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Saturday, January 03, 2009

openSUSE 11.1 - A segunda impressão

Meu chefe diz que "nós nunca temos uma segunda oportunidade de causar uma boa primeira impressão". Eu tenho que concordar com ele, porque a semântica diz isso, mas não me apego muito a primeira impressão. Ela pode até ser aquela "que fica". Pode ser mais difícil mudar de opinião do que aceitar uma primeira impressão. Em todo caso, não são raras as vezes que a primeira impressão está errada.

O openSUSE 11.1 foi um desses casos. No primeiro momento, tudo que eu conseguia perceber era que o nautilus tinha abas. O resto era problema. A rede que tinha uma configuração diferente, o software que não iniciava direito, o script que sempre funcionou e agora retornava problemas, alguns posicionamentos de interface confundiam o jeito de fazer já calcinado nas experiências anteriores.

Mas aí vem o uso. E com o uso a percepção dos pequenos detalhes que importam.

O Gnome, por exemplo, finalmente está com uma tradução boa. Tão boa quanto de outras distribuições... e até onde me lembre, isso não é por acaso. O problema é que até a versão 11.0 parte da interface ainda estava sem tradução em lugares que definitivamente não deviam estar na forma que estavam. Não digo que tudo está perfeito. Ainda morro de rir com o "Ativando conexo DSL" ou o "Desativando conexo DSL" quando ativo/desativo a rede DSL manualmente. Erro grosseiro ainda persistem na parte que compõem o openSUSE e não compõem o grupo de trabalho gnome (e que ao contrário do que poderia sugerir, não é um erro de codificação).

Também percebe-se que finalmente é possível restaurar, da lixeira, um item excluído. Essa possibilidade é um recurso importante que faltava a muito tempo no Gnome.

Particularmente eu não estou muito confortável quanto ao KDE 4. Ele parece que piorou com o upgrade de versão. Mas melhora, quando se faz um upgrade adicional acrescentando a versão 4 estável da comunidade. Para tal, adicione o repositório:

http://download.opensuse.org/repositories/KDE:/KDE4:/STABLE:/Desktop/openSUSE_11.1/

Note que esse repositório é extra-oficial. Eu não entendo muito bem as questões burocráticas que envolvem esse link, mas na prática é a versão estável mais atual que existe preparada para o openSUSE, no caso acima, o 11.1. Presumivelmente, preparada pela comunidade. Existe um momento da história que os pacotes desse link são exatamente os mesmos do que estão na versão DVD do openSUSE, logo depois a comunidade adiciona novos pacotes que vão, em geral, corrigindo problemas mais rapidamente do que o repositório oficial do openSUSE. Para se ter uma idéia, entre o dia que eu instalei o openSUSE o dia que escrevi esse parágrafo foram 5 atualizações do conjunto de aplicativos básicos do KDE 4 e nenhuma relativa ao KDE 4 dentre os repositórios oficiais do openSUSE (e sim, eu tomei o cuidado de não confundir as coisas antes de afirmar o dito acima, além disso, sabia que o dia que escrevi esse parágrafo não foi o dia da publicação desse texto).

O interessante é que é possível adicionar a nova versão do KDE 4 no openSUSE 11 ou 10.3 adicionando um repositório similar ao que eu apresento acima, substituindo apenas a versão do openSUSE mencionada no link.

O gerenciador de softwares do Yast está melhor do que nunca. Se você usou o 10.3 ou anterior, sabe o quanto foi boa a melhoria na versão 11.0. Digo apenas que na 11.1 está ainda melhor.

Eu posso jurar que os softwares estão mais leves, mais rápidos, etc. Pode ser apenas impressão, afinal, não medi nada de forma conclusiva. Mas não é impressão o melhor dos cronômetros ?

Questão prática:
Para configurar o OpenDNS até então eu acrescentava

MODIFY_RESOLV_CONF_STATIC_DNS="208.67.222.222 208.67.220.220"

no arquivo /etc/sysconfig/network/config.
Agora eu estou usando

NETCONFIG_DNS_STATIC_SERVERS='208.67.222.222 208.67.220.220'

Não me dei ao trabalho de descobrir o porque da mudança, fiquei na dúvida se a mudança foi por conta de configurações que entraram em modo padrão sem me perguntar ou se era mesmo uma mudança nas configurações que eu usava. Como não seria a primeira vez que isso acontece, não custa registrar.

Para um review tradicional da "primeira impressão" do openSUSE 11.1, pode ler essa tradução. É texto em modelo clássico. Digo clássico porque ele contém os elementos tradicionais de avaliação e não entra em pequenos detalhes do dia-a-dia durante o texto. Mas note ao ler a conclusão que verá que a primeira impressão do autor também é cheia de pequenos pormenores. E só para constar, sim, eu concordo que o openSUSE 11.1 é a melhor versão lançada até agora, mas esperarei uns 2 meses para colocar essa versão na minha máquina de trabalho.

2 comments:

  1. Será que eles não vão arrumar o campo de pesquisa do menu, que não pesquisa programas (seria suam principal função)?

    Outra: O Menu do Linux Mint (inspirado no do OpenSuse) ficou bem melhor, em minha opinião. Será que tem como (de forma simples e sem gambiarras) usá-lo em outras istribuições?

    Parabéns pelo post, estou testando o Opensuse 11.1 aqui e me parece melhor que o 11 mesmo... (o melhor que já usei foi um 9.2 que veio na Linux Magazine).

    Um abraço.

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  2. Lauro,
    eu não uso a configuração usual do openSUSE. Na verdade, qualquer um confundiria meu openSUSE com um Ubuntu da vida.

    Vide: http://jfmitre.com/2008/09/screenshot-ubuntu-vs-opensuse.html

    Dessa forma não estou a par de problemas no menu. Mas você está certo. Ele deveria pesquisar no nome do aplicativo no menu.

    Um abraço

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