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Wednesday, March 24, 2010

Gnuplot

O gnuplot é um programa opensource, multiplataforma, que no GNU/Linux é acionado pelo terminal, para criar gráficos. É uma das duas mais eficientes ferramentas para fazer gráficos de qualidade inquestionável nesse sistema operacional. Não posso deixar de lembrar de que a ferramenta não é inteligente. Ser possível fazer gráficos de qualidade inquestionável não significa que o usuário não possa tomar decisões questionáveis fazendo um gráfico de qualidade inadequada.

Especialmente voltado para construir gráficos com características científicas, escrevi sobre esse programa no Notas em CFD.

Até agora, foram escritos dois textos:
  1. Gnuplot: Introdução básica
  2. Gnuplot: Tipos de pontos e linhas
Estou certo de que por aqui também existem pessoas interessadas no assunto, portanto, fica aí os links. Digo mais, outros textos que venham a ser no Notas em CFD serão publicados na tag gnuplot, ficando fácil localizar tópicos que não estejam registrados aqui.

Sunday, March 21, 2010

Propriedade Intelectual

O Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) publicou e disponibilizou em PDF três livros sobre propriedade intelectual. Se não entendi errado, pois não li os três livros, é o mesmo assunto com enfoques diferentes. Ao meu ver, a importância dessa publicação é que ela demonstra o quadro Brasileiro sobre a questão.

Não é uma discussão ideológica sobre o que poderia ser ou o que a jurisprudência diz, mas sobre o que de fato é válido no território brasileiro, pois é o material da autoridade brasileira sobre o assunto.

Para quem não sabe (e eu não sabia até ler um dos livros), a propriedade intelectual é dividida em três categorias: direito autoral, propriedade industrial e proteção sui-generis.

Se essa não é uma leitura muito agradável a todos, sem dúvida é uma leitura importante. Nem que seja para dar uma olhada no que diz respeito ao direito autoral e proteção sui-generis.

No documento fica claro que "qualquer parte da obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte".

Sunday, March 14, 2010

A moda dos remakes

Não é tão recente que vivemos o grande problema dos remakes. As regravações tem tomado conta do mercado cinematográfico ao lado de filmes de vampiros/lobisomens e adaptações de quadrinhos. Apesar de considerar a polarização de idéias um problema razoavelmente grave, a verdade é que nada é tão problemático quanto os remakes.

Para quem não sabe, um remake é uma regravação de algo que já foi feito antes. Pode conter uma história ligeiramente modificada ou até completamente diferente, mas é baseada em um filme já feito. Até certo ponto, a idéia não é de todo ruim, alguns filmes até precisam de um remake. O problema é o abuso.

Vou tomar como exemplo filmes de faroeste. Quem assistiu a nova versão de "Os indomáveis" pode ter se perguntado o que foi feito nesse filme que não podia ter sido feito no original e a resposta é: nada. Filmes de faroeste tiveram seu auge e desapareceram (um dos problema das polarização mencionada acima), mas o ponto que eu considero um absurdo é que não há sentido em refazer um filme que já era perfeito quando foi feito. É como pensar em refazer "Três Homens em Conflito" (The Good, the Bad and the Ugly), que assisti novamente recentemente, porque eu iria querer refazer esse filme ? Será que o novo filme conseguiria gerar a tensão que a versão original produz ?

Então, porque pensar em refazer filmes como esses ? A resposta não poderia ser mais preocupante: apenas dinheiro.

O filme vai ao cinema, é vendido para locadoras a um preço absurdo, depois é vendido ao canal de televisão por assinatura, em seguida para a TV aberta. Depois disso é vendido para a população no formato de DVD simples, DVD duplo, DVD para colecionador e tudo isso novamente em Blu-ray (sim, mesmo filmes antigos podem ser lançados em Blu-ray). Essas mídias vivem três a quatro faixas de preço, sofrem com inúmeras "repetições" em diferentes horários da TV e quando não há mais nada que possa ser feito para fazer aquele filme gerar dinheiro, eles lançam um pack de DVD e/ou Blu-ray homenageando o diretor e/ou um dos atores para vender mais ainda. Chega a um ponto que aquele filme empaca e não gera mais lucro algum. Aí eles fazem um remake com os atores da moda e película de imagem mais moderna e começa o ciclo todo novamente.

É nesse ponto que o remake é um grande problema. O filme não é refeito para aprimorar a qualidade dos efeitos especiais ou para corrigir um problema original de divulgação do filme que o fez não ter o sucesso que ele merecia. Se trata simplesmente de recomeçar o ciclo comercialização financeira do produto.

O exemplo que usei de "Três Homens em Conflito" é apenas um exemplo. Eu ouvi falar que queriam refazer o filme, mas não sei como foi que essas intenções acabaram, provavelmente e felizmente desistiram. Se quer uma lista de remakes que de fato aconteceram, pode ler a do CinePop (não é muito nova, mas dá uma idéia do problema). Eu diria apenas para ter cuidado com a colocação de "Sete Homens e um Destino" como remake de "Os Sete Samurais", como é dito no texto, ambos são clássicos e possuem personagens fortes. Por serem de culturas distintas, essa afirmação de remake é um pseudo-exagero. Da lista, chama atenção o remake de "O Planeta do Macacos" que é uma situação interessante, porque prova que não basta ter bons efeitos especiais e tecnologia atual para fazer um filme ser melhor que original.

Um outro filme que chama a atenção pelos remakes é o "O Grande Motim" (Mutiny on the Bounty) que até onde eu sei tem uma versão de 1935, uma em 1962 e uma em 1984 (com outro nome). Eu já ouvi dizer que existem outras refilmagens tiveram pequena expressão (que não é simples de localizar porque eles contam a mesma história com outro nome). Mas o que realmente chama atenção nesse caso, é que apesar de serem (no plural) filmes premiados, pouca gente ouviu falar deles. Outro ponto interessante é que o primeiro ganhou o Oscar de melhor filme e teve 7 indicações, o segundo teve 7 indicações ao Oscar, não ganhou nenhuma, mas teve outras premiações e o último teve 2 indicações, a indicação a "Palma de Ouro" (melhor filme em Cannes) e a indicação de melhor filme da British Society of Cinematographers e não ganhou nenhuma das indicações. Isso certamente significa alguma coisa.

Há um risco atual de que sejam feitos novos remakes de todos os filmes com a desculpa de colocar eles em 3D. Já há vários artigos a respeito. Embora em um primeiro momento a expectativa seja boa, no segundo momento, tudo que escrevi acima e experiências como o "Planeta dos Macacos" provam que o cinema não vive apenas de tecnologia e tudo isso fica muito preocupante.

O que nós podemos fazer ? Resistir a tentação e dar o troco aos produtores explicando o que eles já deviam saber através do efeito no bolso. Seria mais justo o relançamento desses filmes clássicos no cinema da forma que eles foram feitos. Mas o que queremos é filmes novos com qualidade. Nós temos séculos de literatura com novas idéias e novas inspirações sendo postas a prova todos os dias, temos quase 4 mil anos de história a ser contada de diferentes formas. São sagas, histórias de amor e ódio, terror e fantasia, muita aventura e ficção científica registra em livros, épicos grandiosos e tudo que a indústria do cinema sabe fazer é refazer o que foi feito ? Eu sei que eles podem fazer melhor que isso.

Wednesday, March 03, 2010

O Google já domina o mundo

Muitos dizem que o Google quer dominar o mundo. Bem, para mim o Google já domina o mundo.
O Google da América Latina parou pela manhã. Por alguns momentos eu tive acesso ao portal internacional do Google, mas não a sua versão .br, não sei se têm alguma relação, mas acho que seja provável. Foi como usar uma internet discada (e não, eu não estou usando o DNS do Google). Apenas algumas páginas funcionava bem e rápido.

Ainda sinto o reflexo. Por exemplo, ao testar a velocidade da conexão eu nunca consigo resultados bons. Não porque a conexão esteja realmente ruim (embora alguns sites ainda apresentem problemas para mim), mas porque os pacotes ainda não parecem estar fluindo da forma que devia fluir.

A grande questão é: o Google presta um serviço tão grande na internet que quando ele enfrenta problemas todos nós sentimos. Em outras palavras, ele já domina o mundo, a questão é que como eles são bons conquistadores, já fazem isso, nós aplaudimos e ainda não acreditamos que o fato possa ser verdade...

Ah ! Para mim isso tem muito pouco haver com o fato do Google ter milhares de produtos e tem mais haver com o fato de muita gente usar o sistema de buscas e produzir uma extraordinária quantidade de informação através de sua rede de produção de conteúdo (como Blogger). O segredo dessa conquista não é estar em todos os lugares, mas estar nos lugares certos. [update]Como eu pude me esquecer ? Também está bem relacionado com o adsense. Espalhado da forma que está ... . Em algumas páginas (mal programadas), quando um certo elemento não carrega, a página inteira não carrega.[/update]

Monday, March 01, 2010

O visual do meu KDE

Já vai algum tempo desde que critiquei a utilização dos efeitos gráficos que nada acrescentavam além de instabilidade, incompatibilidade e beleza.

Quero destacar uma trecho do meu antigo tópico:
Eu ganhei estética, e isso não é discutível. Também ganhei alguns problemas de softwares que se recusaram a funcionar da mesma forma e/ou o tempo todo com o Beryl. Do mais eu só perdi. Perdi desempenho (não muito, mas perdi), ...
E hoje ? Hoje, o Beryl "não existe mais", pois se uniu ao compiz para criar o Compiz Fusion. O que foi muito bom para a resolução de problemas. O KWin 4 incorporou esses efeitos nativamente. E o que vemos hoje é um cenário de estabilidade e beleza, com alguma funcionalidade sem prejuízo aparente. Claro que ainda precisa de uma placa de vídeo com recursos 3D, mas ela não mais trava por causa disso. Mas recursos de memória e processamento não consomem quantidade significativa do sistema. Veja o meu cubo...

Note que estou utilizando um papel de parede em cada lado do cubo. De fato, em cada lado do cubo eu tenho um "slide show" de papel de parede. Todos os meus wallpapers são baseados em quadrinhos. O acaso do slide show fez com que a primeira figura tivesse apenas imagens da DC Comics e a segunda figura tivesse que tivesse apenas imagens da Marvel. Acaso, pois tenho imagens imagens de outras editoras.



Aproveitando recursos do novo KDE, três das quatro área de trabalho contém widgets diferentes. A quarta área do cubo não contém widgets.

O desktop 4 possuí apenas um sensor do sistema. Monitora CPU, espaço em disco e rede. Acho muito difícil ler o tamanho das partições e o espaço consumido em HD e a barra de progresso não me dá a idéia que eu gostaria sobre essa informação. Resumindo, esse ponto eu não gostei. Por outro lado, histórico de rede e de CPU evita que eu tenha que abrir um programa apenas para verificar pequenas coisas.


O desktop 3 é o desktop que não possui widget, então abaixo eu apresento o desktop 2. O único widget é o calendário. É interessante e não incomoda tanto quando está sozinho em uma tela, embora seja meio repetitivo dado a facilidade de acessar o calendário do relógio.

Por fim, o desktop 1, o que eu mais uso. Nele eu tenho dois widgets e um aplicativo embutido. O aplicativo embutido é o gnome-terminal, que no momento em questão estava atualizando o sistema (leia como fazer isso nesse outro tópico). Os widgets são o "notas" e o "exibição de pastas". O notas está no canto superior direito e está com o fundo transparente. Admito e informo que fundo transparente não combina com qualquer papel de parede, mas quando eu coloco alguma informação ali eu mudo a cor de fundo. A exibição de pastas é a barra com ícones elegantes que existe no canto inferior direito. Os ícones dos diretórios foram personalizados, por isso esse aspecto.


É possível notar que eu uso duas barras de ferramentas, no melhor estilo GNOME, mas é porque me acostumei com algumas coisas, e como já disse por aqui, estou vivendo com o melhor de dois mundos. Tirando questões óbvias como a idade da imagem e os programas que eu usava antes e uso agora, o meu desktop no GNOME pode ser visto em um tópico antigo, primeira imagem. Se eu usasse o GNOME hoje, os programas da barra de tarefas superior seriam exatamente os que estão nas imagens desse tópico.

E por falar nesses programas, são eles, da esquerda para a direita:
  1. O menu. Menu padrão do KDE 4.
  2. Dolphin. Navegador de arquivos.
  3. Konsole. Terminal.
  4. GVim. Modo gráfico do vim, é meu editor padrão para n tarefas.
  5. Galculator. Para mim a melhor calculadora básica do sistema. Não é padrão em nenhum gerenciador de janelas que eu conheça.
  6. Google Docs. Google Docs transformado em aplicativo com o prism.
  7. Firefox. Navegador web que não precisa de apresentações.
  8. GTalk. Também transformado em aplicativo com o prism.
  9. Remember The Milk. Idem ao item anterior.
  10. Google Calendar. Mesma coisa que itens 6, 8 e 9.
  11. Google Translator. Está ficando cansativo dizer, igualzinho ao item 10.
  12. Mendeley Desktop. Para mim, o melhor gerenciador de artigos científicos da atualidade. Embora não seja proprietário (gratuito, mas proprietário). Há repositórios para o Ubuntu/Debian e ele está no AUR.
  13. Jabref. Editor de arquivos bibtex.
  14. XMind. Para criar mapas mentais.
  15. Nemiver. Interface gráfica para o debug. Por sinal, muito boa.
  16. Qtiplot. Porque o xmgrace/gnuplot eu chamo do terminal e eu tenho arquivos legados de outros programas que esse aplicativo abre. [update] Não uso mais o Qtiplot desde que me livrei de um certo artigo e não uso mais o xmgrace desde que aprendi a usar direito o gnuplot [/update]
  17. ConvertAll. Conversor de unidades.
  18. ImageJ. Excelente aplicativo para analisar imagens. É um aplicativo científico com características forenses e não um editor de imagens.
  19. Gwenview. Visualizador de imagens.
  20. GIMP. Editor de imanges.
  21. VirtualBox. Para emular outros sistemas operacionais.
  22. K3B. Para gravar CD/DVD. Têm séculos que não uso esse programa. Estou quase tirando ele da barra.
  23. AmaroK. Player e gerenciador de músicas.

    Existe um espaço depois desse último item, isso é um widget que tem essa função, depois temos:

  24. Krunner. Sabe quando você digita ALT+F2 e abre lugar para digitar um comando? No KDE o programa que abre é o krunner.
  25. Ksysguard. Gerenciador dos recursos do computador.
  26. A bandeja de ícones, onde no momento temos o Klipper, o som e o gerenciador de informações (ou seja lá como se chama esse recurso).
  27. Relógio. Com a hora e a data...
  28. Widget para bloquear e fechar a sessão. Bloqueia e fecha a sessão. Na minha versão de casa, eu também posso desligar o sistema, mas notei que isso não é unânime entre distribuições devido a configurações em outros pontos do sistema.
Sobre a barra de baixo não há muito a acrescentar. Temos um widget para minimizar todos os aplicativos, o gerenciador de tarefas, o alternador de áreas de trabalho e a lixeira.

O tema de ícones que eu uso é o HumanityPNG, o tema de cursor é padrão, na decoração de janela eu uso o QTCurve (via repositório), o estilo é o GTK+ onde o tema está configurado via KDE para ser o Human-Clearlooks. As cores são baseadas no tema de ícones e nas cores originais do Human-Clearlooks "versão 9.04". Eu criei esse esquema partindo o Desert. Ah ! Para quem não sabe eu uso ArchLinux, mas isso não me impede de realmente gostar do estilo de cores e ícones do Ubuntu.

Faltaria explicar apenas quais foram os efeitos da área de trabalho que eu habilitei. E eu não me lembro de todos que modifiquei. Seja como for, os mais importantes são o "Cubo", a "Mudança em pilha" e a "Janelas instáveis". Tudo bem que é necessário configurar algumas opções em cada item, por exemplo, no cubo eu não uso as tampas superior e inferior. E eu aciono o cubo levando o mouse para o canto inferior esquerdo ou para o canto superior direito. Há outras configurações internas, mas não acho que caiba detalhar tudo aqui. Acho importante apenas dizer que uso pouquíssima instabilidade no efeito "Janelas instáveis" para que não me incomode.

Enfim, não acho que alguém queira duplicar toda a minha configuração, mas fica aí mais um exemplo do que pode ser feito com o GNU/Linux, em especial, com o KDE 4.