A essa altura muita gente já sabe da declaração atribuída a um coordenador de um dos cursos de medicina que estão sob observação. Eu não vou entrar na polêmica do quanto a declaração é infeliz, especialmente vindo de alguém que supostamente estudou alguma coisa relacionada a medicina.
A questão aqui é como as pessoas tendem a se eximir dos próprios erros. E erros, nesse caso, me refiro ao curso. Até onde eu sei, uma pessoa só passa em uma disciplina se for aprovada. E ela só é aprovada se estiver preparada ou se a avaliação foi fraca (não exigindo o suficiente do aluno). Então, se um profissional concluí um curso e não está preparado é porque a instituição permitiu que o aluno fosse aprovado sem estar preparado (seja lá o que isso signifique).
Então, não tem desculpa! Os alunos não devem ser desculpa para ter uma baixa qualidade de formandos ou de alunos em estágios intermediários (nem mesmo no primeiro período, pois o aluno só entra se for aprovado na escola de onde veio e no vestibular), ou seja, se você parte do princípio que a instituição faz sua parte, nunca haverá alunos cursando etapas para o qual não estejam preparados. Aluno é aluno, só passa se for aprovado e ponto final.
Eu até ignoraria esse tema se tivesse sido atribuído a uma pessoa completamente desvinculada da realidade educacional, mas vindo de um professor, um profissional que supostamente teria que ter essas observações acima como diretriz, é simplesmente revoltante.
Eu até entendo que há certas questões circunstanciais que atenuem o valor positivo das notas - um exemplo disso seria discutir se 4 é realmente pior que 5, isso dá muito o que falar - mas nada justifica atribuir 1 e 2 a falha dos alunos eximindo a instituição de qualquer responsabilidade. Triste.
Wednesday, April 30, 2008
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