boot para usar o programa. Hoje isso não é mais necessário. ;)

Configuração de rede

A segunda mais antiga modificação do arquivo /etc/rc.conf desde que eu passei a usar o Arch Linux e que mais gerou arquivos de alerta pela minha máquina.

Vou ser franco, gosto muito do modo antigo de fazer as coisas, mas a evolução veio e eu acabei modificando também a configuração de rede hoje instalando e configurando o netcfg e, para fazer um bom gerenciamento das coisas, também instalei o ifplugd. A configuração é bem simples também, está na internet.

Eu não gosto muito dessa modificação, por isso não mudei antes. A antiga era muito mais simples e eu não precisava de dois programas adicionais. Ok. Agora é melhor, mas antes também funcionava.

Conclusão

Demorei 3 vezes mais tempo para escrever esse artigo do que para fazer as modificações. O comandos "man archlinux" e "man rc.conf", bem como a internet (os links que eu usei estão nos respectivos tópicos) podem ser úteis para sanar outras dúvidas.

O futuro promete liquidar a última e única linha que há no meu /etc/rc.conf, o DAEMONS. Pelo que li (não me lembro mais onde) as novas instalações já vão usar o systemd.

O ponto positivo é que eu não tenho mais nenhuma mensagem durante o boot escrita em letras vermelhas me alertando sobre as recomendações de atualização do arquivo de configuração. :D

Thursday, October 11, 2012

O verdadeiro problema de usar o ArchLinux

Hoje eu descobri o meu maior problema de usar o ArchLinux desde o instalei em 2009, há mais de três anos atrás.

E o "problema" (note as aspas) é que eu não tenho mais problemas... Sim, o sistema é tão estável, mas tão estável, que eu fui esquecendo como resolver problemas, onde estão aqueles arquivos de configuração. Como é ter que ficar horas e horas na internet procurando soluções para aqueles bugs incômodos. É impressionante.

Sim, eu já tive problemas com o ArchLinux. Nesses três anos, foram 2 problemas. Um deles, não era problema, mas uma mudança da característica do cryptsetup que não aceitava mais funcionar via sudo. Tem algumas ações de usuário a serem feitas aqui que resolvem isso facilmente, mas não havia mais necessidade, o programa evoluiu o problemas eram os meus scripts que não evoluíram junto. O outro problema era porque eu tenho muitos programas instalados e recentemente quando houve a mudança das bibliotecas de /lib para /usr/lib eu tive que identificar certos programas instalados (todos do aur) para conseguir migrar o diretório sem problemas. Como pode ver, nenhum desses dois problemas foram problemas de verdade.

Brincadeiras e ironias a parte, a minha maior dificuldade com o ArchLinux está em fazer programas que possuem código com um desenvolvimento muito lento compilarem nas versões mais recentes do GCC. Quase sempre eu tenho que modificar alguma coisa nas opções do Makefile, ou modificar alguma declaração de variável que não fazia sentido antes, mas o GCC não reclamava. Lembro-me até de ter achado um erro de declaração de variáveis em um programa escrito por mim mesmo quando mudei a versão do GCC. Mas se isso é um problema, que venham muito problemas como esse, que ajudam a desenvolver códigos melhor escritos e mais estáveis.

É a evolução e o ArchLinux não costuma esperar por aqueles programas que não querem evoluir na mesma velocidade. Tudo que ele faz é seguir sua própria evolução mas sem abrir mão da estabilidade que me permite dizer o que digo acima. Fui esquecendo de como fazer certas coisas porque não tive que ficar o tempo todo resolvendo problemas e me obrigando a relembrar onde e quais são os arquivos de configuração para isso ou aquilo.

Eu posso dar um exemplo bem simples para isso. Desde de que instalei o ArchLinux eu nunca mais, mas nunca mais mesmo tive qualquer problema com a configuração da minha placa de vídeo, ou seja, eu uso os mesmos arquivos que criei em 2009 quando instalei o sistema e fiz questão de usar o xorg.conf e hoje eu nem sei se eu precisaria de usar o xorg.conf. Estou quase certo que não preciso ! Mas o que quero dizer é que eu não sei como resolver problemas de configuração nas novas versões do servidor gráfico. Eu também não tive mais problemas com teclado, configuração do sistema de som, rede ou qualquer outra coisa do gênero. Tudo ainda roda usando os mesmo scripts de configuração que tenho desde de 2009 e apesar das profundas modificações que o ArchLinux vem implementando recentemente na sua estrutura de arquivos de configuração (especialmente a já não tão recente modificação da configuração de rede), eu não tive problemas...

Sim, meus caros, esse texto está carregado de ironias, mas é com grande satisfação que acordei para essa constatação na data de hoje e quis dividir essa minha alegria e as observações que fiz com todos. É muito bom usar um sistema hiper-atual, com mais recentes versões de programas estáveis possíveis e ainda ter tal estabilidade, com um gasto quase nulo de tempo sendo usado no gerenciamento de crises.

Meus parabéns a todos que fazem essa distribuição ser o que é e me permitem usar o computador como eu gostaria de usar. Obrigado.

PS.: tanto tempo sem escrever me enferrujou um pouco. Já corrigi um monte de problemas no texto desde que publiquei. Se encontrarem algum absurdo como "problema instalado" escrito no texto (coisa que já corrigi), favor, me avise :D

Tuesday, June 12, 2012

O que dizer ?

Já ouviu falar em crise de criatividade ? Eu sempre digo que quando há crise de criatividade é porque estamos perdendo uma boa oportunidade de escrever e ser criativo falando sobre essa crise.

Bom, é uma realidade que esse blog está passando por uma crise de identidade (ou de funcionalidade). Está passando por uma crise de falta do que dizer (ou seria criatividade). Existem notícias ? Sim. Existem muitas.

Abra o meu facebook e verá uma penca delas, como o lançamento oficial do IPv6 (que já aconteceu !), um manual do libreoffice ou o algoritmo criado no MIT para detectar sorrisos falsos que eu aposto que vai dar muito que falar. Eu cheguei a pensar em escrever sobre o meu Nook Simple Touch, mas uma simples busca no Google lhe trará inúmeros reviews e vídeos interessantes. Podia falar sobre como está mais fácil fazer links abrirem na nova aba quando escrevo no Blogger, mas isso além de notícia curta, já está velha.

Assim, a questão é o que dizer ? Dizer o mesmo que todo mundo diz ? Replicar a notícias no seu próprio blog e acrescentar um nota de uma única linha ? Simplesmente dar a notícias (há quem exista para fazer esse serviço, mas esse blog nunca teve esse perfil) ou fazer o que os outros já fizeram ? Enfim, o que dizer ?

Acredito que quando não se tem algo muito relevante a dizer, é melhor ficar calado. Hoje, o fenômeno das redes sociais, o Facebook, para ser bem preciso, está "matando" o meu blog. E para constar, a culpa é minha mesmo, eu mesmo estou fazendo isso com o blog. Se eu não usasse Facebook, aquilo que eu escrevo por lá viraria tópicos mais incrementados aqui. Assim volto a dizer, a escolha é minha mesmo. Eu já disse isso por aqui, mas antes era uma suspeita baseado no comportamento de terceiros, agora é uma afirmativa, baseado no meu comportamento.

No passado, eu tive vários hiatos de publicação provocados por falta de tempo. Hoje, eu tenho tempo. Ainda uso o Linux (mas o problemas, fonte de inúmeros tópicos, desapareceram - está ficando muito simples usar o Linux), ainda enfrento desafios computacionais (quase todos muito específicos e por isso ainda são desafios), ainda leio notícias na web (com menos frequencia) ainda testo novidades (cada vez menos interessantes) e ainda uso RSS (cada vez menos, o que, na minha opinião, é bom). Assim, a publicação desse blog vai ficando cada vez mais esparsa, por falta do que dizer (ou será de vontade para procurar o que dizer ? Pode ser isso, mas no fundo, a consequência é a mesma.).

O resumo é o seguinte. Eu não vou fechar o blog. Nem hoje, nem enquanto eu tiver condições de mantê-lo. Não faz sentido fechar o blog. Mas também não vou ficar escrevendo desculpas ou dando satisfação a cada 3 meses. Também não faz mais sentido fazer isso. Acaba aqui. Afinal, ondas vem, ondas vão. E hoje, a onda é de maré baixa nas publicações e de uso de Facebook como forma de comunicação curta. Quem sabe se não vem uma onda diferente por aí, lá na frente e tudo mude, novamente.

Monday, March 26, 2012

Algumas mudanças...

Algumas mudanças se fazem necessárias na minha vida e algumas dessas modificações afeta boa parte dos meus amigos digitais. Meu tempo fora da rede está cada vez mais precioso e eu escolhi cortar algumas coisas da minha vida digital.

Eis as ações:
  1. Estou relegando o Google+ ao segundo plano. Já acreditei mais, mas desacreditei depois. Minha conta no Google+ vai continuar existindo porque ele e os demais produtos do Google são muito íntimos. Ainda devo publicar por lá, mas isso acontecerá apenas porque o Google Reader compartilha artigos rapidamente no Google+. O que eu não vou mais fazer é abrir o Google+ para ler o que vocês, mesmo caros colegas digitais, estão publicando por lá. Exceto se você chamar a minha atenção colocando o meu nome no comentário ou no texto. Vou assumir que isso seria um e-mail público.
  2. Já deletei a conta do Twitter. Isso já é coisa do passado.
  3. O Facebook vai ser a única rede social que eu tenho intenção de visitar. Mas o meu volume de participação nela vai diminuir, significativamente.
  4. O LinkedIn ainda vai existir, nos mesmo moldes de hoje. Ou seja, acesso lá quando alguém de lá chama minha atenção. Fora isso, é um mural que eu raramente acesso !
  5. No Google Reader, hoje, tenho 34 fontes de notícias. Para quem já teve mais de 1000, isso é realmente muito pouco. Assim, acompanhando poucas coisas, vou ter poucas coisas para compartilhar, logo, isso afeta quem me acompanha pelas redes sociais.
É isso...

Se querem saber porque fiz isso, é simples, resolvi colocar em práticas mais algumas coisas do ZTD, o que convergiu com minha vontade de fazer o meu dia render mais e mais a cada dia...

Monday, March 12, 2012

Custo da versão digital versus versão impressa

Estava lendo uma reportagem na Info quando tive a curiosidade de clicar no que eu achei ser a divulgação da revista na banca, mas na verdade era uma propaganda para assinatura. Bom, fiquei curioso, porque vi que há uma versão digital sendo comercializada.

Enfim veja o printscreen tirado da tela na data de hoje.




Alguém me explica a lógica ?

A versão "Impressa e Digital" saí por 1 ano (12 meses) com um adicional de 6 meses grátis por 10 parcelas de R$ 16,42 (pode clicar na imagem para ampliar, caso seja preciso) enquanto a versão puramente digital pode ser assinada por um período de 18 meses ao custo de 10 parcelas de R$ 20,33. Se minhas contas não estiverem errada, é aproximadamente 23,8 % mais caro comprar apenas a versão digital. O mesmo "problema" é observado na assinatura de 3 anos, o custo adicional da assinatura apenas digital é de 17 % aproximadamente.

Sabe, eu entendo que existem custos na versão digital. Que deve haver um modelo de distribuição, etc e tal, mas não tem cabimento que a versão digital seja mais caro que o combinado da versão digital com a versão impressa.

Eu deixei de comprar a Info quando o espaço para guardar aquele trambolho (a edição tinhas dezenas de páginas) acabou e o trabalho que deu para jogar tudo fora foi grande.

Se eu tivesse a oportunidade de comprar a versão online ao custo de pelo menos 50 % do valor da versão em papel, ia para lista de coisas a fazer logo. Eu estou sendo otimista demais ? Estou, mas não preciso ser tão otimista. Só o fato de eu não ter que carregar a revista, não ter que guardá-la ou jogá-la fora já me seria um bônus. O que não dá é que eu tenha que pagar MAIS para acessar a revista no modo online. Eu sinto como se esse custo adicional fosse o custo do lixeiro, ou seja, do trabalho que eles mesmo têm de jogar a contraparte em papel fora... Se bem que do jeito que essa revista tinha papel, dá para ganhar uns centavos vendendo para reciclagem...

Sunday, March 04, 2012

idhardware: detectando o hardware no GNU/Linux

Depois de mais ou menos 2 anos e meio cozinhando esse script eu libero o "idhardware" (utilize o salvar como clicando no link com o botão direito). [update] Atualizei o arquivo para incluir a licença (GPL 3 ou superior). [/update]

Esse script executa uma série de comandos que permite identificar quase tudo que há no seu computador. Da versão da BIOS as últimas mensagens do log. Entre os programas executados temos o lshw, dmidecode, lspci, lsusb, hdparm, free, ifconfig, netstat, route, iptables, lsmod, dmesg. Além disso, vários arquivos são verificados, tais como /etc/fstab, /etc/mtab, /proc/meminfo, /etc/resolv.conf, entre outros.

O programa não vai dar erro se um aplicativo não existir nessa máquina, apenas vai incluir no output a informação "aplicativo não encontrado"

Para melhor uso e portabilidade eu não quis integrar o comando sudo ao script, mas muitos dos comandos requerem permissões administrativas.  A saída está direcionada para a tela, porém a melhor forma é direcioná-la para um arquivo. Para dizer a verdade, considerando que é quase impossível ler o que está na tela caso tudo seja jogado no terminal, a única forma interessante de usar o arquivo é direcionando a saída para um arquivo.

Ou seja, eu sugiro que como root execute:
idhardware >relatorio.txt


Se preferir, utilize o sudo
sudo idhardware > relatorio.txt
nesse caso, alguns ajustes podem ser feitos, por exemplo, colocando o caminho completo da localização do arquivo, tipo:
sudo /caminho/para/o/local/de/idhardware > relatorio.txt


Antes de usar o script é necessário torná-lo executável digitando no terminal, no diretório onde está seu script, o comando " chmod +x idhardware " ou pelo seu programa gráfico favorito.


Tradicionalmente, um script desses irá ser alocado em "/usr/local/bin" ou no seu diretório binário pessoal "~/bin" a escolha é sua. Mas caso o caminho selecionado não seja reconhecido pelo comando sudo (ou pelo root) será necessário incluir o caminho completo para a execução do script.

Bom uso.

Monday, February 20, 2012

Quais são as informações realmente importantes ?

Estou aproveitando esse carnaval para processar e organizar coisas e listas. Organizar o quarto, colocar ordem no meu computador, nas listas, nas dicas que guardo comigo, processar os mais de 300 itens do Read It Later, e por aí vai.

Para tanto decidi voltar a usar o Dokuwiki. Instalei ele no meu próprio servidor, mas dentro de um diretório que está no dropbox, resumindo, tenho a pretensão de usar o meu wiki de qualquer máquina que eu tenha um posto de trabalho com GNU/Linux e a combinação Apache+PHP (a rigor, um servidor web e o suporte ao php, não precisa ser o Apache !).

O que me levou a escrever esse tópico foi um ato consequente. Ao longo do tempo eu colecionei várias dicas em formato ODT e PDF. Eis que agora vou migrando essas informações para o Dokuwiki e vejo que a cada 10 (Dez) arquivos um ou dois estão sendo aproveitados. Os demais ? Lixo.

Também, como disse, estou processando links do Read It Later. Desde antes do fim de 2011 não processava a lista. E nele a sangria é ainda mais assustador. Nem tenho como relatar a quantidade, mas é um tal de "porque marquei isso mesmo ?", "porque eu quis essa dica ?", "tá, legal, mas o que eu faço com isso agora ?", etc.

Na organização física do quarto as observações se mantém.

Então eu me perguntei: "Quais são as informações realmente importantes ?"

Há uma quantidade grande de informações que depois de algum tempo deixa de ser interessante. Da mesma forma que notícias de jornais, que muitas vezes lemos agora e esquecemos depois e nada daquilo aproveitamos ou aplicamos em nossa vida.

E aquelas informações que eu quero manter ?
  • Referências de tabelas e dados com os quais trabalhamos todos os dias. 
  • Informações, referências (bibliografias ou bookmarks), registros, manuais, notas de garantia, comprovantes necessários, listas de livros, DVDs, contatos, etc a serem lidos/estudados/preservados/dados/passados adiante (e, preferencialmente, com um encaminhamento nessas ações), etc
  • Dicas que posso converter em ações para melhorar qualquer um dos meus projetos, inclusive os de natureza pessoal. Mas nesse caso, estou resumindo informações contida nos textos para melhor organizar tudo.
  • Ideias.
  • Arquivo mantido por questões históricas ou pessoais, ou seja, documentos que são tão relevantes quanto um livro que eu queira manter.

Tuesday, January 24, 2012

Redes sociais

Tem algum tempo que escrevi sobre minha organização em redes sociais e prometi que detalharia melhor o assunto. Porém, o tempo passou e nada mais pode ser levado em consideração.

Isso prova uma coisa, que eu já deveria saber desde aquela época: as redes sociais são muito dinâmicas. Quer deixar para falar alguma coisa depois ? Não faça isso, ou fale ou não fale, não diga que falará, porque se não tiver tempo nada dirá, o que tinha a dizer não mais será útil e não poderá fazer nada.

Atualmente, sou registrado em um número desconhecido de redes e/ou pontos de interação social, mas foco em apenas duas: Facebook e o Google+ (Google Plus).

Sobre as redes sociais, alguns pontos são notáveis:
  1. Quanto maior o meu envolvimento com redes sociais, menor é a quantidade de coisas que escrevo no blog. Motivo simples: se tenho apenas um comentário a fazer, isso vai para rede social. Os tópicos tendem a ficar mais longos (como se no meu caso isso fosse bom ! Os tópicos aqui já eram longos demais) e detalhados. A dinâmica do dia-a-dia vai para a rede social.
  2. Redes sociais funcionam tão bem quanto a sua capacidade de encontrar bons amigos. Se não gosta de jogos e todos os seus amigos online somente fala disso, pouco ou nada terá a compartilhar e dialogar. Na verdade, isso é muito desagradável.
  3. Redes sociais apresentam grupos temáticos bem distintos: pessoas que você conhece na vida real e ainda tem contato e pessoas que você conhece mais pertencem ao passado, contatos formados pela rede devido a interesses profissionais ou sociais ou hobbies.
  4. Nada do que disse acima é novidade para quem gosta de tecnologia, mas as redes sociais não são formadas apenas por quem gosta de tecnologias. Há todo tipo de pessoa e muitas não sabem disso. A maior parte dos usuários não sabem usar o básico do gerenciamento das redes sociais. O resultado não é bom.
  5. Com a experiência que adquiri concluí que as redes sociais estão matando os blogs. A dificuldade com que eu mesmo escrevo aqui é só um exemplo, mas houve uma época, tal qual em 2005, que não havia redes sociais como hoje. Quem queria comentar uma notícia, fazia em seu blog ou no blog que tinha escrito a notícias primeiro. Enfim, os tempos mudaram, os blogs tradicionais sobreviventes publicam cada vez menos. Os blogs profissionais que sobreviveram estão cada vez mais polarizados. Ainda há boas coisas. Não duvide. Os blogs como termo não vão morrer. Mas você se lembra de como eram os blogs quando eles nasceram ? Eram diários que contavam a vida de um indivíduo. Isso não existe mais (há um pouco, mas apenas um pouco, que ainda faz isso). O termo blog ainda existe, mas o blog como ele nasceu não. Da mesma forma o blog que eu conheci entre os anos de 2005-2009 vai deixar de existir e blog vai ser alguma coisa diferente (que já existe) mas que vai levar o mesmo nome. Os blogs dos dias de hoje são revistas eletrônicas. São até convidados a participar de eventos como a imprensa "oficial". O que eu posso dizer ? Meus parabéns. Continuem assim. Siga em frente. Mas os blogs de hoje são diferentes dos blogs de ontem. E tudo isso só prova o que disse.
Esse blog, como tantos outros, não vai morrer tão cedo. Mas, assim como muitos, vai ter cada vez menor frequência de publicação. Pode haver exceções, mas contra fatos não há argumentos que se sustentem.