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Saturday, January 24, 2009

E o meu substituto do Google Notebook é ...

Eu já disse aqui (e vocês devem saber por inúmeras fontes também) que o Google Notebook foi cancelado.

Dessa forma começou uma migração em massa dos usuários do Google Notebook para outros serviços. A um ponto interessante nessa frase. Como você usa o Google Notebook ?. O Google Notebook não é apenas um aplicativo para fazer clip de páginas da internet. Ele tem múltiplas faces (notas pessoais, extensões para firefox, integração com outros serviços, compartilhamento de notas e, claro, suporte a "web clipping", que vai de uma página ou fração dela a uma simples url) e várias formas de organização (divide "notebooks", com suporte a seções e labels).

Quando olhamos o problema nesse aspecto, parece até que o Google Notebook é único. Pois ele integra vários elementos em um único serviço. Dos possíveis candidatos eu selecionei três, por serem os únicos que encontrei que uniu duas características, que para meus interesses, são fundamentais. O suporte a criação de notas pelo usuários e a web clipping e a possibilidade de importar o conteúdo do Google Notebook para o seu sistema (isso porque eu não vou importar 89 notas manualmente entre sistemas)

Logo após o anúncio do Google, três serviços candidatos a substituto fizeram o anúncio de suporte a importação de notas do Google Notebook: o überNote, o Evernote e Zoho Notebook. E eu utilizei o serviço dos três para ver "qual era" a de cada um.

O überNote é sistema prático e simples. Ele não tem suporte a mais de um notebook, mas tem suporte a tags. A ferramenta de migração do Google Notebook para o überNote funciona bem. Mas, há vários problemas no sistema. Por exemplo, a formatação do CSS não é tão ajustada a tela quanto eu acredito que deveria ser. Eu até criei um estilo para o Stylish básico para resolver essa questão. Mas também tem uma certa lentidão do serviço (e instabilidade também) atribuída a aumento expressivo do número de usuários recentemente (algo que eu até poderia relevar por hora). De qualquer forma, o problema maior foi o fato de que o sistema não funciona de forma tão limpa quanto me pareceu a primeira vez. Está cheio de pequenos detalhes desagradáveis. Ele possuí bookmarklet (funcional) e uma extensão para o firefox (que eu não gostei). Não permite salvar o item novo de forma inteligente e organizada como no Google Notebook ao usar a extensão dele.

Existe alguns detalhes que me fizeram pensar que ele seria a minha escolha (o fato de ser simples, por exemplo). Cheguei mesmo a acreditar nisso. Mas ao ver os problemas e ver que a solução não viria rápido, mas, principalmente, ao ver que já havia outros que já tinha a solução do problema pronta, eu deixei ele de lado. Destaque positivo para o gerenciamento de tarefas dentro do sistema. O destaque negativo ficou para o design, que eu achei feio, e para os pequenos bugs do dia-a-dia.

O Zoho Notebook é muito bonito. É, provavelmente, o mais belo de todos. Possuí suporte a diversos notebooks e a várias páginas dentro de cada notebook, o que funciona como uma divisão de seção. Apesar da beleza, o Zoho Notebook tem baixa usabilidade. A parte esquerda da tela dá grande destaque aos itens que eu posso adicionar. Isso é muito chato, especialmente porque poderia ser substituído por coisas mais úteis, ou, pelo menos, dar mais destaque ao notebooks existentes. Nem cheguei a testar direto a extensão dele, mas me pareceu muito similar a do Google Notebook. Se eu tivesse que escolher entre ele e o überNote, apesar de todos os pequenos bugs, eu ficaria com o überNote. Ah! Não procurei direito, mas a primeira vista ele não tem suporte a tags.

Restou o Evernote, o último a criar a fermenta de migração do Google Notebook. E talvez por isso seja o que faz o melhor trabalho com essa migração. Ele possuí suporte a múltiplos notebooks (um notebook que você pode marcar como padrão, pode, portanto, funcionar como uma inbox do sistema), suporte a tags e subtags (eu já criei 4 níveis de tags apenas para testar, não sei se existe limite, mas, se esse existe, é maior que 4). E é justamente a questão da subtag que permite que você crie duas formas de organização. Uma por ações, outra para lugar, outra para seção, outra para referência temática ou o que mais você desejar/necessitar (o melhor do GTD, literalmente. Eu criei uma tag para cada notebook e utilizei as subtags para dividir as seções. Também criei tags de ação - to do, maybe, etc - e tags de lugar - web, home, work, etc).

E quando eu digo que a importação foi a que melhor se adaptou a saída do Google Notebook, está no fato de que cada notebook importado é criado com um tag Google e com subtags que são as seções e labels daquele notebook importado. Verá que se fizer uma ação conjunta de importar-organizar, tudo ficar muito limpo e fácil de gerenciar no novo sistema (se não fizer isso, pode virar um caos).

O Evernote também tem uma extensão bem fraquinha para o firefox e um bookmarklet. Na verdade eu acho que fizeram o bookmarklet e converteram a mesma como uma extensão. Elas permitem salvar o item em um notebook "a escolha" e colocar tags durante o salvamento da nota.

O Evernote têm (como os outros) suporte a vários tipos de mídia e assim como o überNote tem uma forma de criar lista de tarefas com caixinha de seleção de itens.

E tem vários recursos extras (que eu não usei ainda) como, entre outros, o reconhecimento óptico de caracteres e o suporte a notas de voz. E outros que eu já testei, como a possibilidade de salvar uma buscar realizada no sistema. Também tem um software de desktop para Mac e Windows (que funciona razoavelmente bem - mas não perfeito - no wine). Eu acreditei que consideraria isso dispensável, mas até que sou obrigado a reconhecer que ter uma cópia offline das minhas notas não é uma idéia tão ruim assim.

Seu ponto fraco é que ele tem duas versões, uma premium, paga, e uma free. A free permite um tráfego de 40 MB por mês. Não se assuste. Isso é muito se você quiser fazer apenas o que fazia no Google Notebook. Não conheço ninguém que faça 20 mil notas por mês ou que colete 270 páginas da web (números aproximados, claro). Contudo, para um sistema que promete ser o catálogo de tudo (suas fotos, inclusive), 40 MB não é legal.

De qualquer forma, você não precisa se preocupar com isso. Afinal, você era usuário do Google Notebook que não suportava nem upload de fotos, quanto mais notas de voz. De qualquer forma a tendência das pessoas é se empolgar com as novas coisas e utilizar tudo de tudo. Assim, esse índice pode ser algo que você deve ficar de olho. Eu por exemplo, decidi que a cada finalzinho de mês do "ciclo" de 40 MB eu vou aproveitar para fazer o upload de minhas fotos principais para o Evernote - aquelas que você realmente quer guardar. Também vou fazer o upload de documentos (o sistema suporta anexos) que eu considere tão importantes que eu não posso perder. Um verdadeiro drive na web.

Como já disse, de forma não explícita, eu escolhi o Evernote. Apesar de ter gostado muito do überNote, os pequenos bugs foram fatais. Além disso, o Evernote está, hoje, mais estável (porque já era grande, assim como o Zoho). Têm mais recursos de organização das notas e permite um melhor aproveitamento da interface.

Wednesday, January 21, 2009

Livro sobre o vim

Acredito que maior parte dos leitores desse blog já tenha ouvido falar da notícia, mas esse é um daqueles casos onde não custa ser repetitivo. Pode ser que alguém ainda não conheça a notícia, ou melhor, não tenha percebido a importância dela.

Bem, o Sérgio do VIVAOTUX criou um projeto no Google Code que constitui um livro sobre vim escrito em LaTeX.

Quem quiser contribuir com a evolução do projeto pode se inscrever no grupo do livro ou ajudar a promover o mesmo.

Profissionalmente, esse livro é muito importante para mim. Completamente indispensável. Embora eu já tenha conhecimento básico sobre o vim, qualquer conhecimento adicional pode ser a diferença entre fazer uma certa coisa de forma simples ou de uma forma muito complicada. Atualmente estou no começo do livro e logo nas primeiras páginas eu já obtive informações que tornaram minha vida mais fácil. Mal posso esperar para chegar nas páginas finais.

Se você ainda não sabe o porque de utilizar o vim ao invés de um programa gráfico, eu poderia listar uma centena de motivos, mas minha melhor dica é: experimente. Experimente sem preconceitos e com o mínimo de comprometimento. Deixe que essa experiência responda essa pergunta por você. É sempre melhor do que simplesmente acreditar no que é dito.

Friday, January 16, 2009

O Fim do Google Notebook

Fui surpreendido ao ler essa notícia, que diz:
Google Notebook closes, though those with existing accounts can continue to save material. New accounts won’t be allowed, however — nor will the service be further developed, and the Google Notebook Extension for browsers will no longer work. Google told me it makes more sense to close this when it offers other services that allow for notetaking, such as Google SearchWiki, Google Docs and Google Bookmarks.
Em outras palavras, eles vão desativar o Google Notebook progressivamente. O lado bom, é que de uma forma ou de outra o que eu tenho lá vai ficar lá até eu decidir para onde ir e a migração não vai ser na base da urgência. Mas a questão ruim dessa história é que o Google SeachWiki não é exatamente o que eu chamo de um bom lugar para guardar notas, o Google Docs não é um lugar rápido para notas e, principalmente, o Google Bookmarks é uma porcaria, principalmente quando comparado com o seu principal concorrente. Aliás, porque não fechar o Google Bookmarks ?

A migração será "obrigatória", digo isso porque é muito ruim viver em um sistema que não receberá mais a atenção de alguém. Além de que iremos perder o suporte a extensões no firefox.

Então, terei de avaliar opções. Até agora eu sei que existe (e merecem ser avaliados) o überNote e o Evernote. Sei que existem milhares de alternativas ao Google Notebook, mas ter milhares de opções me deixa com milhares de dúvidas (confiabilidade, privacidade e disponibilidade, apenas para citar as três mais importantes). Quem tiver dicas, sou todo "olhos".

Ah! Alguns dos serviços que vão ser desativados eu nem sabia que existia.

[update]
Li a notícia em um lugar e continuei a processar minha leitura atrasada e acho um texto que traz sugestões de alternativas e outro que já aponta como transferir o conteúdo do Google Notebook para o überNote, que é um dos candidatos a sucessão do Google Notebook (ambos em inglês).
[/update]

Saturday, January 10, 2009

O bloco de papel e a caneta, um relato pessoal

Imagina uma cena. Você está conversando com alguém até que surge um "anota aí". O que você faz ?

Eu pego um bloco de papel (com arame) de 40 folhas e com o tamanho de 70 x 100 mm e uma caneta que estão no bolso (da calça ou camisa). Não tem erro. Em menos de 10 segundos eu estou com esses dois prontos para serem executados.

Agora, e se você tiver uma idéia brilhante quando já está deitado ?

Eu pego o mesmo bloco de papel e a mesma caneta que estão do lado da minha cama, ascendo a luminária que está no mesmo lugar, e escrevo, de forma rápida e resumida, qual foi a idéia brilhante. Seja ela um texto, uma palavra chave, uma coisa que eu preciso comprar no dia seguinte ou um desenho/esquema de como resolver o problema.

Não existe nada mais natural do que utilizar papel e caneta (ok, lápis/lapiseira também serve).
Claro que a tecnologia continua me sendo útil, assim como outros utensílios não eletrônicos. Comento como o bloco de papel e a caneta adiantam a minha vida e se integram a vida tecnológica conforme eu apresentar os erros que eu já cometi ao tentar resolver esse problema de ter que ter alguma coisa versátil para anotações em geral. Vejamos, eu já tentei:

Utilizar agenda de papel ou caderno de anotações gerais de "grandes" dimensões (maior que 80 x 100 mm ou desse tamanho, mas com mais de 200 folhas). Útil, sem dúvida alguma, mas se eu não estiver com ela em mãos não adianta nada. Nunca vi uma agenda satisfatória caber confortavelmente no bolso de uma calça/camisa junto com uma caneta. Hoje eu uso o bloquinho e anoto o que tenho que anotar. Quando chego no primeiro computador com acesso a internet que eu encontro eu passo a informação para o Google Calendar, Google Notebook ou para o Tasks do Gmail dependendo do tipo de informação que eu anotei. Se necessário, antes de sair da casa ou no dia anterior, eu faço o processo inverso. Bloco de papel maiores do que 80 x 100 mm não entram no bolso direito. Se ele for muito espesso, também não dá certo.Incomoda no bolso da calça e fica pesado para o bolso da camisa.

Utilizar um caderno de número de telefones. Quase o mesmo para a agenda. A diferença aqui é que existem várias cadernos de telefones que são verdadeiramente pequenos. Cabem facilmente no bolso junto com uma caneta. O problema é que ele só serve para isso. Você continua precisando de um outro lugar para anotar alguma coisa. O outro ponto é que eu também ando com o celular. Oras, para que ter 3 soluções para o mesmo problema ? O caderno de telefones tornou-se obsoleto (pelo menos enquanto está no bolso). No dia-a-dia eu uso o mesmo bloco de papel para anotar o telefone e transcrevo ele para o celular, para uma agenda de papel que mantenho em casa e para uma planilha no Google Docs. Quando planejado, faço o processo inverso. No imprevisto, usualmente o celular está por perto. Imprevistos são facilmente cobertos por ele.

Usar o celular para fazer anotações. Não deu certo. Eu não posso desenhar no meu celular. Sem contar que escrever nele (no meu, pelo menos) é muito pouco natural. Além disso, eu não posso passar o telefone para outra pessoa fazer uma anotação rápida do "jeito dele" no meu celular. Se essa pessoa não souber o que fazer com ele, não servirá de nada.

Não usar coisa alguma. Não deu certo. Longe disso, deu MUITO errado. Eu me esquecia de tudo. Conversávamos em um lugar e depois, cadê que eu lembrava "de fazer aquela coisa" ou do "que era que estávamos falando" !?! Também faltava um lugar para anotar aquilo que eu lembrava quando estava no ônibus ou no meio do caminho ou quando eu passo em frente ao cinema e vejo um horário ideal para mim, etc. Também tinha o fato de que toda vez que ia dormir, eu me lembrava de milhares de coisas. Até que um dia, eu resolvi escrever tudo que eu estava pensando em uma folha de papel. Deram 40 itens. Digo: Quarenta. Só para não ter confusão.

Foi desse dia em diante que eu passei a usar um bloco de papel e uma caneta onde quer que vá.

Um bloco de papel de 30 centavos e uma caneta grátis que eu ganhei mudou a minha vida. Foi um salto de qualidade e confiança extraordinário. Realmente surpreendente. Diminuiram minhas preocupações, porque afinal, eu sei que está anotado, mesmo que eu não me lembre o que é. Passei a não esquecer de coisas simples. E como conseqüência, eu não tenho mais tantas coisas na cabeça ao ir dormir (que é o melhor do GTD). Note que eu tive várias tentativas frustadas, que incluíram cadernos que não cabiam no bolso e tentativas de utilizar tecnologia básica, via internet e celular. Cheguei a pensar em usar um palm, mas vi tantas pessoas frustradas com isso que eu não arrisquei (hoje, tenho certeza de que fiz a coisa certa)

Nos dias de hoje, a maior parte das pessoas tende a mudar tudo que possuí para o digital/eletrônico. Não sou contra essa tendência, mas há mudanças e mudanças. Há mudanças que são meros hits. Tendências estabelecidas como perfeitas e que se propagam como pragas. Essas mudanças forçam o indivíduo a fazer tudo de um jeito que em seria prático e natural, mas que na verdade são exatamente o oposto. Especialmente quanto a ser ou não ser uma ação natural. E isso é a diferença entre dar certo ou não. E há mudanças que são verdadeiramente naturais. Elas entram no hábito do indivíduo e fluí naturalmente no sentido de realizar aquela ação da mesma forma que realizamos tarefas cotidianas. Essas devem ser estimuladas.

O problema (na minha simplória opinião) da tecnologia como substituto do bloco de papel é que o que é bom é caro e o que é barato não é bom. No dia que houver um dispositivo eletrônico, leve, com dimensões de 70 x 100 x 5 mm, que me permita escrever nele da mesma forma que eu escreveria em uma folha de papel e que seja barato (em outras palavras, da ordem de 30 reais). Eu o utilizarei. E eu realmente acredito que um dia teremos um equipamento assim.

A partir do momento que eu não tenho confiança na segurança pública do Rio, eu jamais utilizaria um dispositivo eletrônico de 1000 reais na rua. Para dizer a verdade eu jamais utilizaria ele fora da minha casa, o medo de perder, quebrar, ser roubado, etc e ter um grande prejuízo seria muito maior do que praticidade de ter um desses equipamentos E olha que o equipamento que eu idealizei acima é apenas conceitual, não sei se tem um tão prático assim hoje a venda - mesmo caro - o mais próximo do conceito, que eu conheça, é um Table PC, contudo, estes são muito maiores do que o mencionado (eu nunca tive paciência para ler sobre o iPhone, talvez ele seja tal qual idealizei - externamente, pelo menos, é exatamente como eu imaginei - contudo, é caro !).

Um detalhe que eu soltei e não comentei mais é sobre o fato de ser um bloco de papel com aros de arame. Isso permite que eu destaque as folhas já utilizadas e processadas fornecendo uma sensação agradável sempre que o utilizar e garante uma segurança razoável de que as folhas vão continuar presas no arame, mesmo que eu arranque a terceira folha e deixe as outras duas fixas.

E não se deixe enganar pela propaganda. É fato que existem equipamento tecnológicos muito úteis, mas nem sempre isso é tão fantástico assim como a propaganda diz (até porque a propaganda ignora a questão da segurança pessoal). Conheço pessoas que compraram um palm de forma empolgada e nunca o usou plenamente, pois não tinha como manusear o equipamento em qualquer lugar, como eles imaginaram.

Como esse texto é um puro relato da minha experiência pessoal, eu me abstive de procurar referências sobre o que outras pessoas pensam sobre esse assunto. Mas é fácil ver que não sou o único a pensar de forma semelhante, embora os textos que eu já vi/li não sejam tão insistentes quanto as características físicas do bloco de papel.

Wednesday, January 07, 2009

O Java e o Banco do Brasil

Eu já tive uma grande cota de problemas particulares que eu julgava ser um problema comum a todos. Esse até pode ser mais um desses casos, mas no momento ele me parece geral o suficiente para que mereça esse tópico.

Bem, como todos que acompanham o blog devem saber, eu uso o openSUSE 11.1, mas a questão aqui não parece ser a versão de openSUSE, mas a versão do Java.

Sem grande preocupações eu mantenho ativo o Packman, o repositório que fornece programas e codecs não livres ou alternativos (que eu bem que gostaria de não precisar), além de alguns programas mais atuais de softwares livres. Entre os inúmeros upgrades temos o java 6.

A versão que está disponível no repositório oficial (non-oss) do java 6 é a versão update 7 (u7) .
Eu vi o upgrade dessa versão para a update 8 (u8) e update 9 (u9) até que chegou a update 10 (u10), todos via Packman, e o plugin java não mais me permitiu acessar o Banco do Brasil.

Atualmente, a versão do Packman é a update 11 e continua não sendo possível acessar o Banco do Brasil com ela (o navegador trava no login). Dessa forma, para conseguir acessar minha conta, eu precisei rebaixar a versão do java para a update 7 disponível no non-oss.

Isso é muito fácil de fazer utilizando o yast. Basta encontrar o pacote instalado na lista de pacotes instalados (java-1_6_0-sun), selecionar ele, e na parte de baixo do software, verificar quais são as versões disponíveis. Selecione a versão u7, e mande instalar (rebaixar a versão).

Note que eu não estou utilizando a versão 7 do java. Não sei do comportamento desta com o navegador.
Estou utilizando o firefox 3.0.5 em inglês e instalado a parte do sistema (não é versão que acompanha o yast). Eu também não testei outro navegador ou outro sistema operacional (porque, afinal, eu não sou tão maluco). Tudo que fiz foi utilizar o sistema, um belo dia, depois de um upgrade para o update 10 ele não funcionou mais. Aí eu fiz a mudança para a versão update 7. Também já testei a versão update 11 (também não funcionou, o que me fez voltar novamente para a update 7).

O java 6 update 10 funciona perfeitamente na execução de aplicativos usuais (como o netbeans). Uso o java com freqüência razoável para afirmar que o java funcionava, mas não uso o plugin tanto assim, para afirmar que o problema era totalmente dele. Na verdade, tirando o BB, eu não uso java na navegação. Entrei em um local com exemplos em java para internet e consegui executar os exemplos, mas eram exemplos simples. Nada tão sofisticado quanto o que eu acreditor ser gerenciador de logins do BB.

Senhores, transcrevo aqui, no tópico principal, o comentário (sem edição) do Thiago. Um grande obrigado por observar isso.
Mitre,
uso Ubuntu e quando fiz a instalação do jdk6u10 (instalação manual) tive exatamente o mesmo problema. Depois de muito fuçar, a solução que encontrei foi a seguinte: em vez de usar o arquivo "jdk1.6.0_10/jre/plugin/i386/ns7/libjavaplugin_oji.so" para fazer um link simbólico dentro do diretório de plugins do FF, eu usei o arquivo "jdk1.6.0_10/jre/lib/i386/libnpjp2.so". Isso resolveu o meu problema, talvez resolva o seu.
Para esclarecer uma questão, o libnpjp2.so é o novo plugin do java que, entre outras coisas, também terá suporte a 64-bits (o link mencionado pelo Thiago é apenas para 32-bits). De qualquer forma ele resolve o problema. E sim, ele é tão geral que eu imaginei.

Saturday, January 03, 2009

openSUSE 11.1 - A segunda impressão

Meu chefe diz que "nós nunca temos uma segunda oportunidade de causar uma boa primeira impressão". Eu tenho que concordar com ele, porque a semântica diz isso, mas não me apego muito a primeira impressão. Ela pode até ser aquela "que fica". Pode ser mais difícil mudar de opinião do que aceitar uma primeira impressão. Em todo caso, não são raras as vezes que a primeira impressão está errada.

O openSUSE 11.1 foi um desses casos. No primeiro momento, tudo que eu conseguia perceber era que o nautilus tinha abas. O resto era problema. A rede que tinha uma configuração diferente, o software que não iniciava direito, o script que sempre funcionou e agora retornava problemas, alguns posicionamentos de interface confundiam o jeito de fazer já calcinado nas experiências anteriores.

Mas aí vem o uso. E com o uso a percepção dos pequenos detalhes que importam.

O Gnome, por exemplo, finalmente está com uma tradução boa. Tão boa quanto de outras distribuições... e até onde me lembre, isso não é por acaso. O problema é que até a versão 11.0 parte da interface ainda estava sem tradução em lugares que definitivamente não deviam estar na forma que estavam. Não digo que tudo está perfeito. Ainda morro de rir com o "Ativando conexo DSL" ou o "Desativando conexo DSL" quando ativo/desativo a rede DSL manualmente. Erro grosseiro ainda persistem na parte que compõem o openSUSE e não compõem o grupo de trabalho gnome (e que ao contrário do que poderia sugerir, não é um erro de codificação).

Também percebe-se que finalmente é possível restaurar, da lixeira, um item excluído. Essa possibilidade é um recurso importante que faltava a muito tempo no Gnome.

Particularmente eu não estou muito confortável quanto ao KDE 4. Ele parece que piorou com o upgrade de versão. Mas melhora, quando se faz um upgrade adicional acrescentando a versão 4 estável da comunidade. Para tal, adicione o repositório:

http://download.opensuse.org/repositories/KDE:/KDE4:/STABLE:/Desktop/openSUSE_11.1/

Note que esse repositório é extra-oficial. Eu não entendo muito bem as questões burocráticas que envolvem esse link, mas na prática é a versão estável mais atual que existe preparada para o openSUSE, no caso acima, o 11.1. Presumivelmente, preparada pela comunidade. Existe um momento da história que os pacotes desse link são exatamente os mesmos do que estão na versão DVD do openSUSE, logo depois a comunidade adiciona novos pacotes que vão, em geral, corrigindo problemas mais rapidamente do que o repositório oficial do openSUSE. Para se ter uma idéia, entre o dia que eu instalei o openSUSE o dia que escrevi esse parágrafo foram 5 atualizações do conjunto de aplicativos básicos do KDE 4 e nenhuma relativa ao KDE 4 dentre os repositórios oficiais do openSUSE (e sim, eu tomei o cuidado de não confundir as coisas antes de afirmar o dito acima, além disso, sabia que o dia que escrevi esse parágrafo não foi o dia da publicação desse texto).

O interessante é que é possível adicionar a nova versão do KDE 4 no openSUSE 11 ou 10.3 adicionando um repositório similar ao que eu apresento acima, substituindo apenas a versão do openSUSE mencionada no link.

O gerenciador de softwares do Yast está melhor do que nunca. Se você usou o 10.3 ou anterior, sabe o quanto foi boa a melhoria na versão 11.0. Digo apenas que na 11.1 está ainda melhor.

Eu posso jurar que os softwares estão mais leves, mais rápidos, etc. Pode ser apenas impressão, afinal, não medi nada de forma conclusiva. Mas não é impressão o melhor dos cronômetros ?

Questão prática:
Para configurar o OpenDNS até então eu acrescentava

MODIFY_RESOLV_CONF_STATIC_DNS="208.67.222.222 208.67.220.220"

no arquivo /etc/sysconfig/network/config.
Agora eu estou usando

NETCONFIG_DNS_STATIC_SERVERS='208.67.222.222 208.67.220.220'

Não me dei ao trabalho de descobrir o porque da mudança, fiquei na dúvida se a mudança foi por conta de configurações que entraram em modo padrão sem me perguntar ou se era mesmo uma mudança nas configurações que eu usava. Como não seria a primeira vez que isso acontece, não custa registrar.

Para um review tradicional da "primeira impressão" do openSUSE 11.1, pode ler essa tradução. É texto em modelo clássico. Digo clássico porque ele contém os elementos tradicionais de avaliação e não entra em pequenos detalhes do dia-a-dia durante o texto. Mas note ao ler a conclusão que verá que a primeira impressão do autor também é cheia de pequenos pormenores. E só para constar, sim, eu concordo que o openSUSE 11.1 é a melhor versão lançada até agora, mas esperarei uns 2 meses para colocar essa versão na minha máquina de trabalho.