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Monday, April 23, 2007

Alguns pontos interessantes sobre o Ubuntu 7.04

Eu observei alguns recursos que ainda não foram comentados por ninguém. Não necessariamente boas coisas, mas pontos interessantes sobre a nova versão do Ubuntu.

Um bash mais inteligente

Eu estava lendo esse post sobre o SELinux e resolvi testar o comando sestatus. Eis que como resposta tenho o seguinte:
The program 'sestatus' is currently not installed. You can install it by typing:
sudo apt-get install policycoreutils
Assegure-se de que você tem o componente 'universe' habilitado
bash: sestatus: comando não encontrado
Entendeu ? Antigamente ele se limitava a dizer que o comando não foi encontrado. Agora ele diz qual o nome do pacote que deve ser instalado para executar aquele programa e ainda alerta sobre a necessidade de ter o universe habilitado no sources.list. Pergunta: Quem está me fazendo esse favor ? Depois que eu atualizei o ubuntu isso começou, como não instalei nada novo até agora, isso significa que foi uma atualização do sistema que forneceu esse recurso.

K3B: Ele já era bom, agora está muito melhor

O K3B 1.0 é realmente fantástico. Como se não bastasse a estabilidade visível ao gravar alguma coisa ele agora não precisa que eu selecione qual gravador eu quero usar. Ele verifica onde tem a mídia virgem e pré-seleciona para gravação. Se os dois (no meu caso, mas podem ser quantos possíveis e imagináveis) estiverem uma mídia nova ele as lista pelas características desta.
Ele também consegue saber se eu estou colocando um CD de música ou um DVD ou uma mídia de dados. É realmente incrível. O K3B 1.0 é tão bom, mas tão bom, que eu já estou pensando como vai ser usar a versão que tenho no Dapper instalado no meu computador da universidade.

O vídeo não está tão bom assim

Ok, uma notícia ruim. O drives de vídeo da nvidia não estão tão bons assim, o motivo eu não sei, mas descrevo o que vejo no meu sistema. Ao iniciar o sistema no dia seguinte eu vi que o monitor estava com uma freqüência de atualização menor do que o normal (85 Hz, no meu monitor). Ok também. Um novo monitor viria bem a calhar, mas como ele estava funcionando bem no dia anterior eu fui olhar a "Resolução de Tela" no menu via Gnome. Lá a freqüência máxima possível era de 58 Hz na resolução que uso com facilidade os 85 Hz. Então eu desabilitei os drives proprietários e bingo. Na mesma resolução de tela apareceu a possibilidade de usar os 85 Hz. Inconformado, reiniciei o sistema reabilitando o drive proprietário da nvidia. E verifiquei que o erro, na verdade está no menu de seleção de opções. Digo isso porque eu forcei a resolução de 85 Hz deixando-a como a única possível para o sistema e o mesmo iniciou com facilidade, mas o menu de resolução da tela continuou não vendo essa opção. Digo mais, o monitor possuí um item que mostra qual é a freqüência atual, e ele forneceu 82 Hz, ou seja, tem algo errado com o menu de opções. Verifiquei o mesmo problema via Live CD.

Mais efeitos especiais nos ícones do KDE

Agora existe um efeito especial tipo "explosão" quando se clicar em alguma coisa como diretórios no konqueror. Parece um pequeno "estalinho". Eu ainda não decidi se isso foi uma coisa boa ou ruim, mas é uma novidade.

O QComicBook finalmente reconhece arquivos com acentos

Um problema velho desse software que felizmente foi corrigido. Antes ele não abria arquivos dentro de diretórios que contivessem acentos ou caracteres especiais como "ç" no nome, ou arquivos com a mesma característica. Agora esse problema foi definitivamente corrigido. Ok! Continua não sendo recomendado ter nomes de arquivos ou diretórios com essas características. Com essa correção QComicBook se destaca como leitor de e-comics para linux, ao lado do evince, que agora já veio pré-configurado para ler arquivo .cbr/.cbz (que nada mais são do que imagens compactadas como .rar e .zip). Torna-se uma forma excelente de manter grande quantidade de imagens no computador sem perda de desempenho, especialmente ao paginar algum desses diretórios com 100/200 fotos. Leia mais sobre leitores de Comic Books aqui.

Eu sei que o número de coisas novas que estão no ubuntu 7.04 são muito mais do que isso que escrevi aqui. Então, que fique claro que estou escrevendo sobre aquilo que não vi ninguém escrever até agora, seja em inglês ou em português. Outras novidades podem ser facilmente encontradas na rede.

Sunday, April 22, 2007

Gerencie Sua Mente, Não o Seu Tempo

Depois de ler A Arte de Fazer Acontecer de David Allen, meu passo seguinte foi ler Gerencie Sua Mente, Não Seu Tempo, do mesmo autor.

Um resumo do livro em pouquíssimas palavras pode ser encontrado na capa do livro: 52 princípios do código da produtividade. Quanto ao "o que é" o livro isso basta, mesmo que não represente a profundidade do livro, representa, sim, o conteúdo. São 52 capítulos que colocam pontos de vistas (sempre justificados e bem explanados) sobre produtividade pessoal. O que, aliás, ajuda muito na velocidade de leitura. Eu li suas quase 200 páginas em menos de 2 horas. Mas a verdade é que nem tudo são flores, ou melhor dizendo, tão prático assim.

É muito fácil ler o livro. É muito fácil terminar o livro. É muito fácil entender o livro. NÃO é fácil colocar o livro em prática. Ao contrário do livro "A Arte de Fazer Acontecer", você não vai terminar a leitura e colocar tudo em prática. Não vai conseguir absorver os conceitos e traduzi-los em produtividade com alguns exercícios simples. Não vai conseguir absorver em seus hábitos, nem 10 dos 52 princípios, excetuando aqueles que já haviam sido introduzidos em meio ao A Arte de Fazer Acontecer e que você já colocou em prática em pouco tempo. O livro não é um manual prático de como mudar sua vida, é uma explanação filosófica de como um manual prático pode mudar sua vida se você permitir.

O livro é bom, mas não deve ser lido da forma que eu li. Sinceramente não adiantou nada o que eu fiz, exceto saber o que tenho que fazer daqui por diante. Minha recomendação é que leia um capítulo por dia. Assim, levará 52 dias para ler o livro, mas será possível avaliar, absorver e incluir os conceitos ao seu dia-a-dia sem grandes obstáculos. Na pior das hipóteses terá tido tempo para perceber como cada um dos princípios te afeta de forma particular e como deve responder a esse estímulo. Provavelmente perceberá que alguns deles são pouco ou nada proveitosos, não que eles não o sejam de fato, mas por que estes não representam sua realidade atual ou que outros já fazem parte do seus hábitos (como o "dia de revisão" inicialmente proposto no A Arte de Fazer Acontecer e que foi uma das coisas que eu mais facilmente inclui nos meus hábitos após ler o livro).

Sei que não devo ser maioria nessa opinião, mas eu colocaria o Gerencie Sua Mente, Não Seu Tempo como uma leitura opcional. Que ser for lido, deve ser lido não apenas depois do A Arte de Fazer Acontecer, mas também depois de ter assumido consigo mesmo o compromisso de usar o GTD como uma forma de gerenciar sua vida, do contrário, vários conceitos importantes podem passar desapercebidos e mesmo depois de uma leitura lenta e gradual ainda vão parecer distantes da sua realidade. Claro que sempre é possível ler o Gerencie Sua Mente, Não Seu Tempo antes do A Arte de Fazer Acontecer, ou até mesmo ler apenas o Gerencie Sua Mente, Não Seu Tempo, mas acredite, seu aproveitamento será muito maior se os ler na seqüência apropriada.

Veja esses livros na Livraria Cultura

Friday, April 20, 2007

Do Edgy para o Feisty

Foi eu publicar um post prevendo problemas na atualização do Edgy para o Feisty e escrevendo dicas de como atualizar o sistema do zero, que a atualização prosseguiu com a maior facilidade possível usando apenas o apt-get dist-upgrade sem observar qualquer tipo de problema.

Ok. O post em questão continua, e continuará sempre, atual. Porém, foi exatamente nessa última atualização que ele se mostrou menos necessário. Boa parte dessa facilidade foi induzida por mim mesmo, que passei a não utilizar muitos repositórios extra oficiais, mas outra boa parte foi devido a pequenas modificações na versão do sistema. E porque não dizer do visível avanço do próprio ubuntu.

Segundos depois de atualizar tudo (demorou mais de 24h para baixar os pacotes e cerca de 4 horas para instalar os mesmos) eu só consigo observar uma pequena leveza no sistema, nada muito grandioso, justamente porque é quando se atualiza que menos novidades aparecem, afinal é quando o restricted-manager é menos necessário.

Para pessoas que possuem problemas cardíacos ou não gostem de emoções fortes ainda é recomendado não arriscar, e não tentar um upgrade. Partir de uma instalação do zero ainda é a melhor forma de atualizar o sistema e de aproveitar o máximo o que ele tem de novidades. Para todos que ainda não estavam no Edgy, ou seja, para os usuários de Dapper ou anteriores, eu recomendo fortemente que façam (se quiserem, claro) uma atualização do "zero".

E mais uma vez eu não cumpro a promessa (feita a mim mesmo) de instalar o sistema do zero. Fica para próxima (ou para quando lançarem o KDE4).

Sunday, April 15, 2007

Monitorando o status e a qualidade da rede no linux

Existem centenas ou mais formas de monitorar o status e a qualidade da rede. Mas uma em particular é a minha preferida.

Basta um simples olhada no arquivo /proc/net/dev

Esse arquivo é atualizado continuamente e fornece toda a estatística da rede de forma "simples". Claro que essa não é a forma mais fácil de visualizar o resultado, afinal, ler os valores em bytes é algo inviável para a maioria das pessoas, mas permite verificar com clareza a existência ou não de problemas, que é primeiro passo para qualquer coisa.

Eu cheguei a criar um pequeno script que monitora continuamente o conteúdo do arquivo. Minha idéia era capturar os dados, célula a célula, e converter para uma unidade mais compreensível, mas eu nunca tive tempo de fazer isso. Para dizer a verdade eu até tenho vergonha de dizer que isso é um script. Não passa de duas linhas de comandos interligados. De qualquer forma pode pegar ele aqui. Para terminar o programa, use o ctrl+c.

Agora, falando mais sério.
Vamos dizer que está desconfiado de algum tipo de problema ou ainda realmente precisa de um software mais dinâmico de monitoramento, que habilite um histórico, tenha memória no tempo, faça gráficos, etc. Qual software usar ? Existem milhares de alternativas. Arrisco dizer que em nenhuma outra categoria de software existem tantas alternativas disponíveis quanto em "ferramentas de rede".

A minha escolha foi o ntop primeiro porque é simples, segundo porque está disponível via apt-get, terceiro porque dá conta do recado, pelo menos para mim e, por fim porque ele apresenta os resultados em uma interface web através do localhost. Eu realmente gosto desse tipo de aplicativo.

Depois de instalado (sudo apt-get install ntop) é, curiosamente(*), preciso configurá-lo (sudo dpkg-reconfigure ntop) especifique as interfaces que deseja monitorar separando-as por vírgulas. Não use espaço entre a vírgula e o nome da interface seguinte (ex. ppp0,eth0,lo). Depois confirme o nome do usuário responsável pelo processo, recomendo deixar o default, ntop.

Mas ainda tem mais. Em /usr/share/doc/ntop/README.Debian, lê-se claramente que é necessário definir a senha de administrador do ntop. Faça isso com:

sudo ntop --set-admin-password

Agora você pode iniciar o serviço: sudo /etc/init.d/ntop start. Se aparecer a mensagem "Not starting network top daemon, it has already been started", use restart no lugar de start

Agora realmente acabou.
Com o seu navegador web, acesse o programa em: http://localhost:3000/

(*)Nos sistemas alá Debian, normalmente não existe a necessidade de configurar um programa recém instalado porque no empacotamento do software é possível definir quais os comandos devem ser executados após a instalação; só que nesse caso isso não acontece e nem me perguntem o motivo.

Saturday, April 14, 2007

Google: O que está acontecendo ?

O que está acontecendo com o Google ? Aquela que é considerada por muita gente a melhor empresa de tecnologia anda dando muitas escorregadas. Eu já perdi a conta de quantas pessoas publicaram notícias/posts informando sobre falhas com o GMail. Sem procurar muito, leia sobre essas falhas aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui, considerando apenas os que eu consegui encontrar facilmente e em português. E é claro, porque não lembrar, do problema recente que eu mesmo tive, não com o Google GMail, mas com o Blogger.

Acho que o Vladimir tem razão. Existe algum problema sério ainda não publicado que está produzindo erros em cascata. Mas para mim ainda não é hora de abandonar o Google. Estou confiante de que uma empresa do tamanho do Google saiba da necessidade de se resolver esse tipo de coisa de forma rápida e eficiente, apesar de estar demorando muito para fazê-lo. Mas eu ainda acho que o melhor termômetro de problema foi o que não aconteceu no dia primeiro de abril, eu realmente esperava alguma coisa, mas isso pode ser um sinal de que foi dada uma ordem para resolver um problema e não, para gerar novos problemas.

Minha aposta é de que existe um bom motivo para o GMail ainda ser beta. Especialmente esse negócio de bloquear conta por acusação de ser um spammer. Não foi a mesma "acusação" que me fizeram aqui no blogger ? Isso tem cheiro de filtro mal regulado. Também acredito que esse problema esteja se propagando pelos serviços do Google porque os serviços estão se integrando cada vez mais.

Para nós, simples mortais, resta se precaver mantendo o mínimo de segurança com os dados confidenciais ou ultra-importantes. Exemplo, manter backup do que for possível fazer backup, baixar todos os anexos importantes, salvar ou imprimir (para pdf, claro !!!) os e-mail mais importantes. Quando tudo estiver funcionando, nem mesmo pensará em olhar o que não está acessível via "conta google", mas no dia que houver um falha ... nesse dia vai agradecer de não depender do Google.

De qualquer forma, até o momento minha confiança de que meus dados não serão indevidamente deletados é de 100%, mesmo que eu já não tenha a mesma confiança de um serviço completamente estável a qualquer hora do dia ou da noite, como deveria ser o Gmail (ou qualquer outro serviço de e-mail).

Boa sorte a todos nós !

Quanto tempo leva para decodificar uma senha ?

A cada dia que passa estamos ficando mais online. A cada dia, dependemos mais e mais de serviços disponibilizados pela internet. Com isso, com quadruplica-se a necessidade de ter senhas confiáveis para todos os tipos.

Quando tempo levaria para decodificar a sua senha por força bruta, ou seja, tentando todas as possibilidades possíveis ?

Esse artigo mostra exatamente isso. Ele fez as contas e coloca quanto tempo levaria para decodificar uma senha de até 8 caracteres em 6 classes diferentes de computadores, definidas pela capacidade de processamento de senhas por segundo (no fim da página).

No fim, chega-se as seguintes conclusões:
  • Qualquer computador de quinta categoria pode decodificar sua senha de banco em alguns minutos.
  • Usar senha de 8 dígitos, considerando apenas a matriz básica (62 caracteres), ou seja, números e letras maiúsculas e minúsculas simultaneamente (a forma mais comum de senha) levaria apenas 60 horas em um supercomputador (nem tão potente assim).
  • O "povão" não vai decodificar sua senha tão cedo.
  • Instituições federais, reguladoras, etc (dê o nome que preferir...) podem sim decodificar suas senhas de 8 caracteres em menos tempo do que se imagina. Eles possuem sistemas computacionais para fazer o serviço em alguns dias.
Bom, mas situação não é tão grave assim. A maioria dos sistemas (incluindo os dos bancos) possuem técnicas para travar o acesso quando ocorre esse tipo de ataque. De qualquer forma pode-se começar a imaginar que com o desenvolvimento dos "quadricores" teremos em muito pouco tempo acesso a possibilidade de decodificar aquele arquivo compactado ou até aquele HD codificado.

O segredo para continuar a manter o seus dados protegidos é aumentar o tamanho da senha. Vimos que uma senha de 20 caracteres de tamanho com uma matriz de 26 caracteres levaria cerca de 631 Bilhões de anos para ser decodificada com um sistema que processa 1 bilhão de senhas por segundo. Assumindo que o sistema mais rápido ainda é aquele mencionado no final da página que processa 76 bilhões de senhas por segundo, ainda levaria mais de 8,3 bilhões de anos, mesmo considerando que a senha possa ser alcançada com um terço das possibilidades, isso ainda seria quase 3 bilhões de anos.

Ainda não é necessário fazer um aumento tão volumoso, mas aquela regra que dizia que 8 caracteres estava de bom tamanho está começando a ficar questionável. O ideal do momento diz que teremos que passar a usar uma senha 12 caracteres de tamanho, se ainda quisermos manter a tradicional matriz de 62 caracteres.

Agora resta buscar uma forma de manter senhas desse tamanho em local seguro ou você acha que vamos conseguir gravar essas senhas ?

Friday, April 13, 2007

Atualizando o Ubuntu

Em poucos dias será liberada a mais nova versão do Ubuntu. Sempre fica a pergunta: atualizar ou não atualizar ? Mas eu não vou falar sobre isso. Vou considerar que a resposta é: sim, eu vou atualizar. Mas como ? E os softwares que eu tenho instalado ? Esse post pretende jogar uma luz nas possibilidades de atualização do sistema com o mínimo de esforço possível.

A primeira alternativa de um usuário é atualizar via instruções do wiki. Então, o usuário todo contente, depois de horas baixando os pacotes de atualização começa a atualizar (por "n" quaisquer formas) e encontra alguns problemas relacionados a atualização de alguns software. Ele se desespera. E de forma equivocada coloca a culpa no pessoal do Ubuntu. A verdade é que essas atualizações só fornecem alguma garantia "virtual" de funcionamento apropriado quando houver apenas pacotes dos repositórios oficiais e mantidos pela Canonical, do contrário, conte com a sorte e um bom jogo de cintura. Eu mesmo fiz isso por três gerações de Ubuntu, todas as vezes que eu atualizei tive algum tipo de problema contornável, mas que exigia mais energia do que normalmente eu estaria disposto a fornecer.

Bom, por algum motivo, você pensa: "quero atualizar, mas agora eu vou do zero".

A primeira reação é de desistir. Sim, imagine ter que instalar todos os softwares que você já tem instalado. Aliás, você sabe quais são eles ? Não ? Puxa, isso pode ser um problema. Como vai reinstalar tudo se não sabe quem está atualmente instalado ? Bom, eu digo que isso não é o real problema, mas então, como atualizar?

Considere que eu tenho uma instalação do ubuntu que utiliza apenas pacotes dos repositórios sobre o domínio archives.ubuntu.com e suas variantes de localização.

No terminal, digite:

dpkg --get-selections > meuspacotes.txt

Isso salva a lista de todos os pacotes que você tem atualizado atualmente no seu computador. Salve essa lista em uma lugar seguro (e-mail, pendrive, etc) e instale a nova versão normalmente (não se esqueça de fazer o backup do seu diretório Home, e de todos os arquivos que julgar necessário).

A reniciar o sistema as etapas e possibilidades aumentam, recupere a lista de pacotes de volta para o seu novo home ou onde julgar mais apropriado.

Uma das formas de reinstalar todos os pacotes é a seguinte: digite no terminal do diretório onde salvou a lista anterior

sudo dpkg --set-selections < meuspacotes.txt

Observe com cuidado a direção do redirecionamento ( < ).
Agora digite: sudo dselect

Dentro do menu selecione a opção correspondente a "Instalar e atualizar pacotes desejados"
Confirme o que for necessário (normalmente o download) e aguarde o fim do procedimento
Pronto. Todos os pacotes anteriormente instalados vão estar novamente disponíveis para uso.

Os problemas: Um pacote que normalmente dá problema com esse procedimento, é o kdelibs4c2a. Eu já vi essa pacote com tanto nome diferente na linha sucessória que eu simplesmente não consigo dizer que esse procedimento dá certo. Por isso mesmo eu não recomendo esse método. Sim, eu não recomendo. Apesar de ter sido criado para fazer isso, ele acabou gerando uma necessidade que ainda não foi completamente preenchida. Nomes de pacotes não podem carregar referências a versões. Do contrário, se na próxima versão do KDE o certo for instalar o kdelibs4c2b. Tudo foi por "água abaixo", especialmente porque ele deve ser conflitante com o kdelibs4c2a (isso aconteceu quando mudou de kdelibs4c2 para kdelibs4c2a).

Só para constar, eu mencionei isso aqui porque, como eu disse, é uma das técnicas usada para fazer isso, mas não é garantido.
Mas quando é garantido que funciona ? Na duplicação de instalações, ou seja, você instala uma do zero e replica em outra máquina, da mesma versão da primeira, a instalação de todos os pacotes usando esse procedimento. Claro que em um caso desses você não vai "se fazer" baixar tudo da internet novamente, não é ? Copie os .deb da primeira máquina para a segunda ou use qualquer outra solução que julgar necessária !

Oras, outra forma de fazer isso é transformando o arquivo "meuspacotes.txt" em um script de instalação. Como ele realmente é um arquivo de texto, edite ele removendo tudo que considerar desnecessário para a sua nova instalação, ou seja, remova todos os pacotes que considerar supérfluos ou que você não sabe porque está ali (se você não sabe porque ele está na lista, é porque é vem de uma dessas possibilidades: ou você instalou e não lembra nem o porque, ou ele veio com o CD do Ubuntu, ou ele foi instalado por causa de dependências, nos três casos é seguro remover os nomes dessa lista). Depois transforme essa lista em um script de instalação.

Uma das primeiras vantagens de usar um script é não ficar restrito ao um conjunto limitado de repositórios. Para muitos usuários isso pode ser importante.

Um exemplo de como ficaria esse script de instalação você pode ver aqui, do meu script. Eu frisei o meu porque os meus interesses podem ser bem diferentes dos seus. Ninguém é igual. Ele é só um exemplo de como você pode reorganizar a lista de pacotes em um script de instalação.

Mas a pergunta inevitável: Isso não dá muito trabalho ? Sim. Na primeira vez dará muito trabalho. Não tanto como está imaginando. Exemplo, remova da lista todas as lib*, normalmente esses pacotes são instalados como dependências. Só isso reduz muito a lista. Se conhecer um pouco de sed e/ou grep verá que o trabalho pode ser feito de forma muito mais tranqüila do que parece a primeira vista. Mas pense na recompensa de nunca mais precisar de fazer isso. Até porque você irá criar o hábito de adicionar o cada pacote que instalar no futuro a diretamente ao script de instalação, não sendo preciso repetir o processo.

Outra pergunta: Por que um pacote ou conjunto por linha ? Por que não uma linha só com todos os pacotes ? Porque é mais fácil gerenciar/selecionar o que eu quero instalar na máquina da universidade do que eu só vou instalar na máquina de casa. Porque quando eu forneço essa lista a outra pessoa, fica muito mais fácil para essa outra pessoa decidir o que ela quer do que ela não quer instalar (e me polpa muito esforço em tirar dúvidas sobre o que é cada pacote, já que eu pude adicionar uma pequena descrição do "o que é o que" no script). Porque se algum pacote troca de nome ou não estiver disponível implica que apenas aquele pacote apresentará algum problema, a instalação seguirá normalmente com os outros pacotes. O que chega a uma última pergunta (para quem não conhece o mínimo de shellscript).

O que aquele $* está fazendo ali ? O $* passa todos os argumentos do script para cada uma das linhas em que ele é usado. Dessa forma, ao usar o ./install.sh -y -d eu passo o -y e o -d para todas as linhas, isso permite baixar todos os pacotes sem perguntas para que eu faça uma instalação posterior mais monitorada. Mas a rigor permite passar qualquer argumento para o apt-get no interior do script.

Uma última recomendação é usar o script como root ou sudo, não como o usuário comum (apesar dos diversos 'sudo' no interior do script). Antes que me pergunte porque eu coloquei o sudo em todas as linhas, a resposta é que eu desabilito a requisição de senha para o uso desse script para meu usuário padrão. Como isso consiste em mais linhas de explicação, eu não vou explicar o como fiz isso, pode procurar o manual do sudo que está explicado lá. De qualquer forma o seu script não precisa ter o "sudo" antes de cada "apt-get".

Com isso a restauração de todos os softwares deve ser completada com sucesso com um mínimo de esforço.

Por fim, o título desse tópico poderia ser: "Como se organizar melhor para atualizar um sistema linux qualquer". Claro que o dselect, apt-get e o dpkg fica restrito aos Debian e similares, mas qualquer sistema possuí um gerenciador de pacotes e portanto é sempre possível criar um script similar para outros gerenciadores de pacotes, como yum. Também é sempre possível pegar a lista de pacotes do que já está instalado, mesmo que algumas dessas listas dêem mais trabalho ainda para editar.

Por fim Um lembrete, faça backup de todos os dados cruciais antes de qualquer atualização. Se possível, de todo o sistema.

Friday, April 06, 2007

Só podia ser piada ...

Meu blog tinha sido classificado como um "Spam Blog". Isso tinha tudo para ser piada (eu não uso qualquer tipo de propaganda, gerencio os meus comentários e veto eventuais spams, entre outros detalhes que não vou listar), mas não era. Se esse blog não fosse tão pequeno, eu diria que alguém não gostou de ouvir minha opinião sobre o GMail e o Primeiro de Abril, conhecidência ou não, eu fiquei impedido de escrever no meu blog muito pouco tempo depois de ter escrito esse post. Claro que eu não acredito nisso "de verdade", mas que ficou parecendo, isso ficou...

Em tempo, dois artigos sobre como fazer backup do blog no Blogger:
Me resta apenas fazer esse backup antes que seja tarde demais.

Sunday, April 01, 2007

Primeiro de Abril

Meu final de semana começou mal, cheguei sexta em casa e estava sem internet. Estado esse que se manteve até algumas poucas horas atrás quando a rede voltou a funcionar. Sabendo que dia é hoje, fui a procura de novidades. Não das piadas, que são engraçadas, mas as novidades de verdade. Especialmente a tão aguardada novidade sobre o GMail.

Procurei por todos os lugares e ... não encontrei nada. "Nadinha". Nunca fiquei tão decepcionado. Esperava, sinceramente, que existisse alguma atualização. Ou o tal do "Drive" ou mais espaço (especialmente depois do upgrade do Yahoo!) ou, no mínimo, mais opções "menores" adicionadas ao sistema.

Tá certo que nenhuma novidade chega para todo mundo ao mesmo tempo, mesmo eu tendo a conta em inglês, mas a essa hora, em muitos lugares, já é dia 2 de abril, ou seja, a notícia de alguma coisa já deveria ter caído na rede, mas .... tão tem nada, apenas alguns boatos não confirmados e que em se tratando de hoje, significa muito pouco (ou nada).

Bom, resta torcer que o silêncio de atualizações "verdadeiras" no GMail seja o grande trote "sem graça" do dia primeiro de abril de 2007 e que elas pipoquem tudo amanhã... afinal, esperança é a última que morre...