A exatamente 1 mês atrás eu migrei para o ArchLinux. Eu normalmente escrevo o relato "uma semana depois", mas eu queria adquirir mais experiência com o sistema para ter o que falar dele.
Primeiro ponto: o AUR. Se quando eu instalei o sistema eu somente senti falta de 1 (um) aplicativo, hoje eu tenho 20 aplicativos do AUR instalados. Me parece que a química, física e matemática não conta com um número muito grande de votos... pacote excelentes, como o gElemental*, estão com pouquíssimos votos.
Até me inscrevi e fiz uns comentários pelo AUR até perceber que não me lembro onde fiz os comentários, ou seja, ainda preciso me adaptar melhor com o sistema da comunidade.
Por falar nisso, eu "acidentalmente" conheci um aplicativo chamado yaourt que ajuda muito a baixar um aplicativo do AUR. Entre outras coisas, ele permite atualizar pacotes do AUR. Ainda não experimentei esse ponto (instalei o aplicativo a 2 dias) e não posso opinar quanto a eficácia da solução, mas dada a popularidade dela, deve funcionar muito bem.
A estabilidade é excepcional. Tenho até medo de falar de futuro, mas posso falar de passado. Não houve erros. Não houve problemas. E o sistema de gerenciamento de pacotes é muito robusto.
Para dizer que eu não vi nada de diferente, o camarada de gerencia o virtualbox-ose (que não é o virtualbox_bin) alterou a versão do módulo do kernel dois dias antes do kernel ser atualizado no repositório do core. Isso me confundiu um pouco, por que o pacman não funcionava com a filosofia que eu conheço. Isso fez que eu pensasse que ele tinha feito uma coisa, mas ele fez outra...
Inclusive, isso lembra que o kernel foi atualizado nesse meio tempo. E quando digo isso, eu lembro do drive NVIDIA. Pois... não foi observado qualquer problema nesse ponto. O kernel e o módulo foram atualizados no mesmo momento (e eu não vi como).
Ainda sobre a atualizações de pacotes, duas coisas comuns me chamaram a atenção. NÃO DEVE-SE ignorar mensagens durante a atualização dos pacotes. LER essas mensagens e AGIR (ainda que depois) evita problemas desnecessários. Felizmente, o administradores devem conhecer um pouco a cabeça de usuário (bom, eles são usuários !!!), porque a mensagem que eu devia ter lido estava no portal... (e isso parece ser um fato comum).
Lembra que eu mencionei o OpenFOAM (que era o motivo de eu ter migrado para o openSUSE), pois é... está compilado e rodando no ArchLinux. Ok ... eu precisei trapacear. Eu compilei a primeiro em outro sistema e depois recompilei com o gcc do ArchLinux, sem fazer um "wcleanAll". Existe algum problema de biblioteca/include que não permite que eu compile o sistema inteiro do zero dentro do ArchLinux (acredito que a versão do binutils seja nova demais e eu optei por não resolver isso da forma correta - seguindo filosofia do OpenFOAM), acredite em mim quando digo que isso não é um problema. De forma que o mais importante é que até o OpenFOAM está funcionando.
Bom, o resumo geral dessa história é que eu tive o mês mais produtivo do ano. Eu realmente espero que essa "lua de mel" dure muito.
* O gElemental não vai instalar fácil no sistema. É necessário editar um arquivo do source, que está dentro do tar.bz2 com uma dica que está nos comentários. Depois modificar o md5sum dentro do PKGBUILD para então conseguir instalar. Mas é a melhor a mais bonita tabela periódica que eu conheço para o GNU/Linux
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Certa vez postei num forum do Arch o desejo de fazer um script de pós instalação para preparar meu desktop e fui criticado, segundo o autor da resposta isto fere a filosofia do arch linux. Gostaria de uma opinião sua e quem sabe um script desses que ferem a filosofia Arch Linux para deixar meu desktop parecido com ubuntu, que tal o desafio? :)
ReplyDeleteGostei muito do desempenho do Arch, mas no momento continuo no ubuntu.
Nenhum filosofia deve impedir a liberdade de escolha de terceiros.
ReplyDeleteMas considero essa tarefa completa inglória e improvável.
É quase impossível fugir da edição manual de arquivos de configuração e menos provável ainda manter esse aplicativo atualizado o suficiente.
Depende de hardware do usuário, depende de quais pacotes já estão instalados para permitir a nova configuração de pacotes e depende também de escolhas como qual o método de controle da rede desejado.
As possibilidades e ramificação são tantas, que em alguns segundos de pensamento eu escalonei mais de 100 possibilidades de escolhas com ramificações de decisões dependendo do que já se tem instalado no computador e de como foi configurado.
Dou, por exemplo, o meu próprio caso. Por ter duas placas de rede, eu fui obrigado a um verdadeiro exercício para descobrir qual era o nome dos módulos que eu deveria carregar manualmente e em uma certa ordem. O sucesso dessa operação por meio de script é zero.
A única coisa que eu consegui traçar de forma coerente do início ao fim sem me ver preso a soluções improváveis é o conceito de meta-pacote. Muito útil para quem quer instalar todos os pacotes de uma certa classe funcional.
Se essas idéias são a favor ou contra a filosofia do ArchLinux, eu deixo para o filósofos. Entendo que uma idéia dessas não deva fazer parte dos pacotes básicos do sistema. Eu menos nunca usei um similar para o Ubuntu... mas ninguém pode lhe dizer que não pode ter uma idéia, desenvolvê-la e divulgá-la. Isso é inadmissível.
Apenas um alerta quanto ao yaourt:
ReplyDeletehttp://matias.archlinux-br.org/archives/360
Embora ele seja uma mão na roda deve ser usado com cuidado
Hamilton,
ReplyDeleteeu fiquei empolgado no começo, mas não gostei muito dele depois.
Acho que vou estudar um pouco para saber se é possível fazer pesquisa no aur sem abrir a página e para obter informações sobre upgrades, mas instalar o aplicativo de forma "manual".
voyeg3r,
ReplyDeletedê uma olha no script de pós-instalação do Thadeu Penna
http://profs.if.uff.br/tjpp/blog/entradas/arch-linux-e-facil-de-instalar
Não experimentei. Mas mostra alguns dos pontos extremamente particulares entre usuários diferentes.
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