Essa eu encontrei através do Br-Linux. Mas merece um belo comentário. Primeiro um comentário bastante perspicaz de quem escreveu a notícia no Br-Linux me chamou a atenção: "... na hora de buscar estatísticas sobre durabilidade e manutenção de discos rígidos, que fonte poderia ser melhor do que o Google, que tem centenas de milhares de micros, e usa HDs "comuns" (SATA ou não, de 80 a 400GB, de 5400 a 7200rpm) neles?. Isso é a mais pura verdade. Não apenas a generalidade dessa observação, como no exato ponto que ela se concentra.
Muitos de nós, aqui no Brasil especialmente, possuem um rede elétrica de baixa e péssima qualidade. Usamos estabilizadores cuja a eficiência é mais questionável ainda. E as fontes ? Você especificou as fontes do seu computador ? Ou comprou o que veio ?
Nós temos o hábito de tomar cuidados com HDs, placa-mãe, CPU, placa de vídeo e, alguns de nós, com marca da memória. Mas muito poucos de nós se preocupam com as certificações do gabinete, da fonte, do estabilizador, do coolers !!! Enfim, com os adicionais.
A questão é que esse estudo do Google é feito nos mesmos padrões no nosso uso. Bom, pelo menos, muito mais próximo. Muitas das máquinas do Google possuem todos os padrões e especificações, muitas outras não. Tá certo que a rede elétrica deve ser de boa qualidade, mas ainda assim é uma visão muito mais realista do que dos testes feitos em laboratório sobre condições muito bem controladas de tensão, temperatura, etc ...
A segunda coisa que me chamou a atenção foi o texto. Trata-se de um artigo científico que segue algumas regras básicas do experimentalismo que, infelizmente, não são vistas em muitos artigos científicos. TODOS os dados possuem barra de erro. E isso não é pouca coisa. Eles utilizaram o software "R" para fazer a análise estatística.
Bom, para quem quiser ler o arquivo pdf. Eis o link direto.
Para quem não quer ler o texto, mas assim como eu possuí um computador em um quarto sem ar condicionado, considere que nós estamos na faixa crítica de temperatura operacional de HDs, que não deve ser maior que 55 °C, mas é recomendado que seja menor que 45 °C, vide manual. Mas aqui, no Rio de Janeiro, nível do mar, o HD gabinete atinge fácil a temperatura de 39-41 °C, com picos de 46-47 °C. Oras, nenhuma parte interna do computador (todas produzem calor) podem estar a uma temperatura menor que a temperatura no interior do gabinete (física básica). No meu computador a temperatura do HD atinge, com freqüência os 48 °C, e só não passa de 50 °C porque eu desligo a máquina quando isso acontece.
Enfim, o estudo mostra a associação das falhas com temperatura de operação. E para grande surpresa (existem várias surpresas, mas essa me impressionou muito) a alta temperatura de operação não está associada com as altas taxas de falhas nos HDs. Incrível, não ? Eu criei uma educação de backup (que já falhou na hora que mais precisei, mas ainda assim a preocupação sempre existiu) por causa das elevadas temperaturas de operação do HD. Mas esse estudo coloca por terra a associação da falhas no HD com a temperatura de operação.
Outro dado que me deixou impressionado está relacionado com as falhas do HD em relação a idade. Não deve ser surpresa para ninguém que quanto mais velho mais suscetível a erros o está HD. Ok? Mas se o HD tiver uma grande "freqüência uso", então a maior probabilidade de erros está entre os HDs "mais jovens". Isso só não é mais triste por causa da garantia do equipamento ... mas ainda assim é decepcionante.
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