Primeiro vamos começar com as informações básicas do sistema, o tema irá apresentar o nome de usuário e do host, a versão do kernel e do kde.
Abra um arquivo texto e cole o conteúdo abaixo. Salve esse arquivo com o nome "info.theme" (ou outro de sua preferência, mas de extensão .theme).
karamba x=160 y=350 w=200 h=60 interval=1000 locked=trueAntes de colocar ele para funcionar, vamos entender o arquivo.
image x=0 y=10 path="icons/kcmsystem.png"
# Informações do sistema
text x=50 y=1 sensor=program program="echo ${USER}@`hostname`" fontsize=12 font="Cure" interval=3600000
text x=95 y=22 sensor=program program="uname -r" fontsize=9 font="Cure" interval=3600000
text x=95 y=32 sensor=program program="kde-config --version | grep KDE | sed -e 's/.*: //'" line=1 fontsize=9 font="Cure" interval=3600000
text x=50 y=22 value="Kernel:" fontsize=9 font="Cure" interval=3600000
text x=50 y=32 value="KDE:" fontsize=9 font="Cure" interval=3600000
A primeira linha, creio que já tenha ficado claro. Assim como a segunda, que declara a imagem. Adapte as suas necessidades, e cuidado com o caminho da imagem, tire suas dúvidas no post anterior.
A terceira linha é nova, é um comentário, ou seja, todo texto que começa com # não é executado, talvez eu devesse ter explicado ela antes, mas agora ela tem uma função mais clara, deixar claro para que serve o bloco de texto abaixo.
Depois, entre a quarta e a oitava linha estão os novos comandos, na verdade o novo comando. Tudo aqui é texto (text) e de dois tipos, o primeiro usando a saída de um programa (sensor=program) e o segundo usando um valor, ou seja, um texto explícito, tal qual está na tela.
Então, vamos por parte:
text x=50 y=1 sensor=program program="echo ${USER}@`hostname`" fontsize=12 font="Cure" interval=3600000
- text: saída é tipo texto (e não imagem)
- x e y : novamente a posição do texto, a contar (como sempre será) a partir do canto superior esquerdo e relativo ao canto superior esquerdo da área do tema.
- sensor : esse é um elemento importante, quase todos os recursos do superkaramba/karamba existem devido aos sensores, nesse exemplo ele é do tipo "program" que indica que executaremos um comando como se estivéssemos no terminal. Outros tipos serão abordados depois.
- program : indica o comando (que pode ser um programa ou script) que será executado. No caso, queremos escrever o conteúdo de "echo ${USER}@`hostname`", isso dará uma saída do tipo mitre@galileu, ou seja, meu nome de usuário e o nome do meu host (hostname).
- fontsize : determina o tamanho da fonte
- font : o nome da fonte, assim como o fontsize, pode ser omitido, mas eu recomendo que tenha uma opinião a respeito, nunca sabe o que encontrará no sistema utilizado, e quando define o tamanho da font, por exemplo, evita ter o tema deformado.
- interval : lembra de quando eu apresentei o interval na primeira linha? É a mesma coisa, a diferença é que esse intervalo é restrito da execução dessa linha, ou seja, da atualização dessa única linha. Por que definimos isso aqui ? Essa informação não vai mudar, então, é interessante que não se pergunte a mesma coisa para o computador 'n' vezes desnecessariamente. No caso, eu coloquei 3600 segundos, ou seja, 1 hora, para executar o comando novamente. Pode usar um tempo maior ou menor, mas nesse caso 1 hora está de bom tamanho.
text x=95 y=22 sensor=program program="uname -r" fontsize=9 font="Cure" interval=3600000Diferença principal e trivial, o programa que está sendo executado é outro. Não vou me estender a explicar o porque de cada comando, basta executar cada um no terminal e verá que estamos capturando informações do Kernel e do KDE.
text x=95 y=32 sensor=program program="kde-config --version | grep KDE | sed -e 's/.*: //'" line=1 fontsize=9 font="Cure" interval=3600000
Uma das principais diferenças lógicas está associada ao posicionamento da saída do comando. O que esclarece duas coisas, a primeira é que não importa onde você esteja colocando a linha no arquivo, a ordem de execução não altera a ordem de exibição, para a exibição o que importa são os valores x e y.
A outra principal diferença é o line=1 usado na segunda linha acima, esse comando define que apenas a primeira linha do comando executado será exibida. Você poderia dispensar essa opção e usar um sed ou grep para fazer o serviço, mas com a opção line fica mais Karamba e menos bash.
Por fim, as linhas
text x=50 y=22 value="Kernel:" fontsize=9 font="Cure" interval=3600000A essa altura, imagino que já tenha imaginado o que elas fazem, a única diferença é a opção "value" e adivinhe, ela guarda um valor que será usado para imprimir na tela. Ou seja, essas linhas escrevem Kernel: e KDE: na posição indicada por x e y.
text x=50 y=32 value="KDE:" fontsize=9 font="Cure" interval=3600000
Com isso, pode colocar o tema para executar e verá algumas informações do sistema na tela. Uma coisa que eu não disse até o momento, é que a cor do texto será "branca", ou seja, adequado para fundos escuros, caso tenha um fundo (wallpaper) de cor "branca" pode não conseguir visualizar o texto. Então é preciso modificar a cor da fonte incluindo a opção "color" em cada linha ou definindo no começo com a linha "defaultfont" uma cor padrão para o arquivo .theme. Pode definir também sua fonte e tamanho de preferência.
Com já disse antes, veremos as possibilidades do superkaramba através de exemplos, basicamente, aplicações diferentes para os sensores e aprender a usar gráficos de barra e linha, além áreas de click.
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