Pages

Saturday, July 14, 2007

Modificações na Língua Portuguesa

Muita gente já deve ter ouvido falar que vem por aí algumas modificações na escrita em língua portuguesa. Eu tinha recebido um e-mail na universidade que informava sobre o assunto. Depois eu vi o mesmo sendo divulgado na TV.

Bom, quer saber o que vai mudar ? Veja esse link.

Dizem que aqui no Brasil apenas 0,45% das palavras vão sofrer modificações e em Portugal serão 1,6% das palavras. Sinceramente, depois de ler a lista de modificações eu tenho dúvidas se eu vou poder dizer que sei escrever. A única modificação que eu absorvi plenamente é a eliminação da trema.

A idéia pode até ser boa, ou melhor, a ideia pode até ser boa. Resta saber como a população vai absorver essas modificações. Mas sabe de quem eu realmente tenho pena ? Dos alunos que vão prestar vestibular no ano da modificação.

O que eu realmente não entendi é como ratificação das modificações por 3 países influência em 8 países. Bom, deixa pra lá.

Vale lembrar que não é a primeira vez que a língua portuguesa escrita sofre com modificações formais (no Brasil pelo menos). No tempo dos nossos avós (dos meus, pelo menos), farmácia era pharmácia, as modificações aconteceram e ninguém morreu por não conseguir encontrar o local que vendia o remédio.

Friday, July 13, 2007

Redirecionando o feed para o feedburner

A partir de ontem eu aderi ao Feedburner de forma mais efetiva. O feed agora é : http://feeds.feedburner.com/jfmitre. Bom, eu já tinha esse feed no feedburner configurado, eu só não o divulgava, deixava como uma opção oculta no blog. Você não precisa fazer "nada", mesmo quem ainda assina o velho atom.xml do velho blogger deve(ria) receber os tópicos da mesma forma de sempre. Trata-se do novo recurso de redirecionamento de feed inserido no Blogger recentemente.

Para fazer a mesma coisa que eu, no painel de configuração, temos (na versão em inglês): Settings > Site Feed, em Post Feed Redirect URL preencha o campo com o nome do feed no feedburner (ou outro serviço, trata-se apenas de um redirecionador). Quando alguém abrir o endereço antigo ele será redirecionado ao já existente feed no feedburner.

Do início do redirecionamento pra cá o meu número de assinantes "tem crescido", na verdade, e os tenho descoberto. A atualização "numérica" é lenta e eu acho que a transição ainda não foi completada, mas os números são extremamente interessantes.

Agora, eu estou um pouco preocupado com o efeito desse redirecionamento. E já que esse é o primeiro post feito sob essa nova estrutura, eu ficaria muito feliz se me informassem eventuais problemas.

De ante mão eu sei que pode haver um problema de posts duplicados no bloglines, esse problema era muito comum e foi um dos motivos que me fizeram sair do bloglines. Ele pode já ter sido corrigido, de qualquer forma, se tiver esse problema, existe uma forma de contornar isso, que pelo menos nesse blog, não trará problemas. Nas configurações do feed, na opção, "Updated Items", selecione "Ignore". Isso impedirá que você veja posts atualizados como se fossem novos (aqueles que eu publiquei de depois de um tempo eu editei), mas também impedirá o tal problema de acontecer.

Eu usava muito essa questão de atualizar um texto já escrito. Devo evitar isso ao máximo a partir de agora, me limitando a correções necessárias. Assim os meus leitores via Bloglines (e sim, eles existem) não perderão nada e poderão contornar com eficiência o problema caso ele ainda exista.

Monday, July 09, 2007

Uma temporada no Gnome: algumas dicas depois...

Algum tempo depois de eu ter relatado aqui minha experiência inicial com o Gnome, eu volto a escrever o que aconteceu depois disso, especialmente devido a algumas dicas que obtive dos pessoal nos comentários.

Vou inverter um pouco a ordem cronológica, e começar com os plugins para o Gedit. Eu havia instalado o pacote "gedit-plugins", mas não tinha percebido que esse pacote não habilitava automaticamente os plugins que eu tinha instalado. Ao fazer isso, eu sou obrigado a reconhecer que o Gedit supera o Kate em muitos aspectos. Mas o principal diferencial do Gedit sobre o kate não está nos plugins, mas sim, na capacidade de reconhecer a codificação do texto que acabamos de abrir.

Mas voltando aos plugins, eu confesso que menosprezei os plugins do Gedit. Tanto que quando o Leonardo indicou um plugin para LaTeX em um comentário do texto anterior, eu cheguei a comentar que achava muito difícil que um plugin conseguisse fazer o que uma suite tão completa quanto o Kile era capaz de fazer. De fato esse plugin não faz tudo que o Kile faz, mas quase chega lá. Ele adiciona quase tudo que eu gostaria de ver em um editor LaTex. Ajuda com os comandos (a lista é até mais completa que a do Kile), com estrutura de documentos, inserção de figuras e letras e uma região de "macros" que na prática permite inserir pedaços de código personalizado no documento. É realmente um plugin extraordinário, chega a ser covardia chamar o plugin de plugin. Nunca vi um plugin tão sofisticado.

Por umas e outras, eu recomendo instalar a versão em desenvolvimento. É fato de que ela tem bugs (é a de desenvolvimento), mas a estável também tem e a de desenvolvimento não fica muito atrás na estabilidade e muito a frente da usuabilidade. Um problema por outro não faz tanta diferença, mas o lucro na troca é grande.

Dos recursos, o que falta nesse plugin (pelo menos em relação a versão desenvolvimento) é o gerenciamento de projetos. Para quem escreve projetos com dezenas de arquivos tex e outras centenas de imagens, a falta desse recurso pode ser um problema.

Se eu não troquei o Kile pelo Gedit, é por três motivos: mero hábito, já que alguns recursos se apresentam de forma diferente. Por causa da produtividade, mudar não é tão rápido, mas para quem ainda não escolheu um editor esse plugin consegue suprir as necessidades de edição e é uma boa escolha. E, por incrível que possa parecer, devido a um plugin que integra LaTeX no Eclipse (escrevo sobre essa história outro dia). Não se esqueça de ler as "dependências" e os "problemas conhecidos" para permitir que você use todo o poder que esse plugin permite.

De qualquer forma, para textos simples, curtos (20 páginas) e baseados em um único arquivo .tex, eu já estou escrevendo usando o "Gedit"+"LaTeX Plugin", inclusive em casa, onde uso KDE. Para pequenos projetos ele é muito mais eficiente.

Eu sugiro uma boa olhada na página de plugins para o Gedit. Existe muita coisa interessante.

Já o Gabriel deu a dica que resolveu todos os meus problemas iniciais. Colocar atalho de teclado além do trivial "Sistema > Preferências > Atalhos de teclado". Particularmente eu achei a solução pouco intuitiva. Quero dizer, primeiro você edita o keybinding-commands para dizer quem você quer chamar, depois você edita as chaves em global-keybinding vinculando a cada edição feita em keybinding-commands. Tudo bem que não é nenhum absurdo, mas o o Gnome não têm a simplicidade como marca fundamental ? Onde ela foi parar com isso ? De qualquer forma essa dica foi ouro e me permitiu configurar tudo que eu queria.

Um dos problemas que ainda persistem é sobre a questão do Nautilus. Eu olhei todos os gerenciadores de arquivo do "Freshmeat.net" e outros repositórios de softwares, como o "Gnome-Files". De todos que eu vi, apenas um chamou a minha atenção de forma positiva: PCMan File Manager (apt-get install pcmanfm). Se você olhar rápido vai confundir com o Nautilus. Bem, não é o Nautilus, o que significa que os scripts para Nautilus (e os Nautilus-actions) não vão funcionar. E se é possível, ao menos eu ainda não descobri como fazer isso.

O PCMan File Manager não possuí o recurso de dividir a janela em duas (por isso não é a solução exata que eu procurava), mas ele permite navegar com abas. Isso é quase (literalmente) a solução. Se não é ideal, é pelo menos melhor do que o Nautilus, desde que você não queira usar os scripts para Nautilus. Particularmente, eu posso viver sem esses scripts, e prefiro perdê-los a perder navegabilidade (do meu ponto de vista, claro !). Aliás, visto que eu buscava uma solução alternativa para o Nautilus desde que comecei a usar o Gnome, abandonar esses scripts não é tão doloroso assim.

Por outro lado, o Gnome nasceu para usar o Nautilus, portanto não sei se é inteligente "se livrar" do Nautilus completamente (nem sei se é possível), portanto, não pude deixar de ler a também dica do Gabriel, sobre o Nautilus-Actions. Aliás, é até curioso, porque eu tinha instalado o Nautilus-Actions tão logo instalei o Gnome, mas não tinha percebido que era preciso instalar algum script para ter alguma coisa. Eu sei que parece idiota - e até é - mas para mim não parecia trivial baixar apenas um "gerenciador de scripts", para mim vinha algum script junto (nem que fosse um "Olá, Mundo!").

Oras, eu não devo escrever novamente sobre minha saga com o Gnome do ponto de vista de um novo desafio. E isso porque de todos contratempos pessoais (olhando agora, "problema" fica muito forte nessa frase) que descrevi, o único que não foi resolvido completamente a meu gosto foi sobre o gerenciador de arquivos. E isso não é um problema. Especialmente depois de ter descoberto o PCMan File Manager.

Aproveito para agradecimento especial ao Gabriel e ao Leonardo pelas suas valiosas dicas. Vocês não tem idéia de como elas foram úteis.

Minha relação com o Gnome está melhor do que eu suponha que seria quando comecei a usá-lo. E isso vai inserir uma séria pergunta para a próxima instalação de linux em casa: Gnome ou KDE ? O que outrora era uma resposta pronta na ponta da língua, agora já não vai mais ser uma escolha fácil. Felizmente eu tenho até outubro para decidir.

Friday, July 06, 2007

Contornando o problema de mensagens marcadas incorretamente como spam no Gmail

Recentemente o Gmail tem marcado como spam muitas mensagens válidas. Isso, normalmente gera problemas, apesar de que esse erro tem se concentrado em e-mails de listas de discussão.

Aí você vai até o tal e-mail perdido, marca como "não é spam" e isso não resolve muito, porque outro e-mail (as vezes do mesmo autor) acabam retornando a caixa de spam. O problema todo está no fato de que o Gmail deveria adicionar o remetente a sua lista de contatos quando você marcasse um e-mail como "não é spam". Bem, comigo ele não tem feito isso, mas eu posso dar uma ajuda, não ?

Se um e-mail que está na sua lista de contatos nunca é marcado como spam, então adicione todos os e-mail que assim estão sendo marcados a sua lista de contatos manualmente. Claro que isso gera um transtorno de ter muitos e-mails de desconhecidos na sua lista de contatos (especialmente se a raiz do problema for uma lista de discussão), por isso, edite a lista de contatos e faça uma divisão em duas, exemplo: conhecidos e desconhecidos

Agora a parte mais interessante: se o primeiro e-mail de uma "conversa" não for marcado como spam, então, os outros também não serão. O inverso também é verdadeiro. Por motivo que eu desconheço, apenas e-mails originário de alguns usuários da lista de discussão são marcados como spam, oras, isso significa que sua lista de contatos não será do tamanho do número de assinantes.

A maior prova que tenho disso, é que eu resolvi o problema relativo a marcação indevida como spam de e-mails da lista ubuntu-br adicionando apenas 15 contatos dos que tinham sido identificados equivocadamente como spam (eu tomei o cuidado de selecionar o primeiro e-mail de uma determinada conversação). O Gmail aparentemente aprende com essas pequenas regras e não é preciso muito mais do que isso.

Isso também resolve o problema de quem tem instalado o OSSEC HIDS e não entende o porque de um e-mail tipo: ossecm@localhost, seja identificado como spam o tempo todo. Basta adicionar o ossecm@localhost a sua lista de contatos e tudo ficará resolvido. Aliás, nesse caso (e em semelhantes) isso sequer gera aquele problema de excesso de contatos desconhecidos.

Se isso não é a solução, pelo menos é um jeito de contornar o problema.

Nota: nem todo mundo tem que estar com esse tipo de problema. Eu tenho uma média de 1000 spams por mês, isso deve "dizer" ao Gmail que eu sou do tipo que recebe muito spam, talvez ele seja mais rigoroso com os e-mails que eu recebo do que seria com e-mails de outros.

Links adicionais: O que devo fazer se uma mensagem for incorretamente marcada como spam?

Wednesday, July 04, 2007

Google Desktop

A essa altura, todo mundo já sabe que o Google Desktop agora possuí uma versão para Linux. Meu objetivo não é dar essa notícia, mas falar sobre o software em si com a visão de alguém que nunca usou a versão Windows do mesmo programa.

A primeira versão para Linux é apenas o básico, ou seja, pesquisa no nome e no conteúdo de alguns tipos de arquivo (a versão windows dá suporte a mais tipos). O beagle [1], o mais bem sucedido software opensource equivalente ao Google Desktop, não só possuí todas as características de busca dessa primeira versão do Google Desktop, como tem uma abrangência tipos de arquivos indexáveis muito maior.

Mas não só de buscas vive o Google Desktop. Na sua base, ele já inclui alguma integração com outros serviços do Google, como o GMail e, principalmente, a integração com o sistema de buscas do google na web.

E por esse motivo resolvi experimentar o Google Desktop. Do download à inicialização do programa, não houve qualquer tipo de problema [2]. Tudo muito simples e ... bem, simples ... Todo o gerenciamento de opções ocorre via interface web, ou seja, via navegador padrão do sistema.

Eu indexei apenas os meus principais diretórios de arquivo. Em sua grande maioria, PDFs. O total chega perto de 90GB. Depois de instalado, algumas particularidades sobre o programa:
  1. não consome muitos recursos da máquina, mesmo enquanto constrói o primeiro índice, por isso mesmo a construção é muito lenta, no meu caso, com o Athlon XP 2000, pouco mais de 24 horas;
  2. ele não indexa arquivos ou diretórios ocultos;
  3. ele não segue links de diretórios que estejam dentro do diretório principal de busca;
  4. o índice (criado em ~/.google/) é extremamente pequeno frente o seu conteúdo e quantidade de arquivos que eu possuo, no meu caso foram aproximadamente 1 GB, menos de 1 %, a tempos a trás, o Beagle gerou 4 GB de índice para menos material (em parte essa diferença reside na capacidade do Beagle de indexar outros tipos de arquivo, mas só isso não justifica no meu caso);
  5. as buscas dentro de arquivos são extraordinariamente mais eficientes, ou melhor, tão eficientes quanto na versão web, e muito mais rápidas do que uma busca usando o find com outro comando (o motivo é simples e óbvio, no Google Desktop existe um índice pré-construído, com o find, não);
  6. ele realiza buscas no cache no firefox (por hora o único navegador para linux suportado) encontrando resultados em páginas que você navegou recentemente.
  7. ao fazer buscas no Google, antes dos resultados você é informado de quantos e quais são os arquivos você possuí combinam com a expressão de buscada.
Você leu o último item ? A integração com o Google mostra resultados da "Pesquisa no Computador" em páginas de resultados da Pesquisa na Web do Google. Você não tem idéia de como eu fiquei feliz com isso. Não faz idéia de como eu vou diminuir a quantidade e material duplicado baixado para minha máquina. Toda vez que eu fizer uma busca no google, antes de qualquer coisa, eu verei o que já tenho... Essa integração com o Google, sozinha, já justifica baixar e instalar esse novo software (e perder 1 GB de espaço). Não. Não é exagero. Se você usa muito o Google (como todo mortal com um computador e internet) então terá grandes benefícios com essa integração. Desde que fiz a instalação do Google Desktop, em 10 buscas eu encontrei o que queria 8 vezes dentro da minha própria máquina. Está certo que alguém pode dizer: por que não abrir o beagle primeiro fazer a busca e só depois fazer a busca na web. Certo. Concordo, mas e a disciplina para isso ? Se os resultados estiverem integrados em um única interface, então, essa interface leva muita vantagem.

Há algumas coisas que são importantes de serem observadas na configuração do Google Desktop.

Abrindo a página de configurações, os quatro itens da primeira página exigem um certo carinho. Primeiro temos os tipos de arquivo que você quer indexar o conteúdo. Recomendo que marque todos os itens, exceto o que fala sobre "páginas seguras no histórico da web". Ao marcar todos os itens você vai demorar mais tempo para construir o seu índice inicial, e este será maior, mas você terá maior poder de busca, e eu não vejo porque limitar o poder do software aqui. Se for necessário você poderá fazer isso no terceiro item dessa mesma página.

O segundo item da página referência aos diretórios que você quer pesquisar. Muita atenção nesse item. Personalize-o da forma que julgar necessária. Lembrando que ele não pesquisa em arquivos/diretórios ocultos e não segue links.

Os dois últimos itens são os mais importantes dessa página. O terceiro, "Não pesquisar esses itens" permite excluir determinados diretórios ou arquivos onde você não quer fazer buscas/indexar. Também permite que você exclua determinadas urls da suas buscas na web (mais um ponto para a integração com o Google).

Já o último item diz: "Remover arquivos excluídos dos resultados de pesquisa. Arquivos excluídos não poderão mais ser pesquisados". Bem, vamos supor que você crie um arquivo novo, esse arquivo será "Arquivo1.txt", você sai toma uma água e quando volta você renomeia pra "ArqJ.txt". Se esse item estiver desmarcado, o Google Desktop será capaz de encontrar os dois arquivos em uma busca por "Arq*.txt". E você poderá consultar o arquivo eliminado salvo no cache Do meu ponto de vista, essa opção deveria vir marcada por default e quem quisesse que desmarcasse. Por que isso pode fazer o índice crescer de tamanho exponencialmente, basta que você tenha uma grande movimentação de arquivos no seu HD (como eu, pois tudo que entra no meu computador vai para o dir "~/Inbox" e só depois eu o coloco no diretório definitivo). Por outro lado, essa é uma forma realmente interessante de fazer um "undelete" de um determinado arquivo que você tenha eliminado no terminal (onde não existe lixeira).

A segunda aba fala sobre a integração com o Gmail. Algumas pessoas podem pensar nas questões de privacidade, mas eu que uso o Gmail/Google Talk, Picasa Web Album, Google Reader, Google Docs & Spreadsheets, Google Calendar, iGoogle, o Google Notebook, o Feedburner, o YouTube e o Blogger, se tiver que questionar a palavra do Google quanto a sua política de privacidade teria que ter feito isso a muito tempo atrás. Note que se ativar a integração com o Gmail você praticamente fará uma cópia (em texto puro) de todos os seus e-mails em cache local (não se preocupe, compactado o texto puro não dá quase nada em espaço). O que é uma boa (se não ótima) forma de fazer um backup básico dos e-mails.

A terceira aba é a que fala do comportamento do software em si. Eu destaco última opção dessa aba como a mais importante, pois é nela que se define a integração com as pesquisas feitas na web. E como eu já disse, é um dos melhores recursos desse software.

A última aba é apenas sobre a ativar ou não os "Recursos Avançados". Pelo que entendi, no momento, é apenas para fornecer ao Google dados sobre a performance do aplicativo. Sem ganho de recursos extras.

Algumas coisas interessantes que não são ditas:
  1. o google desktop precisa do pdftotext e do ps2ascii para exibir o conteúdo dos arquivos PDF/PS (se você não os tem, instale-os ou ficará sem buscas no conteúdo desses arquivos).
  2. ele "só" pesquisa as 6 mil primeiras palavras contidas dentro de um arquivo, mais ou menos 8 páginas de texto puro.
  3. ele não pesquisa (ainda) dentro de arquivos compactados ou iso.
Se por um lado eu fico feliz com o software que eu tenho agora disponível para fazer buscas no meu computador, por outro lado eu penso o que vai ser dos equivalentes livres que não sofrerem uma apreciável injeção de motivação. Claro que deveremos ver se serão confirmadas a aceitação no Google Desktop pelos usuários (se for como o Google Earth, pior para o equivalentes livres, se for como o Picasa, pior pro Google).

Eu acredito que o Google se sairá muito bem dessa, especialmente por causa da integração com o serviços do Google. Se forem seguidos os mesmos passos de seus equivalentes para Windows e Mac, então, tem tudo para ser um sucesso no Linux também

Conclusão
Mesmo tendo iniciado sua versão linux na sua forma mais simples, o Google Desktop se mostra extremamente eficiente ao que ele promete fazer. Pela boa performance em buscas no conteúdo dos arquivos, pela excelente integração inicial com o serviço de buscas do Google e pelo não essencial, mas não menos eficiente e interessante, integração com o Gmail. Certamente, o diferencial desse aplicativo será a integração com os serviços do Google, algo que os concorrentes livres não terão.

Notas
  1. Muitos usuários informam que o Beagle tem por hábito consumir mais recursos do que estamos dispostos a disponibilizar para um daemon, entretanto, um breve consulta na página de solução de problemas pode corrigir isso.
  2. Veja aqui ou aqui como instalar o Google Desktop, o primeiro é para baixar e instalar, o segundo ensina a configurar os novos repositórios do Google (opção recomendada).
  3. Os primeiros passos e a central de ajuda são ótimas fontes de informação em português para quem estiver perdido com o software.